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Re: Mobilidade eléctrica ficará comprometida em poucos meses
Enviado: 30 jul 2018, 19:02
por Gameiro101
migle Escreveu: 30 jul 2018, 16:52
Até lá, as borlas nos carregamentos elétricos continuam a custar, em média 29 mil euros por mês a todos os contribuintes.
Só? Nem meio milhão por ano? Tenho a certeza que as borlas de escape "lança para o ar tudo o que quiseres" saem muito mais caras que isso ao bolso dos contribuintes em doenças respiratórias.
Claro que não vamos falar em custos humanos. É um jornal económico. Fiquemos pelos contribuintes.
Tendo em conta que os impostos representam 25% da fatura da eletricidade dos portugueses, a serem transpostos também para a mobilidade elétrica poderia significar que carregar um veículo poderia ficar tão ou mais caro do que abastecer com gasolina ou gasóleo.
O quê? Não há ninguém num jornal económico que tenha uma máquina de calcular?
Impostos e tarifas pagamos todos em casa e abastecendo em casa é 1/4 ou 1/3 do preço dos CI mais económicos!
É óbvio que nos postos públicos estas tarifas vão representar uma porção muito pequenina do preço que vamos pagar.
É só pessoal a querer roubar. Para nós que estamos de fora é difícil perceber quem, quanto e a quem.
É ridículo os postos pagarem CAV, tal como tantos outros casos, mas se todos os postos actuais estivessem a pagar CAV, isso daria quanto? 3000€ por mês?
Vão-me dizer que são 3000€/mês que estão a empatar a situação?
Isto é só para criarem uma nova fase temporária, com preços já próximos do gasóleo mas ainda a dizer que têm desconto, para depois aumentarem ainda mais.
E depois a legislação vai dificultar a entrada em Portugal de outras redes com outros tipos de preços.
Estou a ver que UVEs ainda vão fazer falta durante uns anos... Vamos andar nisto muito tempo.
O melhor caminho é seguirem as pisadas da Tesla, de depois cobram o estacionamento em tempo, como faz a Tesla em alguns países.
Re: Mobilidade eléctrica ficará comprometida em poucos meses
Enviado: 31 jul 2018, 00:25
por rimsilva
Uma coisa não é impeditiva da outra, é verdade que se tem especulado bastante e não há certeza do modelo de pagamento.
No ano passado foi público que o valor a pagar teria 3 componentes: energia + serviço operador + taxa Mobi.e (para já 0€), agora mais recentemente veio a questão da taxa do audiovisual.
O preço a pagar pode estar indexado ao tempo de carregamento, sendo depois distribuído pelo CEME e Operador.
A meu ver era de esperar este "apoio" à componente da energia de forma a tornar o preço mais atractivo e os intervenientes terem uma melhor rentabilidade, caso contrário era a ME a sofrer, porque o preço final poderia ser demasiado elevado.
Re: Mobilidade eléctrica ficará comprometida em poucos meses
Enviado: 31 jul 2018, 08:39
por RJSC
A tarifa de acesso às redes já todos pagamos em casa e está agregada ao preço do kWh.
Não é por aí que grande parte do preço vem e não me importava de a pagar.
A grande parte virá não do custo da electricidade mas das taxas que o operadores dos postos vão cobrar, quer fixas por utilização, quer indexadas ao tempo, mais o lucro do comercializador pelo seu trabalho digamos, virtual (só recebe a contagem, emite faturas e lucra sem fazer manutenção da rede nem investir na sua expansão) e futuras taxas da mobi.e
Já quanto à taxa audio-visual por cada cliente da rede, é surreal.
Parece que pelo menos os postos já não pagam outra "artimanha" do mercado ibérico que é a potência contratada.
Re: Mobilidade eléctrica ficará comprometida em poucos meses
Enviado: 31 jul 2018, 11:04
por migle
CAV por cada cliente? Só se for isso que está em debate... É para rir, sim. O que me parece é CAV por cada ponto de entrega, o que seria irrisório e insignificante como a taxa de acesso à rede.
Claro que o governo tem de decidir o que é que é mais importante financiar: se a RTP, se a ME.
Para mim o pior é, como parece que vai acontecer, entrarmos noutra fase de transição. Nós vamos pagar bem e continuar com uma atmosfera de que estamos a ser financiados. A Mobi.e cobra 0, por isso receberá compensações do Estado...
Tudo por causa de restrições inventadas. E facilmente os utilizadores ou pequenas empresas se organizariam para formar redes mais baratas e de melhor qualidade.
Sem falar nas outras que não conseguem entrar por causa das restrições do MIBEL.
PS: o termo de potência é um termo que faz sentido para mim, mesmo nos postos.
Re: Mobilidade eléctrica ficará comprometida em poucos meses
Enviado: 31 jul 2018, 11:16
por RJSC
É a CAV por cada contrato como o comercializador de electricidade para mobilidade eleétrica, sim.
Por lei é aplicada a cada contrato de fornecimento de energia com um comercializador.
Se fosse por cada "baixada" para o posto, era um não tema. Era um custo irrisório no meio da fatura de eletricidade do posto.
O Dinheiro Vivo sabe que a cobrança da Contribuição para o Audiovisual (CAV, paga à RTP) é o que está agora no centro das recentes negociações entre a Mobi.E e a ERSE. Isto porque, se a CAV for incluída nos preços da energia elétrica para o carregamento de automóveis significa que os consumidores que invistam na compra de um veículo elétrico terão de pagar duas vezes este imposto: pela casa e pelo carro.
In:
https://www.dinheirovivo.pt/economia/go ... eletricos/
Re: Mobilidade eléctrica ficará comprometida em poucos meses
Enviado: 31 jul 2018, 12:16
por FullElectric
Ai Portugal Portugal... é tudo a querer meter a colher
Quiseram implementar um sistema centralizado numa entidade blindada,toda poderosa a gerir tudo... ora aí está o resultado
Contratos e mais contratos, taxas e mais taxinhas, tudo a ver quem mais mama
Essa da CAV só mesmo neste país. Nem sei como ainda não se lembraram de incluir nos contratos com cada utilizador a taxa de potência é que temos carros que carregam a 120kW e carros que só carregam a 3,7kW, pelo menos tinha alguma coerência.
Re: Mobilidade eléctrica ficará comprometida em poucos meses
Enviado: 31 jul 2018, 12:48
por FullElectric
migle Escreveu: 30 jul 2018, 16:52
Até lá, as borlas nos carregamentos elétricos continuam a custar, em média 29 mil euros por mês a todos os contribuintes.
Só? Nem meio milhão por ano? Tenho a certeza que as borlas de escape "lança para o ar tudo o que quiseres" saem muito mais caras que isso ao bolso dos contribuintes em doenças respiratórias.
Claro que não vamos falar em custos humanos. É um jornal económico. Fiquemos pelos contribuintes.
29 mil euros /mês?
2,3GWh consumidos no 1º semestre 2018
Isto equivale a 15 milhões de km percorridos em 6 meses sem poluir, 2.6Mkm/mês só com a energia carregada da rede Mobi.E
As contas que o DinheiroVivo deveria ter feito eram estas
Cada 100km percorridos em VE custaram 90cent aos impostos.
29m€ evitam emissões mensais de 338Ton Co2
Não encontramos muitos investimentos públicos com um retorno tão bom
Re: Mobilidade eléctrica ficará comprometida em poucos meses
Enviado: 31 jul 2018, 12:49
por rnlcarlov
Ainda há os subsídios aos combustíveis fósseis, que também saem do bolso dos contribuintes. Mas não conseguir saber valores disso.
Re: Mobilidade eléctrica ficará comprometida em poucos meses
Enviado: 31 jul 2018, 14:35
por RJSC
Só não sei é como os parques de campismo e caravanas conseguem desde sempre vender eletricidade sem nenhum destes entraves...

Não há CAV por cada auto-caravana, podem cobrar a electricidade, etc.
Um utilizador do fórum (pafi) já utilizou um parque de campismo como ponto de carregamento regularmente e simplesmente cobravam a entrada do carro por 2€ + 1,5€ da taxa de eletricidade:
viewtopic.php?f=29&t=4412&p=43641#p43641
Re: Mobilidade eléctrica ficará comprometida em poucos meses
Enviado: 31 jul 2018, 15:47
por traveller
É criar parques de estacionamento com tomadas, tudo mais facil
Nada a ver com MObie.
Não há problemas de comunicação.
Cobra o tempo que esta estacionado e pronto.