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jfr2006 Escreveu: 10 mai 2019, 16:15 Ou seja, de uma forma "educada", mandaram-te ir dar uma volta ao bilhar grande

Bem... recebi a resposta.

Que em termos práticos é o mesmo que não te terem respondido. Aliás, um bot com um bocado de IA teria tratado de dar a resposta igualzinha

jfr2006 Escreveu: 10 mai 2019, 19:43 Que em termos práticos é o mesmo que não te terem respondido. Aliás, um bot com um bocado de IA teria tratado de dar a resposta igualzinha

Não foi bot. Foi um contacto telefonico no qual foram prestados varios esclarecimentos.
Para o jfr2006 nada está bem. Acho que uma atitude mais positiva era capaz de lhe fazer bem.

Se eu visse algum progresso (especialmente em termos de PCR em zonas onde faz uma falta incrível), até teria um bocado do positivismo

Mas a questão nem é essa. A questão é que estão a dirigir os contactos apontar as armas para o lado errado. O CEME não é o responsável por este tipo de modelo estúpido, nem é ele que vai se mexer para alterar o mesmo! Por isso, de pouco adianta fazer queixa/pressão sobre o CEME!

Nonnus Escreveu:Agora no ENVE vamos ter a oportunidade de perguntar ao senhor da Mobi.e porque é que o modelo que foi apresentado descambou para o modelo que temos agora.

BrunoAlves Escreveu: 08 mai 2019, 13:07 E a MobiE tem/teve influência na definição do modelo?
Ser centralizado neles já era um dado adquirido (infelizmente), criar o conceito de CEME terá tido alguma coisa a ver com eles ou terá vindo de cima por causa das restrições da venda de electricidade?

Não sei se essa questão (por muito que gostasse de a fazer) será adequada com aquele painel. Se lá estivesse o ministro, já podia ser de outra forma

A questão foi feita por mim. A resposta do porquê termos neste momento o sistema que temos, é devido a questões legais. Como já foi dito várias vezes, ninguém pode vender energia além dos CEMES e a maneira encontrada foi criar vários CEMES, dai termos já quatro cartões e podemos vir a ter oito em breve, pois como eu já tinha referido noutro tópico, existem neste momento 8 CEMES e 30 OPC´s.

A questão dos preços não estarem afixados e de nós só sabermos quanto vamos pagar por um carregamento no final do mesmo também foi abordada por mim e pelo Sérgio Magno. A resposta basicamente foi que não compete a mobi.e fiscalizar essas situações e se há ilegalidade no modelo tem de ser outras entidades a fiscalizar e atribuir as coimas.

Foi falada muita coisa que eu não consigo reportar aqui, mas basicamente temos o sistema que temos devido a questões burocráticas, devido a leis que deviam ter sido mudadas, porque se o sistema é novo, não faz sentido usarmos leis criadas no tempo da outra senhora, como dá trabalho aos 230 deputados criar ou adaptar leis, ficamos com um sistema que tinha tudo para ser simples, complicado (estas palavras são minhas).

O Sérgio Magno mais uma vez esteve muito bem e fez as perguntas que todos gostava-mos de ver respondidas, o problema como tu referiste é que o presidente da Mobi.e não era a pessoa a quem deviam ser dirigidas as perguntas, mas como não havia mais ninguém teve de ser ele a dar o corpo as balas respondendo a algumas de forma evasiva.

O Sérgio Magno falou na factura da Prio que foi cobrada ao proprietário do Tesla, onde houve a intervenção de um participante que referiu que a Prio como CEME não faz sentido nenhum cobrar ao minuto (faz sentido como OPC, não como CEME) e onde eu reforcei com as tuas palavras "o meu carro não se desloca com tempo" ("O meu VE pode andar a "tempo" e ninguém me disse nada?").

O senhor da ZEEV também esteve muito bem e deu um exemplo muito bom em relação ao modelo da Prio, "era a mesma coisa que vender água ao minuto e a seguir dou-vos uma palhinha".

Ficamos a saber que até ao final do ano todos os concelhos do país terão pelo menos um posto de carregamento instalado. A funcionar é outra conversa porque mais uma vez a parte burocrática para certificação é complexa. Por exemplo os postos de Torres Vedras ficaram todos a funcionar para o ENVE mas alguns de forma ilegal, a qualquer momento podem ser desligados.

Por fim não posso deixar de referir o momento insólito mesmo no final (ainda bem que foi no final, pois ouviram-se logo vozes de fundo). Tinha sido anunciado o final da Tertúlia quando alguém ainda pede para fazer a ultima pergunta ao Henrique Sanchez.

Com o aumento exponencial de veículos eléctricos iria haver um aumento do preço da energia nas horas nocturnas e que era inevitável colapso da nossa rede eléctrica, pois a mesma não esta preparada.

O Henrique respondeu muito bem. Disse-lhe que tinha de fazer essa pergunta ao presidente da EDP, e que o mesmo em tempos tinha referido que mesmo que todos os veículos de um momento para o outro fossem eléctricos o aumento do consumo era cerca de 20%.

Enquanto a pessoa fazia valer a sua ideia de caos nacional, lembrei de um user (alarmesdomeco) que tivemos por cá em tempos, que nos queria convencer a todos que um carro a combustão podia ser mais eficiente que um VE.

Ontem no evse aproveitei para questionar a Prio sobre a cobrança ao minuto.

A resposta foi que a Mobie só informou os CEME (ou pelo menos a prio, mas pela lentidão de todos deve mesmo ter sido todos os CEME) sobre o início dos pagamentos nos PCN com pouco mais de um mês de antecedência.

Pois segundo ele num mês não tiverem tempo de criar um oferta comercial e adaptar devidamente os sistemas de faturação!

Embora eu acredite na justificação, nada desculpa a prio já que não era preciso ser gênio para saber que mais dia menos dia ia ser pago e já deviam ter isso definido há muito.

Ou então não cobravam os PCN enquanto não tivessem oferta para isso.
Agora cobrar valores estúpidos só porque não souberam reagir, isso é meio imperdoável.

Isso só pode acontecer porque para todas as entidades envolvidas em Portugal isto da ME é uma brincadeira sem qualquer penalidade se fizerem cagada!

"Boa notícia" é que em 1 ou 2 semanas vão atualizar a oferta com cobrança por patamares de potência, ou seja, se em media no carregamento a potência for x, então cobra o valor y, assim identificado o escalão de potência.
Fiquei com "medo" de pessoal a carregar híbridos em PCR, mas isso só acontece hoje com os CEME ao kWh com preços iguais em PCR e PCN

Eu já o tinha dito: o problema do modelo não está nos CEME e andar a fazer queixa aos mesmos pouco adianta.

O problema está numa lei absurda criada para proteger uma determinada entidade

E como indivíduos nunca vamos conseguir fazer mudar isso.

Já como entidade colectiva, a pressão pode ser maior.

Mas como já disse, parece que a única entidade que poderia fazer esta pressão, não está interessada no assunto e cada vez que eu falo no mesmo, a resposta é sempre a mesma: estou a falar mal

Quando quiserem mudar de atitude, para realmente protegerem e actuarem em nome daqueles que vos pagam as quotas, eu também mudo

Não tenho carro eletrico (a ser resolvido num futuro próximo 1-2 anos) e apesar do meu entusiasmo com a mobilidade eletrica, não perco o sentido de realidade de quem está por fora deste mundo. Podem inventar os sistema de pagamento que quiserem, no fim do dia o que conta é transparência e simplicidade.

Estive na tertúlia ontem e o que se notou é a falta de transparência. Quem carrega deve saber no fim do carregamento quanto vai pagar e enquanto está a carregar deve saber quando em termos parciais o que vai pagar. Se o tarifário não for ao minuto, deve-se poder por 10kWh, 20kWh, 30kWh no carro, o que for. Se quiser gastar 5€ ou 10 €, devo poder fazê-lo antes do carregamento. Tudo isto é possível com uma App mesmo com o sistema atual OPC+CEME.

Paradoxalmente o tipo da MOBIE disse que estava a ser desenvolvido um sistema para estrangeiros que nos visitam. Estou extremamente curioso e provavelmente vamos chegar à conclusão que é mais muito simples que o sistema que temos para nós.


Volto a referir o que conta é transparência e simplicidade.

Volto a dizer, o sistema de preços obscuro só é assim porque os CEME QUEREM!

Com meia dúzia de trocos e 2 estagiários faziam uma APP com toda a informação, preços, ativação por APP, gráficos de carga etc etc etc

Toda esse informação é processada e disponível para as entidades no sistema da mobie (não tenho info específicas mas pelo que pude apurar o sistema é bastante evoluído, só não tem quem queira usar o mesmo decentemente)

Aqui é só falta de vontade mais nada.

Em tempos cheguei a enviar um e-mail para a evaz, sendo uma entidade nova não deve ter os vícios da EDP e Galp. Se eles fizessem uma app ou uma plataforma com os custos e tempo real e ativação dos postos pelo telemóvel, com os preços já "bons" que tem, muita gente preferiria utilizar.

Eu pagava mais para ter um sistema assim!

Também fiquei com a ideia que o sistema está montado de forma à Mobi.e ser para as cargas como a sibs para o sistema MB, poder ter o cartão(ceme) que se queira e usar em qualquer ponto. Problema é que os Ceme não estão para aí virados em ter ainda as coisas a funcionar de forma correcta.