BrunoAlves Escreveu: 31 dez 2020, 15:11
Só que não é isso que acontece em Matosinhos. Se usares o CEME Prio, o carregamento é gratuito. Se usares outro CEME qualquer, pagas.
Mesmo que o utilizador do cartão Prio não tenha gasto um cêntimo no shopping e eu que carreguei com o cartão Miio tenha lá deixado 2 ordenados.
No Continente não é assim. É muito mais justo para cliente e fornecedor do serviço.
E mesmo que não queiras ir às compras ao continente, é muito mais barato do que ir ao Mar Shopping e não usar o cartão do CEME Prio.
Compreendo, a oferta no MarShopping e o acordo que a PRIO tem não é o melhor exemplo, na minha opinião pessoal, para as potencialidades da lei, que permite diferenciar o preço a oferta. É uma forma de justificar (?) o pedido do cartão do CEME (?).
Exige alguma abertura e disponibilidade técnica/ financeira para garantir boas ofertas comerciais e roaming. Na miio, já apresentamos soluções a alguns grupos de supermercados (também enviámos para o Continente) bem giras, mas acredito que 2021 vai trazer mais clareza, estabilidade regulatório e recepção do mercado que também tem de querer estas soluções. Mesmo que soluções próprias (apps próprias), como a do Continente — e melhores eheh
Já agora a lei que falo:
5 - Os contratos de fornecimento de energia elétrica referidos no número anterior não podem discriminar pontos de carregamento, impedindo ou tornando excessivamente onerosoa a utilização de certos pontos de carregamento, favorecendo injustificadamente a utilização dos demais.
6 - O disposto no número anterior não impede a aplicação de descontos nos preços de comercialização de eletricidade para a mobilidade elétrica ou a comercialização conjunta de serviços ou produtos diversos.
BrunoAlves Escreveu: 31 dez 2020, 15:11
frankesousa Escreveu: 31 dez 2020, 14:25
Nunca na vida um carregamento público irá custar tão pouco como um continente simplesmente porque os custos devem ser insustentáveis com esses preços.
Mas no que se discute aqui, uma rede de carregamento em centros comerciais, é ingénuo pensar que não se consegue facilmente preços melhores que o melhor da rede pública.
A maioria destes locais (caso prático, o mar shopping) tem tanta potência disponível que os postos de carregamento mal fazem comichão ao PT. Estes monstros compram energia mais barato que a Miio consegue.
Isto é uma questão de volume, eu não acredito que consigam melhores preços já em 2021. Seria ingénuo se não houvesse um plano preparado para a tendência de esmagar preços — o mercado funciona assim.
Agora a média são 9ct/kWh, mas em breve deve ser 7ct/kWh a 6ct/kWh, basta haver volume e isso vai acontecer. O Alex aqui neste fórum, com o cartão miio já conseguiu 0.067€/kWh, mas é um posto ao minuto ou o desconto Coopernico a funcionar.
Aliás, acho que está tudo alinhado até, para haver pricing dinâmico da energia consoante o aprovisionamento em mercado e para que seja mais barato carregar durante o dia.
BrunoAlves Escreveu: 31 dez 2020, 15:11
Se a energia custar ao continente 10cts/kWh (ridículo, uma vez que é isso que a Miio me cobra, mas vamos ser ingénuos assim) eles vendem a 20cts/kWh. Barato e mesmo assim com o mesmo retorno de alguns OPC.
Mesmo sendo grandes grupos, nem todos fazem o aprovisionamento da energia, podia falar do Continente que a Sonae, se não estou em erro, tem duas empresas para isso (?).
Mas quem não tem, e compra a terceiro, a compra em mercado média ronda os 0.045€/kWh, com acertos +0.01€/kWh (?). Agora juntar a taxa de acesso às redes em média tensão, ~0.04€/kWh a ~0.05€/kWh que só por si é inferior ao publicado para a mobilidade elétrica (ainda não entendi esta parte), a diferença é grande. Ajustar 0.03€/kWh/kWh a 0.04€/kWh de despesas na transação, aprovisionamento e running costs do provider (?).
Já que fala em 0.20€/kWh isso é com IVA, então vamos aplicar Iva na compra da eletricidade.
(0.045+0.01+0.045+0.04)*1.23 diria que entre ~ 0.15€/kWh a 0.172€/kWh
Acredito que consigam entre 0.05€/kWh a 0.03€/kWh, com despesas no invoice e transação de cartão de crédito que ronda em média os 2% no valor total da transação (?).
Então, acreditando no que se diz por aqui — ainda não fiz contas — se o Continente vende a 0.20€/kWh, para pagar um investimento em PCR ~25mil euros, com 0.05€ a 0.03€/kWh, quantos anos são precisos? E o investimento em aplicações e sistemas de gestão mais contratos de manutenção e apoio ao cliente? Devo estar a fazer mal as contas ou o Nuno terá mesmo razão em relação à concorrência difícil?
BrunoAlves Escreveu: 31 dez 2020, 15:11
rafaelferreirapt Escreveu: 31 dez 2020, 14:49Isso foi o que me disseram, mas não faço ideia se é realidade, parece que sim
OK então. Vou fazer de conta que acredito
A tua participação tem sido muito positiva e agradeço-te por isso. Objectivamente és a única pessoa que acaba por trazer algum conhecimento de dentro ao que muitas vezes se discute. Tens tido uma atitude muito correcta a defender o que acreditas (só é pena que seja errado, mas vá

).
Não tenho meios para fazer parte disso, gosto de estar a par, mas nem sempre me chega tudo.
Apesar de por vezes ser difícil, e ter algum receio das interpretações e consequências do que escrevo, tento apresentar argumentos para que haja uma discussão boa. Aliás, porque eu acredito que só debatendo e fazendo parte da comunidade é que se consegue evoluir ou conseguir moldar um “negócio” ao que um coletivo pensa.
Deixo só aqui algo importante, que deve ser esclarecido: apesar de acreditar num modelo de roaming, se não houvesse evoluções na sua implementação e sistemas, eu já não estaria a falar da mesma forma e já não conseguia defender o que acredito atualmente.