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Re: Notícia Governo mantém Mobi.e como gestora ate 2018

Enviado: 30 jun 2015, 13:45
por meira78
rdias Escreveu:Alguém falou que não há 1000 utilizadores.... Mas garanto que com uma rede viável isso muda rápido... Eu não sou utilizador ainda... E já estou disposto a pagar.... Certamente haverá interessados....
Certíssimo rdias. Se as marcas quiserem entrar neste projecto isso será bastante interessante. O resto é uma questão de tempo...

Re: Rede de Carregadores rápidos

Enviado: 30 jun 2015, 14:07
por meira78
alexmol Escreveu:O que não estou a perceber nesta discussão é a insistência nas renováveis como forma de baixar o preço da energia.
O retorno desse investimento não é rápido e existe o risco de se um projecto destes for ultrapassado (por exemplo pela dinamização do mobi.e com dinheiro estatal, ou uma rede com a da Tesla, por exemplo) ter-se-à perdido uma boa parte do investimento.

Alguém consegue apresentar um cenário típico de um PCR com renováveis para se fazer umas contas rápidas?
Qual a potência renovável a instalar? Vai vender excesso à rede? Vai ter baterias?
alexmol, compreendo as tuas questões.

A questão da insistência nas energias renováveis é uma forma de baixar o custo da energia no futuro.

Através de um contrato de miniprodução podemos abrir o investimento a interessados (simples investidores particulares), pagando uma taxa de juro mais apelativa do que os bancos comerciais. Desta forma angariamos investimento para instalar as renováveis. Posteriormente vendemos a electricidade à rede por um contrato de 15 anos e pagamos o investimento e os juros com as receitas da venda em cerca de 1/2 desse período. O resto do período de contrato geramos receitas para a nossa rede.

Se pudéssemos fazer um "acerto" de contas entre o que geramos e o que gastamos, de e para a rede, nem era preciso o contrato de miniproducao, dado que era bem competitivo o valor do investimento nas renováveis em relação ao custo dessa energia gerada. Mas julgo que em Portugal isso não é possível. A EDP faz pressão para que isso não aconteça, pois está aí o exemplo recente da nossa legislação sobre o auto-consumo. As baterias por enquanto tb me parece inviável, dado o preço ainda é elevado e os constantes ciclos de carga e descarga diários que esta solução exigiria não facilitariam a vida útil das mesmas.

Mas gostava de ouvir outras opiniões. Estamos abertos a todas as opiniões e dicas... para construir a melhor solução e ter um modelo bem robusto e eficiente.

Re: Rede de Carregadores rápidos

Enviado: 30 jun 2015, 15:16
por Batotinha
Em jeito de síntese do muito que já se disse, sugeria que se avança-se entre 3-4 users, uma mini-conferência para juntar dados e elaborar/delinear o projecto.
Digam em que posso ser útil, já que nem tenho carro, nem formação técnica relevante aos VE! :cry:
Darei o apoio possível e que peçam. Lembro que não sou suficientemente versado em tecnologias, sou muito básico até.
Não esqueçam do NE e da sua participação imprescindível. Não tenho aparecido por lá opinando, pois a "minha informática" tem-me dificultado a vida. Da última vez que tentei recuperar senha foi para mim "um dia de juízo".
Depois de haver mais dados e contas...como diz o Volt, e já houve alguma resposta, será mais um ponto arrumado. Isto se não aparecer mais info.
Volt Escreveu:Uma pergunta, alguém daqui sabe quanto custa a instalação de um PCR, bem como o aluguer ou compra de todo o material que envolve essa instalação, e, já agora, o próprio PCR e a a sua manutenção?
Só para ter uma ideia dos custos envolvidos.
A questão seguinte, Vender a quem?
meira78 Escreveu:Podíamos "vender" o projecto às CMs. Mas elas só estariam disponíveis para o "comprar" se estivessem em jogo fundos comunitários que comparticipem grande parte das verbas....
e a todas as entidades que possam retirar dividendos. Marcas, Bombeiros, particulares, comerciantes de combustível, sei lá...oficinas? até porque o objectivo é também mostrar que existe "abastecimento" pensado e executado por quem "sabe da poda", e na medida do possível. Quantos mais contactos melhor.
meira78 Escreveu:O principal objectivo desta rede é ligar grandes distâncias e fazer o percurso a cada 80/100kms do PCR mais próximo, mas não vamos encher as grandes e médias cidades de PCR para incentivar o seu uso diário e frequente,
O aumento das restantes tomadas, estará sempre em mente! ;)
Tanto faz que o utilizador seja DE Santarém, de Faro, Coimbra, Bragança ou Viana. Todos estes potenciais utilizadores servirão de argumento de venda... ;) mas a rede de PCR começará por criar eixos de trânsito.
meira78 Escreveu:Quanto ao exemplo dado do colega que faz todos os dias Caldas da Rainha-Lisboa, infelizmente não é o tipo de utilização que pretendemos incentivar. Imagina que ele demora habitualmente 1 hora de viagem e sai com cerca de 1,5 horas de avanço para Lisboa.
Amigos da Efacec ;) ... as mudanças na estrutura produtiva e financeira não nos deve inibir. Nós não somos concorrentes! Mostremos às novas "mentes" que continuamos a acreditar na sua "grande" imagem da marca. É muito do seu capital. Continuem a trabalhar/investindo nesse capital. :oops:

Batotinha

Re: Notícia Governo mantém Mobi.e como gestora ate 2018

Enviado: 30 jun 2015, 15:25
por Apr
meira78 Escreveu:
rdias Escreveu:Alguém falou que não há 1000 utilizadores.... Mas garanto que com uma rede viável isso muda rápido... Eu não sou utilizador ainda... E já estou disposto a pagar.... Certamente haverá interessados....
Certíssimo rdias. Se as marcas quiserem entrar neste projecto isso será bastante interessante. O resto é uma questão de tempo...

Duvido que as pessoas passem a comprar VE's por saber que há PCR's no bombeiros voluntários.

Re: Rede de Carregadores rápidos

Enviado: 30 jun 2015, 15:31
por rnlcarlov
Apr Escreveu: Duvido que as pessoas passem a comprar VE's por saber que há PCR's no bombeiros voluntários.
Se conseguirmos passar a mensagem que já é possível ligar o norte a sul do país em tempos aceitáveis penso que isso será uma grande incentivo para a aquisição de VEs. Provavelmente a grande maioria das pessoas não lhes importa muito se são nos bombeiros ou se são numa loja de chineses, desde que lá estejam e funcionem.

Re: Rede de Carregadores rápidos

Enviado: 30 jun 2015, 15:34
por jasmim
A grande preocupação das pessoas é a autonomia. Ouço constantemente "E se quiser ir ao Algarve? E se quiser ir a Lisboa (sou de Aveiro)"
Se eu lhes pudesse responder que através de uma rede de PCR's estrategicamente colocados, isso seria possível (independetemente de ser nos bombeiros), creio que haveria muito mais utilizadores de carros elétricos.

Re: Rede de Carregadores rápidos

Enviado: 30 jun 2015, 15:39
por Fil
VETL Escreveu:
Fil Escreveu: Vendida totalmente,...
Ao abrigo de quê e a que preço?
Fil Escreveu:... ou em sistema híbrido para não se pagar a hora de ponta.
Como é que isto funciona?
1ª questão :
São três as categorias de acesso :

O registo no Sistema Eletrónico de Registo de Unidades de Produção – SERUP – admite três categorias, com tarifas diferentes de acordo com a sua complexidade:

Categoria I: registo apenas de UPP;
Categoria II: registo de UPP e instalação de tomada elétrica para carregamento de veículos elétricos;
Categoria III: registo de UPP e instalação de sistema solar térmico ou caldeira a biomassa.

Tarifas para 2015.

A tarifa de referência para 2015 é de €0,095/kWh.

Para as categorias II e III, a tarifa de referência cresce respetivamente para os €0,105/kWh e €0,10/kWh. A tarifa acresce para os €0,11/kWh na instalação conjunta das categorias II e III.

A tarifa depende também da fonte de energia utilizada nas UPP8:

Energia solar: 100% da tarifa (€0,095/kWh);
Energia de biomassa ou biogás: 90% da tarifa (€0,0855/kWh);
Energia eólica: 70% da tarifa (€0,0665/kWh);
Energia hídrica: 60% da tarifa (€0,057/kWh).

Potência para 2015.

A potência disponível para atribuição em 2015 é de 15 MW, que se distribui em nove sessões:

Março: 4,6 MW (categoria I - 1,6 MW, categoria II - 1,5 MW, categoria III - 1,5 MW);
Abril a novembro: 1,3 MW/mês (categoria I - 0,5 MW, categoria II - 0,4 MW, categoria III - 0,4 MW).

Descem os valores das taxas de registo.

As taxas de registo para as UPP descem significativamente. Para sistemas com potência instalada:

Até 1,5 kW: €30;
De 1,5 kW a 5 kW: €100;
De 5 kW a 100 kW: €250;
De 100 kW a 250 kW: €500;
De 250 kW a 1 MW: €750.

2ª questão:
O sistema gere o funcionamento da seguinte forma, está programado para armazenar nas baterias durante a hora de ponta (das 9h15 às 12h15 apenas durante a semana, ao fim de semana não há hora de ponta), e no resto do período injecta na rede, vendendo a restante:

Caberá ao produtor escolher se quer ou não injectar na rede energética de serviço público (RESP) a energia não consumida.

Os sistemas que tenham uma potência até 1,5 kW não necessitam de contador. A partir dessa potência o contador é obrigatório.

Para ambos os casos, se o produtor quiser vender o excedente produzido é necessário certificado de exploração e contador. A remuneração é feita tendo em conta “o valor resultante da média aritmética simples dos preços de fecho do Operador do Mercado Ibérico de Energia (OMIE) para Portugal” relativo ao mês em vigor. Será necessário o pagamento de uma taxa de registo junto do SERUP (sistema electrónico de registo de unidades de produção). Para potência instalada:

Até 1,5 kW: €30;
De 1,5 kW a 5 kW: €100;
De 5 kW a 100 kW: €250;
De 100 kW a 250 kW: €500;
De 250 kW a 1 MW: €750.
Se o produtor não quiser vender o excedente à rede, vai necessitar de um aparelho que limite a injecção de potência.

Pode-se ainda fazer de outra forma, mas terá de ser melhor estudada ; não utilizar energias renováveis mas sim várias baterias, armazenando energia na hora de vazio (da rede), para utilizar no resto dos períodos, ficando desta forma mais barata a utilização.

Re: Rede de Carregadores rápidos

Enviado: 30 jun 2015, 15:52
por rnlcarlov
A venda do excedente à rede no regime de autoconsumo é paga a preços de miséria. Tendo em conta que o uso de PCR se traduz em elevadas potências em curtos espaços de tempo, penso que pouco se aproveita da energia renovável dos painéis. Dimensionando o sistem para potências mais elevadas implica um investimento mais elevado, e enquanto o posto não estava a ser utilizado era energia quase perdida ou vendida a preços de saldo à rede.
Tenho sérias dúvidas da viabilidade económica de utilização de energias renováveis em PCRs (em Portugal), embora a nível ambiental e social seja interessante.

Re: Rede de Carregadores rápidos

Enviado: 30 jun 2015, 15:55
por VETL
Fil Escreveu:
VETL Escreveu:
Fil Escreveu: Vendida totalmente,...
Ao abrigo de quê e a que preço?
Fil Escreveu:... ou em sistema híbrido para não se pagar a hora de ponta.
Como é que isto funciona?
1ª questão :
São três as categorias de acesso :

O registo no Sistema Eletrónico de Registo de Unidades de Produção – SERUP – admite três categorias, com tarifas diferentes de acordo com a sua complexidade:

Categoria I: registo apenas de UPP;
Categoria II: registo de UPP e instalação de tomada elétrica para carregamento de veículos elétricos;
Categoria III: registo de UPP e instalação de sistema solar térmico ou caldeira a biomassa.

Tarifas para 2015.

A tarifa de referência para 2015 é de €0,095/kWh.

Para as categorias II e III, a tarifa de referência cresce respetivamente para os €0,105/kWh e €0,10/kWh. A tarifa acresce para os €0,11/kWh na instalação conjunta das categorias II e III.

A tarifa depende também da fonte de energia utilizada nas UPP8:

Energia solar: 100% da tarifa (€0,095/kWh);
Energia de biomassa ou biogás: 90% da tarifa (€0,0855/kWh);
Energia eólica: 70% da tarifa (€0,0665/kWh);
Energia hídrica: 60% da tarifa (€0,057/kWh).

Potência para 2015.

A potência disponível para atribuição em 2015 é de 15 MW, que se distribui em nove sessões:

Março: 4,6 MW (categoria I - 1,6 MW, categoria II - 1,5 MW, categoria III - 1,5 MW);
Abril a novembro: 1,3 MW/mês (categoria I - 0,5 MW, categoria II - 0,4 MW, categoria III - 0,4 MW).

Descem os valores das taxas de registo.

As taxas de registo para as UPP descem significativamente. Para sistemas com potência instalada:

Até 1,5 kW: €30;
De 1,5 kW a 5 kW: €100;
De 5 kW a 100 kW: €250;
De 100 kW a 250 kW: €500;
De 250 kW a 1 MW: €750.

2ª questão:
O sistema gere o funcionamento da seguinte forma, está programado para armazenar nas baterias durante a hora de ponta (das 9h15 às 12h15 apenas durante a semana, ao fim de semana não há hora de ponta), e no resto do período injecta na rede, vendendo a restante:

Caberá ao produtor escolher se quer ou não injectar na rede energética de serviço público (RESP) a energia não consumida.

Os sistemas que tenham uma potência até 1,5 kW não necessitam de contador. A partir dessa potência o contador é obrigatório.

Para ambos os casos, se o produtor quiser vender o excedente produzido é necessário certificado de exploração e contador. A remuneração é feita tendo em conta “o valor resultante da média aritmética simples dos preços de fecho do Operador do Mercado Ibérico de Energia (OMIE) para Portugal” relativo ao mês em vigor. Será necessário o pagamento de uma taxa de registo junto do SERUP (sistema electrónico de registo de unidades de produção). Para potência instalada:

Até 1,5 kW: €30;
De 1,5 kW a 5 kW: €100;
De 5 kW a 100 kW: €250;
De 100 kW a 250 kW: €500;
De 250 kW a 1 MW: €750.
Se o produtor não quiser vender o excedente à rede, vai necessitar de um aparelho que limite a injecção de potência.

Pode-se ainda fazer de outra forma, mas terá de ser melhor estudada ; não utilizar energias renováveis mas sim várias baterias, armazenando energia na hora de vazio (da rede), para utilizar no resto dos períodos, ficando desta forma mais barata a utilização.
Não consigo conceber um cenário em que um investimento em qualquer destas soluções seja sequer recuperável.
Quanto mais sustentável...

Re: Rede de Carregadores rápidos

Enviado: 30 jun 2015, 16:24
por Fil
São os melhores que conheço e que dão os custos mais baixos, segundo os meus conhecimentos ;)