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Para nós é claro que o iMiEV é o carro que se adapta melhor ao teu estilo de condução, Malm. A questão é que o mercado dos elétricos só vai explodir com packs mais versáteis, que permitam grandes autonomias e velocidades proibidas. E a Tesla sabe bem disso. Se gasta 1€ ou 1,5€ aos 100 km não é relevante, pois é sempre quase uma ordem de magnitude menos que o gasto de um CI.

Concordo.

Parece-me que o factor "temperatura" tem muito menos relevância que o factor "tempo" para a degradação dos packs, ainda para mais quando estamos a falar de 5 a 10 graus de temperatura. Baseio esta ideia, no facto de provavelmente ter o pack mais degradado do forum, mas ao mesmo tempo relativamente perto daqueles que têm todos os cuidados com esse factor "temperatura"...

Quanto à passagem do tempo nada a fazer. Quanto ao calor, eu posso fazer muita coisa. Os Leaf do Arizona demonstram sem qualquer dúvida que temperaturas de 40C degradam substancialmente as baterias. Os carregamentos rápidos também aceleram a degradação das baterias, devido ao calor que porduzem. A Mitsubishi, neste caso, não assobiou para o lado. Os Leaf da Noruega têm taxas de degradação bem inferiores aos nossos (30% menos degradação). São demasiadas evidências, por isso continuo a achar que o calor é claramente o culpado dos 6% de média de degradação.

Acabei agora de verificar os resultados do meu 1º CDEN (carregamento doméstico exterior noturno) e foi... uma desilusão . Ontem deixei-o a 19,3º C e 19% de SoC. Carregou entre as 2 e as 6 da manhã. Hoje, às 9:00 da manhã, estava a 22º C e 98%. Para já, entre carregá-lo na garagem ou na rua, a diferença parece ser muito pouca.

rdias Escreveu:sem duvida.... a temperatura é o segredo...

E a Nissan sabe muito bem disso.
Já viram a garantia dos canadianos?

Temperaturas médias anuais: 23,9º C em Phoenix, 17º C em Sidney, 14,7º C no Porto, 9,8º C em Dublin.
Degradação esperada em 3 anos: 33,8% em Phoenix, 18,8% em Sidney, 16% no Porto, 13,1% em Dublin (segundo http://www.electricvehiclewiki.com/?tit ... acity_Loss). Estes valores de degradação são uma previsão, o facto é que são muito próximos daquilo que se tem registado na realidade. É nestes valores em que me baseio para acreditar que reduzir 5º C anuais, em média, a temperatura do meu pack, vai reduzir a degradação em 2 ou 3%. Mesmo no Arizona, estou convencido que no inverno as baterias do Leaf praticamente não degradam, pois em janeiro, em Phoenix, está frio.
Eu começo a pensar que, cada um, devido à utilização que dá ao carro, tem de fazer esta verificação frequente das temperaturas, de modo a encontrar, dentro do razoável, formas de as manter frias. No meu caso, é como se o meu carro se tivesse aproximado mais de 10 graus para norte em latitude, do ano passado para este.

Concordo com o Malm. As médias apresentadas escondem ainda o mais importante, que são os picos. Há climas tropicais com temperaturas médias semelhantes a Phoenix mas com menor degradação. Isto porque os meses em que as temperaturas máximas andam sempre acima dos 40 graus fazem muito mais estragos do que o frio do Inverno abranda. É o mesmo que circular a 80km/h de velocidade constante ou variar entre 40km/h e 120km/h com a mesma média de velocidade. O segundo caso terá um consumo superior.

Por isso o deserto é o pior bioma para os Leaf. Estou de acordo com o mjr, bastam dois meses muito quentes, que mesmo que o resto do ano seja fresco já faz a sua diferença. Portugal encaixa bem nesta última afirmação.

rdias Escreveu:E acreditam que a nova química de 2015 resolva este problema no sentido de abrandar significativamente a degradação ?

Sinceramente, acho que não. Mas não tenho nenhuma base científica para o afirmar. Façam um pack refrigerado para os Leaf dos países mais quentes e conseguem reduzir significativamente o ritmo da degradação.