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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Enviado: 01 mai 2021, 20:15
por JLMF
pbaptista Escreveu: 01 mai 2021, 19:45
rnlcarlov Escreveu: 01 mai 2021, 18:15
Mas essas contas estão a pressupor que há um contrato de eletricidade à parte exclusivamente para o carregamento do veículo elétrico. Integrado na instalação da casa não faz sentido contabilizar tudo.
No caso em que não é necessário aumentar a potência contratada devido ao VE, concordo que não faz sentido contabilizar tudo, para calcular o custo de carregamento do VE, como é o meu caso. Como carrego só em horário de vazio, o meu custo por kWh é 0,1164, tendo em conta o consumo médio até agora, dá um custo de 1,86€/100km.
De acordo nessa perspetiva pessoal, mas para comparar a nível estatístico e de custos entre diversos métodos de carregamento, nacionais e entre países, não há outra forma que considerando o custo total, não se pode carregar o carro em casa se não tiver contrato de fornecimento e se em alguns países o contrato de fornecimento e despesas conexas não tem relevo noutros é uma grande percentagem da fatura.
Mesmo a nível de opções e contabilidade pessoal (para mim) entre custos fixos e proporcionais, termo de energia, potência contratada, TAR, audiovisual, DGCE, IEC, IVA, estes para mim estão para o ar condicionado, para a piscina, para os frigoríficos, para o VE em pé de igualdade correlacionados e proporcionais ao consumo de cada item, total da fatura a dividir pelos kWh gastos por cada um (alguns são monitorizados) e por todos para apurar o custo do kWh.
Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Enviado: 01 mai 2021, 22:31
por pbaptista
Só faz sentido comparar batatas com batatas e não comparar batatas com limões.
Não aumentando a potencia, o único custo adicional que um utilizador de VE tem ao carregar em casa é a energia consumida. Assim quando faço a analise do custo adicional por ter um VE é apenas esse custo que devo contabilizar.
Em relação a estatísticas é preciso ter bastante cuidado, tenho visto muitos disparates na forma como se apresentam conclusões, principalmente quando não se sabe a metodologia utilizada para chegar aos números.
Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Enviado: 01 mai 2021, 23:10
por JLMF
pbaptista Escreveu: 01 mai 2021, 22:31
Só faz sentido comparar batatas com batatas e não comparar batatas com limões.
Não aumentando a potencia, o único custo adicional que um utilizador de VE tem ao carregar em casa é a energia consumida. Assim quando faço a analise do custo adicional por ter um VE é apenas esse custo que devo contabilizar.
Em relação a estatísticas é preciso ter bastante cuidado, tenho visto muitos disparates na forma como se apresentam conclusões, principalmente quando não se sabe a metodologia utilizada para chegar aos números.
Em relação a estatística é de facto preciso cuidado, mais que cuidado é preciso conhecimento e diria que o objetivo não será "chegar aos números" mas agregar "números" para chegar ao climax de podermos comparar "batatas com limões" pelo ou por um dos constantes, por exemplo o preço, o valor nutricional ou a evolução produção vs preço/inflação, mas é fim de semana.
Nessa analogia um empresário compra um terreno, inicia com o arquiteto projeto para duas moradias, calcula com o promotor o preço das moradias diluindo o custo do terreno, entretanto alteração de projeto e passa a três moradias, a terceira igual ás duas primeiras mas mais barata, porque o terreno já lá estava, portanto irá ser vendida sem componente custo do terreno. As duas primeiras ficam por vender, com o terreno por pagar ao banco, porque caras, e a terceira mais barata, sem custo de terreno, é vendida, o terreno tem de ser pago na mesma.
Uma armazém tem um custo locativo X / m2 (mais outros custos) e esse valor é calculado e incorporado no preço do pequeno inventário existente, entretanto o inventário duplica mas como o armazém e os custos já lá estavam e incorporados, a segunda metade do inventário não incorpora o custo de armazém nem os demais custos, mesma mercadoria preços diferentes.

Não é assim que se passa, particularmente cada um faz á sua maneira, profissionalmente, precisamente, há conhecimento e metodologia para todo o tipo de tubérculos e agrumes.
Carregar em casa são as "batatas", na Mobi.e são os "limões", temos de comparar com a mesma metodologia, incorporando todos os custos.
Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Enviado: 01 mai 2021, 23:54
por FullElectric
Se carregares na Mobi.e, mesmo que nunca carregues em casa, tens lá na mesma os custos da potência contratada, audiovisual e afins, só porque tens casa. Quem não carregar em lado nenhum porque anda a combustão também tem lá em casa as mesmas taxas.
Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Enviado: 02 mai 2021, 17:00
por BrunoAlves
Olha, que giro
https://www.dinheirovivo.pt/empresas/ca ... 31921.html
Taxa fixa da Mobi.E renderá 780 mil euros neste ano
Isto, mais o orçamento bestial para 2021 da inutilidade mor, mais os concursos públicos vindouros pagos pelos nossos impostos e havia tanto, tanto para fazer acontecer.

Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Enviado: 02 mai 2021, 17:14
por cfvp
Eu gostava saber o que a Mobi.e vai fazer com esse dinheiro todo...
Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Enviado: 02 mai 2021, 17:22
por BrunoAlves
Eu não sei nem me interessa. Sei é que é dinheiro dos utilizadores que tinha tanto, mas tanto para onde ser bem aplicado

Aliás, ficando no bolso dos utilizadores era logo muito mais bem empregue. Para ZERO benefício. Mas vá, temos o melhor e mais cobiçado modelo do mundo! Até devíamos pagar o dobro para agradecer a existência desta excelsa enormidade de serviço (e sim, para que fique claro isto chama-se falácia do espantalho

)
Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Enviado: 02 mai 2021, 21:56
por BrunoFonseca
cfvp Escreveu: 02 mai 2021, 17:14
Eu gostava saber o que a Mobi.e vai fazer com esse dinheiro todo...
https://www.mobie.pt/quemsomos/planos-d ... -orcamento
Está aqui o plano para 2021-2023. É só descarregar e ler
Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Enviado: 02 mai 2021, 23:01
por RJSC
Os preços de carregamento talvez fossem aceitáveis se os postos continuassem todos a ser propriedade da Mobi-e e ser também a mobi-e a cobrar a energia.
Agora a ter que alimentar a Mobi-e, e mais duas entidades privadas com fins lucrativos (OPC e CEME), para quem não pode carregar em casa, em termos financeiros o VE é para esquecer.
A minha família já não tem nenhum veículo a combustão e ninguém se arrepende, porque temos lugar em casa para carregar.
O carregamento público acontece meia dúzia de vezes por ano em viagens longas e portanto o impacto financeiro é mínimo.
Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Enviado: 02 mai 2021, 23:37
por JLMF
FullElectric Escreveu: 01 mai 2021, 23:54
Se carregares na Mobi.e, mesmo que nunca carregues em casa, tens lá na mesma os custos da potência contratada, audiovisual e afins, só porque tens casa. Quem não carregar em lado nenhum porque anda a combustão também tem lá em casa as mesmas taxas.
Indiscutível, mas o que e que tem a ver "Quem não carregar em lado nenhum porque anda a combustão também tem lá em casa as mesmas taxas" com o gráfico apresentado no parecer da ERSE?
O gráfico é uma comparação dos custos de diferentes opções de veículos automóveis e no caso dos VEs os dados recolhidos para comparação e apuramento do custo do kWh residencial são o total do custo da eletricidade residencial com taxas e impostos, seria errado e não podem ter em conta o facto de alguns utilizadores de VEs terem ou calcularem diferentes custos de eletricidade lá em casa, um para o VE mais barato e outro para o frigorífico, mais caro, o que como já disse mesmo em termos de contabilidade pessoal não tem lógica.
O tipo que evolui lá em casa de esquentador a termoacumulador, de tanque a maquina de lavar roupa, da torneira a máquina de lavar loiça não deveria calcular taxas, impostos e potências na eletricidade consumida pelas inovações porque antes o fornecimento já lá estava?
Diferenciação, dois preços de eletricidade em casa, mas no sentido inverso de custos é o que alguns iluminados já propõem em alguns países do Norte da europa, obrigar os construtores automóveis a adicionar protocolos de linguagem detectável na rede e contador de forma a discriminar o carregamento de VEs com a respetiva carga fiscal.