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A Miio separa a TAR e cobra valores mais baixos nas instalações alimentadas em MT. Julgo que é o único CEME a fazê-lo.

Já o disse há uns tempos: a única forma de ter preços mais baixos é permitir-se usar baixada existentes, de preferência onde já exista muita potência. A forma como é taxada a TAR e outras parcelas em MT também tem "pormaiores" muito dolorosos. Por exemplo é fácil uma empresa pagar mais da tarifa de potência de pontas do que de toda a restante factura.

A Prio também diferencia a TAR pois como cobra por tempo a TAR é à parte.

Mas então os outros CEME estão a lucrar de uma maneira um pouco suja, cobrando TAR de BT ao cliente e pagando apenas TAR MT "ao regulador"?

É tão estúpido a TAR não ter passado para a "componente" OPC, sendo uma taxa claramente "da infraestrutura"!

...e a única entidade a chamar a atenção da ERSE sobre esse assunto foi a UVE! Como aliás já foi amplamente discutido aqui no tópico da consulta pública do RME.

Agora era aquela altura em que eu dizia "mas e se não houvesse CEME e o dono do posto contratasse o fornecimento de energia que melhor o servisse?".
Mas não me vou repetir

Deixo no entanto esta nota: o facto de apenas a UVE se ter manifestado sobre isso mostra bem (na minha opinião claro) quão pouco a maioria das partes envolvidas sabem ao que andam

BrunoAlves Escreveu: 11 set 2020, 15:07 Agora era aquela altura em que eu dizia "mas e se não houvesse CEME e o dono do posto contratasse o fornecimento de energia que melhor o servisse?".
Mas não me vou repetir
...

Neste tópico que se intitula "Fim do modelo à vista" podes dizer isso várias vezes sem problema

Eu que como sabem até sou defensor das coisas boas do modelo (ainda que muito mal implementadas e geridas pela nossa amiga Mobi.e) já estou nesse ponto. No meio de tanta baralhada e pessoal a fazer o que aparentemente não sabe, a solução é mesmo acabar com esta baralhada de vez.

E claro, com este modelo vamos ter sempre carregamentos muito caros e pouca vontade de investimento devido à pouca rentabilidade (pelo menos nas minhas contas) dos OPC!

Já agora aproveito para contar uma coisa que me aconteceu hoje. Fui carregar no PCR aqui em La Manga, daqueles com dois PCRs. Por duas vezes tentei carregar no da esquerda, e aquilo parou-me a carga quase logo a seguir (eu é que não dei por isso e fui ao supermercado), por duas vezes. Felizmente o do lado direito estava bom. Vi que na app da Iberdrola tinha lá um ícone para reportar avaria e como estava à espera resolvi dizer o sucedido e clicar enviar. Daí a pouco já tinha um email da Iberdrola a lamentar o sucedido e que iam fazer seguir o registo da incidência. Não pude deixar de me por a imaginar "e se eu recebesse assim um email da mobie?"
Cada OPC ter a sua forma rápida e simples de comunicar avarias no posto parece-me um no-brainer para mim, mas se calhar eu é que não estou ao nível de compreender a magnificência da rede gestora.

frankesousa Escreveu: 11 set 2020, 16:06 Eu que como sabem até sou defensor das coisas boas do modelo (ainda que muito mal implementadas e geridas pela nossa amiga Mobi.e) já estou nesse ponto. No meio de tanta baralhada e pessoal a fazer o que aparentemente não sabe, a solução é mesmo acabar com esta baralhada de vez.

E claro, com este modelo vamos ter sempre carregamentos muito caros e pouca vontade de investimento devido à pouca rentabilidade (pelo menos nas minhas contas) dos OPC!

Eu aqui a uns meses escrevi mais ou menos a mesma coisa num tópico qualquer. Mas esbarramos sempre no mesmo, a lei não permite a venda de energia se não fores CEME. Para ficar com as coisas boas, e eliminar as coisas más (ceme + opc e a gestão da mobi.e), tem de haver vontade para alterar a venda de energia para a ME. Enquanto isto não for alterado vamos andar sempre aqui a volta do mesmo.

Não sei se têm reparado com que velocidade tem saído novas leis por causa do convid. Aqueles senhores que estão na AR quando é preciso parece que trabalham e conseguem fazer leis em tempo record, era só quererem, e a lei da venda de energia para a ME era alterada e feita a medida para esta nova realidade que é a ME.

Pelo que dizem, o grupo Sonae arranjou uma forma de contornar o problema, vamos ver até que ponto isto vai ajudar, ou prejudicar o que já existe. Vamos imaginar que o sistema da Sonae se expande e provoca concorrência (desleal) ao que já existe. Qual é o OPC que vai manter os milhares de postos já existentes vendo que existe uma empresa que vende o mesmo produto mas que fica com o lucro todo.

A Sonae opera em espaço privado, mas existem milhares de postos em espaço público e, estes não podem ser transformados em espaços privados num estalar de dedos.

Gostava de estar tão otimista como alguns de vocês quando a esta nova realidade... O que pode vir acontecer, é depois haver muita pressão por parte dos OPC e a lei ser ajustada.

Nonnus Escreveu: 12 set 2020, 05:50...

Pelo que dizem, o grupo Sonae arranjou uma forma de contornar o problema, vamos ver até que ponto isto vai ajudar, ou prejudicar o que já existe. Vamos imaginar que o sistema da Sonae se expande e provoca concorrência (desleal) ao que já existe. Qual é o OPC que vai manter os milhares de postos já existentes vendo que existe uma empresa que vende o mesmo produto mas que fica com o lucro todo.

A Sonae opera em espaço privado, mas existem milhares de postos em espaço público e, estes não podem ser transformados em espaços privados num estalar de dedos.

Gostava de estar tão otimista como alguns de vocês quando a esta nova realidade... O que pode vir acontecer, é depois haver muita pressão por parte dos OPC e a lei ser ajustada.

Eu estou convencido que a forma encontrada poderá ser com o cartão de 1 CEME. A transformação em espaço de acesso privado foi para poder limitar o acesso aos detentores do cartão continente.

Concordo com a prespectiva da concorrência desleal, até pode não acontecer, mas que deve ser acautelada, sem duvida que deve. Por esta ou por outra via, é sem duvida importante que a lei seja ajustada para tornar o negócio mais claro, flexivel e com maior beneficio para os utilizadores.

Vou agora recuperar uma discussão de outro tópico e partilhar uma noticia que julgo que já foi falada por aqui

Eu também não me estava a referir só ao "papel", falei em dinheiro fisico e cartões (como os MB, visa, etc...). O Virtual é seguramente um passo à frente em relação ao VISA fisico e ainda mais à frente seria ter o sistema de autenticação/pagamento da Tesla.

Vejo o futuro dos carregamentos desta forma:
https://www.wattson.pt/2019/10/06/plugc ... ais-facil/

Será que este plug&charge tem alguma coisa a haver com este projecto no continente?

A via verde, que dá para usar na Galp para colocar combustível em postos que têm a tecnologia associada, seria uma mais valia para este caso.

chegavas ao posto, o carro era identifacado pelo identificador da via verde e era só por a carregar.

tecnologia que já temos há dezenas de anos em funcionamento em Portugal...

mas deve ser fácil demais para implementar!