Acabei de enviar para a Quercus o seguinte e-mail:
"No passado dia 16 do corrente mês o Sr. Francisco Ferreira emitiu no Programa Manhã 1 da Antena 1, algumas declarações acerca da utilização Veículo Elétrico (VE), que aliás já tinha produzido no programa Serviço Público da RTP2, que junto com as declarações de um dito especialista, que também foi ouvido, no mínimo servem para dar cobertura há política do atual governo que, para ter razão tem que condenar tudo o que foi feito pelo anterior. Eu também fui ouvido para a reportagem do referido programa e, de cerca de uma hora de conversa, transmitiram apenas alguns segundos, invertendo completamente o sentido de todo o meu discurso.
No referente à mobilidade eléctrica, se é verdade que foram feitos alguns exageros, também é verdade que estávamos no caminho certo, pois mesmo nesta fase, embora com autonomia limitada a cerca de 140 km, o VE resolvia grande parte dos problemas das pessoas que circulam nas cidades ou se deslocam dos arredores, e que em regra não fazem mais de 100 Km por dia. Com uma rede de abastecimento bem pensada,com a inclusão de mais postos de carga rápida, poderia aumentar-se significativamente o raio de ação.
As vantagens seriam várias:
Redução das emissões de CO2,( qualquer dia fecham algumas cidades à circulação de veículos, como já acontece em várias cidades no estrangeiro);
Redução do ruído;
Redução das divisas gastas com a importação de combustíveis fosseis, (já alguém fez as contas em quanto se pouparia? sugiro a Quercus para fazer esta investigação);
Redução dos gastos com o combustível, ( com um carro a gasóleo gastava em média 300€ por mês, fazendo em média 60 Km por dia, agora gasto cerca de 20€ por mês em energia elétrica);
Redução significativa dos custos de manutenção.
Estas são apenas as vantagens mais significativas com as quais todos estarão de acordo, pelo que me questiono: a quem interessa dar mais argumentos aos que, por terem outros interesses, consideram que a utilização dos VEs deverão ser para daqui a a 10 ou 15 anos?
O Sr. Mira Amaral profetizou em tempos que iria ver os postos da Mobie.e todos enferrujados devido à falta de utilização. Também já o ouvi defender as centrais nucleares, por isso estamos sempre em lados opostos da barricada, pois eu orgulho-me de, na altura em que por pouco não se avançava para a construção de uma Central Nuclear em Ferrel, ter colaborado modestamente no estudo geotécnico dos terrenos que confirmou a existência de uma falha que inviabilizava aquele tipo de construção.
A Quercus deve tomar uma posição clara, e fundamentada, a respeito da utilização atual dos VEs.
Sr. Francisco Ferreira, a utilização dos veículos híbridos, é como deixar de fumar 1 maço de cigarros por dia e passar a fumar 3 cigarrilhas. Atenua-se o problema mas não se resolve."
