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Mas falamos de viagens de ida e volta, portanto a cota é a mesma, ou de consumos gerais. Não percebi.

mjr Escreveu: 27 jul 2019, 20:48 Se iniciares viagem ao nível do mar (0m, cota de partida) e terminares a 200m de altitude (cota de chegada), o gasto de energia para subir esses 200m é muito significativo se a viagem for curta, aumentando consideravelmente a média.

Ok, já percebi, obrigado. Quando dizes que para o consumo ser válido as cotas têm que estar próximas, isso serve para poder contabilizar a energia recuperada pela regeneração a descer? Se sim e se o trajeto de uma pessoa for sempre a subir sem voltar a descer, não podemos considerar essa média?

civic Escreveu: 27 jul 2019, 21:45 Mas falamos de viagens de ida e volta, portanto a cota é a mesma, ou de consumos gerais. Não percebi.

Eu quando falei da minha foi só de ida, não sei se foi por isso.

A energia necessária para vencer um certo desnível só depende da altura e da massa. Isso também é verdade para a energia que ganhas a descer, regenerando.
Por isso é que para contabilizar médias, deves iniciar e terminar mais ou menos à mesma cota: o que gastaste a subir recuperas a descer, menos o rendimento

Sim, estava a referir-me à viagem só de ida.

Se as cotas forem próximas, a quase totalidade da energia extra gasta para subir durante a viagem é recuperada/não gasta durante a descida.

E lá chegaram as férias, altura de fazer o teste há tanto tempo ansiado, fazer a maior viagem do ano com um carro a pilhas. Férias marcadas para Albufeira o que dá quase 600 kms de viagem.
Teste que teve que ser adiado para o regresso a casa, pois na ida ainda há uma passagem por Sintra, dividindo a viagem +\- a meio.
Para fazer os cerca de 300kms entre Viseu e Sintra optei por fazer uma carga na AS de Pombal.

E outra em Aveiras.

A temperatura nesta viagem não era importante, pois faz-se na boa com dois carregamentos perto dos 60%, chegou a Sintra um pouco acima de meio, não levei o OBD para monitorizar a coisa, não o consegui encontrar. Optei pelos 2 carregamentos para chegar e não ter que colocar logo à carga, um chegava.
Fim de semana por lá, com carregamentos caseiros sem nada a assinalar, apenas o tarifário do meu familiar (0,067€ em bi hórario) numa empresa de fornecimento de eletricidade do norte, nem me lembro do nome.
Segunda-feira rumo ao Algarve, paragem em Alcacer.

Seguindo-se Aljustrel, não entendo a engenharia que ronda o posicionamento dos carregadores, engenheiros de domingo?

Colocam o carregador virado para um lado sendo impossível carregar alguns carros no segundo lugar de carga, uma treta pegada. A media em Aljustrel.

Uma semana sem problemas de carga, carregou junto à praia dos pescadores, e até num carregador Tesla na marina de Albufeira.

Aqui ficou carregado para sair no dia seguinte para o norte, o teste iria começar em breve.

Saida a seguir ao almoço, com temperaturas na ordem dos 35ºC e AC nos 24ºC, primeira paragem em Aljustrel, com a carga a iniciar-se nos 47kW, tudo normal em termos de temperatura das baterias, andamentos de nacional entre os 80 e os 90 km/h, na AE nos 100 km/h, a ideia é andar o mínimo em AE, uma pena os PCR só existirem nas AE.

Paragem com o carro ligado para o AC se manter a trabalhar, o calor era muito. Carga a iniciar nos 47kW.

Seguida para Alcacer, optando sempre pela nacional e A/C a bombar. Nem 100 kms foram. Carga a iniciar nos 38kW.

Chegada a Aveiras e pela primeira vez um PCR ocupado, já estava de saída um LEAF 1ª geração, aproveitou-se para lanchar.

Aqui comecei a dar conta da forma como o sistema lida com a temperatura das baterias, ou seja, durante a viagem a temperatura das baterias baixa e volta a subir na carga, o que vi em termos de temperatura foi a barra a tocar no vermelho quando carrega e desce um traço em andamento. A media de tempo de paragem anda pela meia hora de cada vez, começou a carregar nos 28kW.
A partir de Aveiras desligou-se o A/C, pois a temperatura baixou.
Chegada a Pombal com a mesma lógica, a temperatura das baterias baixou um traço e lá ficou a tocar no vermelho ao fim da carga.

Esta seria a ultima carga, pois já daria à vontadinha para chegar a casa e no final o cenário ficou assim.

E a temperatura assim, tal como antes dos restantes carregamentos.

Resumindo, com andamentos de nacional pode-se utilizar o LEAF indefinidamente sem entrar no vermelho, a gestão que ele faz da carga/descarga não deixa a temperatura ir muito alem, só vi limitações na carga, nunca em situação alguma limitou o acelerador, nem entrou na “red zone”. Estou curioso em ver o comportamento com a atualização do “rapid gate”, sinceramente acho que não tem muito significado em termos de tempos e terá em termos de stress térmico das baterias.
Em termos de custos fiz uma media de 3€ por carga, pelo que diz a app miio, uns 25€ para percorrer 1420kms, misturando com carregamentos grátis, obviamente.
Já a media de consumo, é muito boa tendo em conta o uso do A/C mesmo parado, as estradas do sul são impecáveis nesse aspecto.
Também nunca vi as tais filas intermináveis que por vezes se ouve falar dos postos de carga, nem deixei ninguem à espera, só tive três situações de encontrar outro EV nos pontos de carga:
- Carreguei ao mesmo tempo que um ZOE em Aljustrel.
- Esperei uns 5 minutos para que um LEAF acabasse de carregar em Aveiras.
- Um i3 esperou uns 2 minutos que eu saísse de Aveiras
Ah! Esquecia-me doutra, na descida para o sul, encontrei um LEAF 24kW que fazia o mesmo trajeto que eu para o sul, a diferença é que eu fazia-o com um factor cagaço bem maior que o dele, encontrei-o em Alcacer e Aljustrel, chegava quando eu estava de saída, disse-me que a seguir seria Loulé.
Serviu para ter muito mais confiança neste carro a pilhas. Sempre impecável.
De salientar que cada vez mais se vêem carros encostados de capot aberto. E vi uma transporter a subir uma vedação, sono do condutor??? Estava tudo ok com ele.
E pronto, já está lavadinho e pronto para outra. Já lá vão os 35 000 kms.

Boas viagens

bom relato.

Óptimo relato. Tens que fazer um tutorial de "Como fazer viagens longas com Leaf 40kWh" . E já agora outro de "Como fazer boas médias com o Leaf 40kWh".
Só não entendi bem nos carregamentos rápidos com que SOC chegaste e com que SOC saíste? Chegaste sempre perto ou acima de 50%?

Cheguei sempre entre os 50 e os 60% e sai perto dos 90%.
As medias são faceis de fazer, nem sequer vejo muita diferença com a utilização do A/C e nunca usei o ECO, as rodas devem fazer mesmo muita diferença.
Outra coisa que prejudicou as medias, os carregamentos feitos no alentejo foram sempre com o AC ligado.

civic Escreveu: 08 set 2019, 14:47 Colocam o carregador virado para um lado sendo impossível carregar alguns carros no segundo lugar de carga, uma treta pegada.

Eles instalam carregadores. Fazem-no com todo o esmero. Agora se alguém consegue ou não carregar ali, isso não é problema deles.

civic Escreveu: 08 set 2019, 15:37 Também nunca vi as tais filas intermináveis que por vezes se ouve falar dos postos de carga, nem deixei ninguem à espera, só tive três situações de encontrar outro EV nos pontos de carga:

Pois é. Nunca é tão mau como se espera. É preciso ter azar.
E agora já passou o pior. E no próximo ano vão haver mais PCRs de certeza. Se Deus quiser, fora da auto-estrada, aliás parece-me mais provável.

Boa viagem e foi boa estratégia parar apenas por 30 minutos. Em vez de apanhar grande seca à espera de um SoC mais alto, mais vale parar várias vezes. Não nos fartamos nem da paragem, nem da condução.
E o aquecimento acontece mais distribuído no tempo.