Basta:
- Instalar a aplicação Android Auto da Google, que não está disponível em Portugal. Percorrer montes de ecrãs de permissões.
- Nas definições, "projecção do telemóvel" verificar que a opção "Android Auto" está activa.
- Voltar à Idade da Pedra e ligar o telemóvel com um cabo USB à porta que está na consola, no meio das duas tomadas de 12V.
O ecrã home do carro modifica-se, passa a ser este:
O Android Auto dá imediatamente uma funcionalidade absolutamente nova ao carro: um painel com a hora, a data, e o ícone de rede/bateria do carro.
Cada um dos botões em baixo dará acesso a uma aplicação diferente no telemóvel das que suportam Android Auto. No meu caso, além das coisas Google, só o VLC suportava. O telefone fica assim:
A minha grande curiosidade era saber se dava para ver vídeo no VLC. Se desse, serviria como segundo, terceiro, quarto ecrã no carro, quando um dos miúdos quer ver "A Bela e o Monstro" e outro "Qués Carros Três" e ainda outro só fica contente com os Canta Juegos. Não dá, só música. Ou seja, é algo de completamente novo, posso ouvir no carro a música que tenho no telemóvel!
A grande curiosidade então era ver o Google Maps, e talvez outro dia o Waze. O Maps funciona com gráficos vectoriais mas com movimentos de câmara em 3D. Isto seria um sonho, se o programa de navegação do Ioniq não fosse bastante bom. Ambos têm informação de trânsito em tempo real. O do Ioniq, já pude testemunhar que se actualiza depressa, embora o ideal é que fosse preditivo (eu quero saber se quando chegar à Vasco da Gama, a bicha já passou, não é se há bicha quando estou a sair do trabalho).
As procuras de PoIs são mais simples que as do sistema de navegação do Ioniq. Fica pelas categorias fundamentais, por exemplo, as bombas de gasolina. Este era um ecrã que estava mesmo a fazer falta:
Pelo menos o Ioniq sabe que é eléctrico (às vezes) e vem configurado para mostrar os postos de carregamento no mapa, apenas.
A única funcionalidade que isto acrescenta realmente é que o botão no volante para o reconhecimento de voz passa a funcionar. Carregamos no botão e aparece uma linha horizontal de bolinhas às cores. Enquanto falamos, parece um oscilograma, e quando terminamos, dá umas voltinhas para pensar e responde uma senhora em brasileiro a dizer que não demos permissão para aceder aos contactos (mentira...).
Finalmente, o Android Auto também pode funcionar apenas no telemóvel. Fico sem perceber para que serve nesse caso. Podemos configurar para que o telemóvel, ao detectar que está no carro, pelo Bluetooth, se inicie e funcione tal como se estivesse no ecrã do carro....
Pronto...
Até que eu esteja farto do programa de navegação do Ioniq, nada disto me interessa.
Há um defeito no programa de navegação do Ioniq. É que há, infelizmente, zonas em que não há informação de tráfego. Em Lisboa, um caso muito grave é o do aeroporto. Aparece sempre como se não tivesse tráfego algum e o resultado é que ele me encaminha sempre para lá, a mim e a mais não sei quantas pessoas...
Talvez o Waze, uma vez que não depende de uma infraestrutura, apenas dos utilizadores, evite problemas destes.
De resto, tudo isto é uma dor de cabeça. Ligar um cabo ao telemóvel de cada vez que entro no carro? Será que vou comprar mais um cabo USB para ter neste carro também?