Re: Custo e emissões reais.
Enviado: 06 jan 2011, 19:25
Também não devemos esquecer o grande aumento de eficiência por parte dos motores. Que, como alguns defendem, poderá aí estar o aumento de autonomia.
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Por acaso tens razão... Pensado bem, o Nissan Primera P10 (1990-1996) tinha um Cx de 0,29 e era um familiar 3 volumes... Isto há 20 anos.mjr Escreveu:Não é possível aumentar muito a eficiência através dos motores. O rendimento de um motor síncrono trifásico como o utilizado no LEAF anda tipicamente em torno dos 90%, podendo em alguns regimes baixar até aos 80%. Ora pegando no pior caso e aumentando o rendimento para uns utópicos 100%, só estaríamos a aumentar a autonomia 20%. Além disso, penso que não há grande margem de manobra para aumentar a eficiência do motor eléctrico. Como referência um motor de CI típico tem rendimentos entre os 20% e os 30%.
Há ainda a possibilidade de aumentar o rendimento dos conversores DC-AC que alimentam o motor. Também aí o rendimento se deve situar em torno dos 80-90%, pelo que também há pouca margem de progressão.
Um campo que penso poderia fazer aumentar a autonomia é a melhoria da aerodinâmica. O LEAF penso que tem um CX de 0,29, que poderia ser ainda melhorado bastante. o EV1 da GM tinha um Cx de 0,195 ! A melhoria do Cx iria permitir melhorar a autonomia onde ela é mais precisa que é em auto-estrada.
Outra possibilidade de progressão seria possibilitar que a regeneração de energia das travagens fosse maior. No caso do LEAF está limitada a 30KW, provavelmente para poupar as baterias. Talvez um sistema híbrido de baterias e condensadores permitisse aumentar a potência de regeneração até à potência máxima do motor (no caso do LEAF 80KW). Este melhoramento iria privilegiar a autonomia em cidade que é onde ha mais travagens e acelerações.
Seja como for o rendimento máximo de um motor é sempre 100% e já estamos bastante perto desse valor para o incremento de autonomia não ser dramático. No entanto se o rendimento do motor subir para os 95% e o rendimento dos conversores DC-AC também subir para os 95% poderemos estar a falar de incrementos de autonomia de 20%, ou seja no caso do LEAF de 160 para 192km. Nada mau. Claro que estamos a assumir que esses rendimentos já não são neste momento destes valores (algo que duvido muito, por questões de custos).sousal Escreveu:Eu estava a referir-me a outros tipos de motores e talvez a incorporação de uma caixa de velocidade inteligente.
A tecnologia não pára. O que é preciso é mercado.
Por falar nos 160 kms de autonomia, já repararam que o que a Nissan Portugal tem nas características do Leaf é uma autonomia de 175 kms.mjr Escreveu:Seja como for o rendimento máximo de um motor é sempre 100% e já estamos bastante perto desse valor para o incremento de autonomia não ser dramático. No entanto se o rendimento do motor subir para os 95% e o rendimento dos conversores DC-AC também subir para os 95% poderemos estar a falar de incrementos de autonomia de 20%, ou seja no caso do LEAF de 160 para 192km. Nada mau. Claro que estamos a assumir que esses rendimentos já não são neste momento destes valores (algo que duvido muito, por questões de custos).sousal Escreveu:Eu estava a referir-me a outros tipos de motores e talvez a incorporação de uma caixa de velocidade inteligente.
A tecnologia não pára. O que é preciso é mercado.
Verdade...o engraçado é que no Japão está classificado com 200 kms de autonomia. Eu preciso de conseguir fazer 145 kms Lisboa - Évora 2 vezes por semana...achas que consigo (não vou por Auto-estrada e a média de velocidade não ultrapassa os 80 kmh com picos entre 110 kmh e 50 kmh nas localidades)?mjr Escreveu:Penso que seja por o ciclo europeu ser mais brando, com menos arranques e travagens e sem atingir velocidades máximas tão elevadas.