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Falam em Espanha como se fosse complicado carregar lá. Basta instalar as apps desejadas e associar um cartão de crédito e já está. São várias apps? Sim, são. Mas já há redes com boa cobertura para atravessar o país. Normalmente no posto está um QR code para fazer download da app.

Não percebo. Eu não tinha cartão continente, nunca tive. Quando instalei a app do continente "carregamento" pediu-me para instalar a app do cartão continente, criei um cartão na hora (na app do cartão) e ficou associado ao meu número. 5 minutos mal medidos.

O utilizador médio está muitos furos abaixo desse à vontade com Apps e criação de "cartões" em Apps diferentes, acho que concordarás comigo. Como aliás demonstra o caso que indiquei.

Continuo a não entender. Fica melhor apeado em frente a um posto da rede pública, sem cartão e sem ter como carregar, isso é que é mais fácil resolver
Como aliás demonstram vários casos que todos lemos amiúde. Quando acabaram os SuC gratuitos, era ver montes de malta que nunca tinha carregado de outra forma "estou em frente a um posto, encostei o multibanco e não faz nada".

Eu também não sabia usar a app do continente, nunca tinha sequer visto (nem sabia!) que se podia criar um cartão virtual do continente através de outra app. Foi tudo directo, a app pedia e eu fazia.

Neste caso ele já tinha o cartão da Miio, o que pode explicar alguma inércia em arranjar solução mais barata, mesmo com uma diferença brutal no preço. Claro que mesmo a 0,3€/kW.h é muito mais barato que a gasolina que ele gastava até há 2 semanas atrás...

Mas lá está, a rede do Continente é complementar à rede pública. Apesar do enorme e louvável esforço do Continente, o número total de postos e de locais é ordens de magnitude inferior ao da rede pública. E o esforço do Continente é naturalmente de aumentar a cota de mercado e de cliente das suas superfícies comerciais, o lucro no carregamento está num plano secundário.

Resumindo e baralhando: o modelo é que é bom, nem que isso seja prejudicial ao utilizador final, não permita fomentar nenhuma concorrência, há n entidades pelo caminho a "comerem" do mesmo osso e quando vou colocar o carro a carregar, nunca sei quanto vou pagar

Como há interesses a defender, toca a pressionar para criar legislação que tente forçar os outros modelos (que até são mais simples para o utilizador, não é preciso esperar semanas por um cartão, sabe-se à partida logo quanto se vai pagar) sejam ilegais

Por mais voltas que tentem dar, ainda ninguém me conseguiu dar uma única razão de porque é que esta 8ª maravilha do mundo é a melhor de todas. Nem mesmo quando tentam falsamente afirmar que existem postos na rede pública que conseguem ficar mais baratos

mjr Escreveu: 30 dez 2020, 22:19 Apesar do enorme e louvável esforço do Continente, o número total de postos e de locais é ordens de magnitude inferior ao da rede pública

Se fosse dado ao continente ou outros players privados o dinheiro público investido na rede pública, podia ser mais próximo
Claro que estou a brincar, mas há alguma relativização a fazer

Voltando ao assunto introduzido pelo Rafael, o que está em marcha é um movimento (tenho uma curiosidade mórbida em perceber quem faz parte dele) para acabar com esta rede "complementar". E a da Tesla, obviamente.
E continuo sem perceber porque é que este movimento não surgiu quando a rede Tesla era de borla, com os PCR em cima de paletes, etc.

mjr Escreveu: 30 dez 2020, 22:19 Mas lá está, a rede do Continente é complementar à rede pública.

Em Beja, capital de distrito, corre-se o risco de o único PCR vir a ser do Continente

Não deve ser muito difícil saber quem não quer estas redes complementares: Mobi.e, generalidade dos OPCs não CEME, CEMEs menores. Os outros CEME estão à espera para ver, e caso o modelo "pegue", irão obviamente fazer o mesmo. Estes que indiquei e que se queixam das redes privadas obviamente que têm "interesses" no modelo, foi aí que basearam o seu negócio.

Quando a Tesla era de borla, não era negócio, por isso não estou a ver por onde poderiam pegar. Mas claro que não gostavam!

mjr Escreveu: 30 dez 2020, 22:36 Não deve ser muito difícil saber quem não quer estas redes complementares

Quem não quer é uma coisa. A minha curiosidade mórbida é quem é que apresentou a queixa.
Porque de certeza não andam de VE ou pelo menos não carregam fora de casa. Ou um interesse (profissional) sobrepõe-se ao outro (pessoal, do custo de carregamento)