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A MOBI.E realiza amanhã (9 de novembro) um evento online de apresentação do seu novo posicionamento e estratégia no mercado nacional, seguida de um Painel de Debate sobre "O futuro da Mobilidade Elétrica em Portugal".
Participem a partir das 10:30 na Webinar disponível em:
https://us02web.zoom.us/j/81112890777

O que eu retive:

Os privados acham o negocio apetecível mas não podem instalar muitos postos porque podem correr o risco de não haver utilizadores em numero suficiente. Destaco a resposta do Henrique a este comentário.

Também ficamos a saber que o investimento publico na infraestrutura é um problema.

Por parte da MOBI.E temos mais uma mão cheia de promessas. A MOBI.E ao contrario do que muitos de nós gostaríamos esta para ficar.

Por ultimo, a associação (no caso o Henrique) que nos representou acho que esteve bem no geral enumerando os problemas que todos nós achamos que tem de ser resolvidos o mais rapidamente possível. É bom saber que existe uma colaboração saudável com o Ministério do Ambiente, pois só assim podemos continuar a ser ouvidos. Se depois as nossa revindicações são aceites e levadas em conta isso são outros "quinhentos".

Também acompanhei, mas perdi a intervenção do Henrique porque me ligaram nessa altura.

Da MobiE foi novamente um excelente exercício de marketing, como vai ser e acontecer e tal. As linhas gerais para o que aí vem estão lançadas, teremos de esperar para ver o que se vai concretizar.
Acho curioso que um dos anúncios é a presença nas redes sociais, quando durante anos a fio e enquanto eram o interface fundamental com os utilizadores tenham optado por ignorar categoricamente essa e basicamente qualquer outra forma de contacto com o "mundo cá fora".

De saudar a participação incisiva do orador a representar a Prio, no meio do "amen" reinante. Gostaria muito de ter havido tempo para continuar a discussão. O Sérgio ainda o tentou "picar" com as redes privadas, mas aí creio que ele mediu as palavras com um paquímetro
A posição dos operadores é claramente difícil e isso ficou patente nos números: 20% do parque de veículos eléctricos está em Lisboa.

Muito interessante a posição da CM Lisboa. No outro dia discutíamos se os impostos deviam ou não ser aplicados onde o investimento é rentável, ficamos a saber que a câmara vai instalar ainda pontos de carregamento adicionais. Sem medo da discussão, a Prio mostrava-se preocupada pela concorrência pública aos privados, resposta "se a CM está a instalar é porque achamos que os privados não estão a dar a resposta que a cidade precisa". Bem.

Ficamos também a saber que a rede afinal é suficiente (os pagamentos fazem milagres), mas acho curioso ninguém ter aparentemente planos para reforçar os corredores principais. Postos nas cidades, postos em todos os municípios, nada sobre os corredores principais. Parece mais ou menos claro que a aposta é o reforço das cidades.

Muito má a intervenção quase final do Ministro a dar voz a quem acha que os eléctricos não são para grandes deslocações. Tem um plug in senão teria dificuldades de agenda. Não acho uma observação relevante, são esses trechos que depois são aproveitados para os antis extrapolarem para toda as realidades de toda a gente.

Nota final, acho que foi um programa confuso e meio desconexo. As intervenções iniciais foram meio desconexas, não estavam ligadas à apresentação inicial, o debate foi manifestamente curto (e é sempre mais difícil de fazer com as restrições actuais, claro...)

BrunoAlves Escreveu: 09 nov 2020, 13:11 Muito má a intervenção quase final do Ministro a dar voz a quem acha que os eléctricos não são para grandes deslocações. Tem um plug in senão teria dificuldades de agenda. Não acho uma observação relevante, são esses trechos que depois são aproveitados para os antis extrapolarem para toda as realidades de toda a gente.

Vê o copo meio cheio. Se ele em certas deslocações vai num plug-in então só vem reforçar que a rede de carregamento não é suficiente para ele usar o BEV em todas as deslocações. A que continuar a investir na rede de carregamento sem ter medo de ter mais postos que carros (Sr da Prio).

Em relação aos 20% de VE´s em Lisboa penso que há vários factores que explicam esse numero. Em primeiro lugar claro esta maior densidade populacional, zonas de circulação verdes, estacionamento quase gratuito em comparação com os outros veículos, certos VE´s encaixam que nem uma luva nas deslocações urbanas devido a sua autonomia reduzida e a cada vez maior disponibilidade de carregadores nesta cidade. É uma bola de neve (Sr. da Prio), mais condições = a maior numero de veículos.

Nonnus Escreveu: 09 nov 2020, 13:20a investir na rede de carregamento sem ter medo de ter mais postos que carros (Sr da Prio).

Isso pode e deve fazer o Estado, por exemplo desviando o incentivo à compra (sempre o disse, é injusto) para instalar no terreno uma rede invejável a qualquer país. 1000 cheques de 3000€ são 3 milhões de euros para aplicar em 1000 carros, apenas 1x e novos. Ou podiam ser 3 milhões de euros aplicados em permanência em todos os carros do país. 2 anos deste mau incentivo aplicado na rede e esta discussão não existia

Tenho de dar razão à Prio nesse sentido. Os privados dificilmente darão esse salto de fé...

Nunca tenho grande fé neste debates, acabam por ser uma conversa de café do politicamente correcto.

Deveriam ter chamado a associação zero para a discussão, para dar mais alguma "emoção".

Muito pior do que os 3.000€ para a compra de VEs, são os incentivos a BEVs de 62.500€ ou pior ainda 50.000€ aos PHEV.

Pode-se também acrescentar a falta de fiscalização aos contratos da mobi.e e consequentes KPIs antes e depois dos investimentos, assim como a não canalização dos incentivos comunitários para a criação de uma rede de carregamentos nacional, em locais que dão prejuizo e ninguém quer gastar um tostão, em vez de fazer o que está planeado, com a instalações em Lisboa e no Porto, que qualquer dia já será "dificil" encontrar locais para os PCRs e PCUR .

Quanto à questão de a rede ser afinal suficiente, todos nós já previamos que esse abrandamento iria acontecer, agora daí até ser suficiente só mesmo de quem não percebe nada do assunto. Será que ninguém se questionou se por ventura, não seriam as expectativas de os preços serem mais baixos?

Os TVDE certamente que contribuem para uma boa parte desses 20%

BrunoAlves Escreveu: 09 nov 2020, 14:50 Tenho de dar razão à Prio nesse sentido. Os privados dificilmente darão esse salto de fé...

Então temos de apoiar a iniciativa da CM de Lisboa. Se os privados não estão com o feeling (lembra-te que ele também disse que era um negócio atrativo), tem de ser o sector publico a investir. Desculpem estar insistir nisto, mas o Sr. da Prio pôs os pés pela mãos com a frase "corremos o risco de ter mais carregadores que carros".

Não quer investir e ao mesmo tempo queixa-se que as empresas publicas não deve fazer concorrência. Acho que todos percebemos o que eles querem. Querem ficar com o mel, onde a vaca não deixa de dar leite e depois usam a desculpa para os outros locais que não podemos correr o risco de ter mais carregadores que carros.

Nonnus Escreveu: 09 nov 2020, 16:04Então temos de apoiar a iniciativa da CM de Lisboa.

Sim, sem dúvida. Eu quando disse "Bem" referia-me à resposta da CM. Eu acho fundamental que as várias iniciativas se complementem, aliás acabei de dizer que o Estado devia pegar nos 3 milhões do apoio à compra e investir na rede. É natural que os privados não queiram fazer investimentos que dificilmente se pagam

Tens razão, e é compreensível, acima de tudo é um negocio. O que eu critico é a frase proferida para servir de desculpa em não querer investir onde não há interesse, depois do Henrique dizer que tem de haver mais investimento na rede de carregamento. Foi um contra-ataque muito infeliz na minha opinião.

Todos nós sabemos que estamos longe do equilíbrio de nº de VE´s a circular com o nº de postos existentes, para não falar na distribuição anormal dos mesmos. Vamos chamar as coisas pelos nomes e deixar de dar desculpas esfarrapadas.