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Agora perdi-me. Ninguem cede electricidade?! O condomínio assim fica a ceder electricidade ao posto de carregamento, ou não? E depois cobra-a ao condómino. É essa cobrança que à luz da lei é ilegal.

Há muitas pessoas a fazê-lo, eu sou um deles, mas a lei não obriga o condomínio a aceitar isso, obriga a aceitar a instalação, de onde vem a electricidade a lei não define obrigação nenhuma, e dado que há outra lei que proíbe a cobrança de electricidade por parte de todo e qualquer agente económico excepto EDP e afins, então essa solução, à luz da lei, nem devia ser contemplada. Volto a dizer, eu sou um dos que tem isso assim, só estou a alertar para não entrarem à queima quando algum vizinho mandar pro ar que a lei não obriga a ceder electricidade, obriga apenas a permitir a instalação, de onde terá de vir a electricidade e quanto é que isso vai custar já é com quem quer instalar.

Caro, não há nada ilegal no que está a ser feito pelas empresas instaladoras certificadas e é tudo com base no decreto-lei que tem no link. Não sei o que é que entende por lei, mas talvez queira rever essa "definição" antes de dizer que há algo ilegal nisto...

Eu não consigo esclarecer melhor. Pergunte a quem já o fez.

O que é ilegal é vender electricidade, tema muito falado quando se fala nos superchargers da Tesla e como é que vão vender o "serviço" em Portugal.

Ora se se instala uma tomada ou ponto de carregamento, ou o que seja, indo buscar energia ao quadro/contador do condomínio e depois o condomínio cobra a electricidade consumida ao condómino, isso parece-me que vai contra a lei de que se fala na questão dos superchargers, posso perfeitamente estar enganado, não sou expert (estava só a dar o alerta para que o entendimento da lei não é de todo linear) mas se estou enganado então explique-me o porquê sff. Aprendo eu e todos os que por aqui lerem. Assim ficam todos na dúvida.

cacoila Escreveu:O que é ilegal é vender electricidade, tema muito falado quando se fala nos superchargers da Tesla e como é que vão vender o "serviço" em Portugal.

Ora se se instala uma tomada ou ponto de carregamento, ou o que seja, indo buscar energia ao quadro/contador do condomínio e depois o condomínio cobra a electricidade consumida ao condómino, isso parece-me que vai contra a lei de que se fala na questão dos superchargers, posso perfeitamente estar enganado, não sou expert (estava só a dar o alerta para que o entendimento da lei não é de todo linear) mas se estou enganado então explique-me o porquê sff. Aprendo eu e todos os que por aqui lerem. Assim ficam todos na dúvida.

Não há qualquer negócio de venda de eletricidade nos condomínios com tomadas para carregar os veículos elétricos.
Há apenas uma repartição de gastos entre os diversos utilizadores do condomínio, não sendo sequer necessário emitir qualquer fatura.
A repartição de gastos de acordo com o uso de cada condómino é da mais elementar justiça e não havendo margem de lucro, não há negócio nem há venda de nada.

Quanto à cobrança da energia em locais privados, parece-me muito claro que ela só está interdita entre diferentes instalações, o que não é o caso de quem faz essa operação dentro das suas instalações.
E mesmo que fosse proibido alguém discriminar a energia em qualquer serviço prestado e faturado dentro de instalações privadas, haveria sempre a hipótese de faturar o serviço de carregamento, o tempo e/ou o espaço do estacionamento, o aluguer do carregador, etc, etc, sem discriminar os diversos componentes desse serviço prestado, como é o caso da eletricidade.

Agradeço os vossos contributos.

Tenho outras 2 questões:

1. Ainda que os postos de carregamento públicos sejam, por enquanto, grátis, a maior parte dos carregamentos é feita normalmente em casa. Assim, para um percurso de 50-55 kms/dia. Quanto deverei pagar de eletricidade no final do mês, considerando a tarifa simples.

2. Se conseguisse que a eletricidade viesse do quadro do apartamento, tendo neste momento um contador com potência de 3,45 será suficiente?

JAP Escreveu:Agradeço os vossos contributos.

Tenho outras 2 questões:

1. Ainda que os postos de carregamento públicos sejam, por enquanto, grátis, a maior parte dos carregamentos é feita normalmente em casa. Assim, para um percurso de 50-55 kms/dia. Quanto deverei pagar de eletricidade no final do mês, considerando a tarifa simples.

2. Se conseguisse que a eletricidade viesse do quadro do apartamento, tendo neste momento um contador com potência de 3,45 será suficiente?

Pode contar entre 13 e 15 kWh aos 100 na primavera/verão. De inverno com temperaturas baixas cerca de 17 kWh. Assim é só multiplicar pelo preço do kW indicado na sua fatura. Assim se estiver a 0,17 cts, para um consumo de 15 kWh dá 2,55 EUR para cada 100 km. Como dizia alguém é só fazer contas. Idealmente é ter contador bi-horário onde poderá poupar bastante.

Com 3,45 kWh de potência contratada, a carregar com o evse original irá carregar a 10A ou seja 2300w. Sobram cerca de 1200w.

OK, obrigado Jasmim

VETL Escreveu:Não há qualquer negócio de venda de eletricidade nos condomínios com tomadas para carregar os veículos elétricos.
Há apenas uma repartição de gastos entre os diversos utilizadores do condomínio, não sendo sequer necessário emitir qualquer fatura.
A repartição de gastos de acordo com o uso de cada condómino é da mais elementar justiça e não havendo margem de lucro, não há negócio nem há venda de nada.

Quanto à cobrança da energia em locais privados, parece-me muito claro que ela só está interdita entre diferentes instalações, o que não é o caso de quem faz essa operação dentro das suas instalações.
E mesmo que fosse proibido alguém discriminar a energia em qualquer serviço prestado e faturado dentro de instalações privadas, haveria sempre a hipótese de faturar o serviço de carregamento, o tempo e/ou o espaço do estacionamento, o aluguer do carregador, etc, etc, sem discriminar os diversos componentes desse serviço prestado, como é o caso da eletricidade.

Ok, concordo e aceito perfeitamente a explicação embora continue a achar que é dúbio. No entanto, centrando-nos no assunto inicial e mesmo no que eu próprio disse e deu origem a esta "discussão", o que a lei obriga é a aceitar a instalação do ponto de carregamento, não obriga a ceder energia para posterior "acerto de contas", e como essa opção nunca será a única opção (existe sempre a possibilidade, com maior ou menor dificuldade, de montar um novo contador ou fazer puxada directa do apartamento) o condomínio pode não aceitar a instalação dessa forma.

Imagine-se um vizinho daquele já de si problemáticos e que nunca paga condomínio ou paga tarde e a más horas, chega à próxima assembleia e pede para montar um ponto de carregamento. Algum de vocês ia facilitar essa instalação dessa forma? Eu não! Se não paga condomínio ou se temos de andar sempre em cima ou com acções judiciais para que pague o que comprovadamente deve, imagine-se para pagar algo do qual nem sequer haverá "factura".

cacoila Escreveu: Ok, concordo e aceito perfeitamente a explicação embora continue a achar que é dúbio. No entanto, centrando-nos no assunto inicial e mesmo no que eu próprio disse e deu origem a esta "discussão", o que a lei obriga é a aceitar a instalação do ponto de carregamento, não obriga a ceder energia para posterior "acerto de contas", e como essa opção nunca será a única opção (existe sempre a possibilidade, com maior ou menor dificuldade, de montar um novo contador ou fazer puxada directa do apartamento) o condomínio pode não aceitar a instalação dessa forma.

De facto não deixa de ser uma dúvida pertinente pois o condomínio pode, como é obrigado, deixar instalar o ponto de carga mas depois, pode negar-se a "alimentar" esse mesmo ponto de carga, mesmo que pagando à parte o interessado os gastos energéticos. E, se assim suceder, deita por terra essa opção pois no meu caso, puxar do contador (são 7 andares) do apartamento não me parece viável.
Cada caso será um caso e irá sempre depender da boa-vontade do condomínio/condóminos.

JAP Escreveu: E, se assim suceder, deita por terra essa opção pois no meu caso, puxar do contador (são 7 andares) do apartamento não me parece viável.

Viável, tecnicamente, é. E por isso mesmo é que o condomínio pode argumentar que a opção de ceder a energia não é a única opção. Além da "óbvia", mas ainda mais complicada e burocrática, possibilidade de pedir à EDP a instalação de um contador próprio.