Re: AJUDA para decisão de comprar NISSAN LEAF
Enviado: 27 mar 2015, 12:33
Sim, é preciso alterar bastante o modo como se conduz, quando se passa de um carro com motor de combustão para um eléctrico puro como é o Leaf. Conduzo o meu Leaf desde Junho de 2014 e nunca, mas mesmo nunca, tive qualquer problema de stress de autonomia, nem me vi enrascado por falta de bateria para fazer o que quero. Devo isso a este fórum, que comecei a frequentar uns meses antes de comprar o Leaf.
Depois de 17.000 kms de eléctrico, ficam algumas ideias acerca da minha experiência:
1 – É fundamental saber com alguma antecedência que uso se quer dar ao carro no dia a dia. Eu faço isso quando meto o carro na garagem à noite. Normalmente, uma carga de 80% chega e sobra para as minhas necessidades diárias; muito raramente, carrego a 100%, para percursos que ultrapassem os 100 kms.
2 – A autonomia do Leaf é muito variável… Depende sobretudo do modo como se conduz e do perfil do percurso. No meu caso, a autonomia variou entre 213,4 kms (sim, é verdade!) e um pouco mais de 70 kms. O que quer dizer que quem conduz um carro como o Leaf deve saber com algum rigor o uso que quer dar ao carro, e conduzir em conformidade. Faço muitas vezes o percurso Porto/Póvoa de Varzim/Porto, de cerca de 70 kms. Posso fazê-lo sem problema a 90 ou 100 km/hora na auto-estrada, e ainda me sobram 10 ou 15 kms de autonomia, mesmo com um carga a 80%. Se eu quiser “esgalhar” a 130 ou 140 no mesmo percurso, é avisado carregar a 100% o Leaf para não haver surpresas. Esta gestão dos limites e das possibilidades do carro conquista-se com o uso, e passa a ser tão natural como o respirar. Um exemplo: depois de muitas dezenas de viagens Porto/Póvoa de Varzim, já sei que para os 35 kms que tenho de percorrer preciso de, pelo menos, 25% da bateria, com condução conservadora…
3 – A indicação de autonomia dada pelo Leaf é, na minha opinião, pouco mais do que inútil. É muito mais importante olhar para a percentagem da bateria, que nos dá uma informação mais útil. É que a autonomia reportada pelo carro varia muitíssimo com o tipo de condução que se está a fazer no momento e do perfil da estrada… É muito frequente a autonomia variar, sucessivamente, entre os 80 ou 90 kms e os 130 ou 140 kms… É por isso que eu ligo pouco à autonomia dada pelo Leaf e nunca entrei em pânico por causa disso.
4 – Nos meus nove meses de experiência e 17 mil kms com o Leaf, cobri praticamente todas as minhas necessidades de deslocação, com três ou quatro excepções de grandes viagens. Isso significa que as minhas necessidades encaixam como uma luva nas características do carro, e sinto-me muito feliz por isso. Quem quer comprar um eléctrico deve pensar, antes, no que precisa para a sua utilização diária, e verificar se o carro se encaixa nessas necessidades. Deve também meter na cabeça que a condução de um carro eléctrico (com exclusão do Tesla, claro) não obedece aos mesmos parâmetros da condução de um carro a combustão. No meu Golf, fazia Porto/Póvoa em 20 minutos; no Leaf, demoro 30 a 35 minutos… e gasto quatro vezes menos.
Depois de 17.000 kms de eléctrico, ficam algumas ideias acerca da minha experiência:
1 – É fundamental saber com alguma antecedência que uso se quer dar ao carro no dia a dia. Eu faço isso quando meto o carro na garagem à noite. Normalmente, uma carga de 80% chega e sobra para as minhas necessidades diárias; muito raramente, carrego a 100%, para percursos que ultrapassem os 100 kms.
2 – A autonomia do Leaf é muito variável… Depende sobretudo do modo como se conduz e do perfil do percurso. No meu caso, a autonomia variou entre 213,4 kms (sim, é verdade!) e um pouco mais de 70 kms. O que quer dizer que quem conduz um carro como o Leaf deve saber com algum rigor o uso que quer dar ao carro, e conduzir em conformidade. Faço muitas vezes o percurso Porto/Póvoa de Varzim/Porto, de cerca de 70 kms. Posso fazê-lo sem problema a 90 ou 100 km/hora na auto-estrada, e ainda me sobram 10 ou 15 kms de autonomia, mesmo com um carga a 80%. Se eu quiser “esgalhar” a 130 ou 140 no mesmo percurso, é avisado carregar a 100% o Leaf para não haver surpresas. Esta gestão dos limites e das possibilidades do carro conquista-se com o uso, e passa a ser tão natural como o respirar. Um exemplo: depois de muitas dezenas de viagens Porto/Póvoa de Varzim, já sei que para os 35 kms que tenho de percorrer preciso de, pelo menos, 25% da bateria, com condução conservadora…
3 – A indicação de autonomia dada pelo Leaf é, na minha opinião, pouco mais do que inútil. É muito mais importante olhar para a percentagem da bateria, que nos dá uma informação mais útil. É que a autonomia reportada pelo carro varia muitíssimo com o tipo de condução que se está a fazer no momento e do perfil da estrada… É muito frequente a autonomia variar, sucessivamente, entre os 80 ou 90 kms e os 130 ou 140 kms… É por isso que eu ligo pouco à autonomia dada pelo Leaf e nunca entrei em pânico por causa disso.
4 – Nos meus nove meses de experiência e 17 mil kms com o Leaf, cobri praticamente todas as minhas necessidades de deslocação, com três ou quatro excepções de grandes viagens. Isso significa que as minhas necessidades encaixam como uma luva nas características do carro, e sinto-me muito feliz por isso. Quem quer comprar um eléctrico deve pensar, antes, no que precisa para a sua utilização diária, e verificar se o carro se encaixa nessas necessidades. Deve também meter na cabeça que a condução de um carro eléctrico (com exclusão do Tesla, claro) não obedece aos mesmos parâmetros da condução de um carro a combustão. No meu Golf, fazia Porto/Póvoa em 20 minutos; no Leaf, demoro 30 a 35 minutos… e gasto quatro vezes menos.