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O mistério dos ZOE que indicam um SOH acima 100% está quase resolvido.

A bateria do ZOE tem uma capacidade em bruto de 26kWh mas segundo a documentação e brochuras só são utilizáveis 22kWh.

Neste vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=N6sRWGjFx5w


1ª constatação
A partir do minuto 8:30 podem confirmar que o técnico indica que o cliente dispõe de 23,3kWh.
Ora os 23,3kWh correspondem a 105,9% dos 22kWh utilizáveis.

2ªconstatação
Outra coisa interessante deste vídeo é a explicação de como o cliente sente a degradação da bateria.
À medida que a bateria vai degradando o software tenta compensar a degradação usando cada vez mais a capacidade de reserva (os 4kWh entre os 22 e os 26) por forma a que o utilizador "sinta" que não há degradação durante os primeiros tempos de vida da bateria.

3ªconstatação
Num gráfico mostrado na apresentação ao minuto 10:40 o SOH dos ZOE começa em 110%
Por um lado isto confirma que a aplicação CanZE está a ler correctamente o SOH ao apresentar valores superiores a 100% nalguns ZOE.
Por outro lado os contratos de aluguer de bateria que mencionam "75% da capacidade inicial" ficam duvidosos pois 75% de 110% de SOH são 82,5% de SOH.

Pois é...

Precisamente. E tendo em conta o efeito reduzido que esconder essa capacidade tem na durabilidade da bateria, eu preferia que a capacidade total estivesse disponível desde o início.

75% de 22kwh são 16,5kwh. A Renault troca a bateria aos 16,5kwh, que na verdade são 63% dos tais 26kwh brutos.
É bom saber que o Zoe tem 26kwh. Fica mais fácil estabelecer comparações da degradação das células do Zoe com o Leaf.

Eu chamo a isso batota.
E faz batota quem não tem barras.
Única coisa positiva: tem 26kWh...e a degradação do ZOE existe de facto mesmo com arrefecimento, mais um tiro no pé por parte da Renault que esconde isso e só engana quem quer, porque já há muito que dizemos isso. Venha a paz.

Este assunto e este vídeo já foram amplamente tratados aqui
http://www.nissanleafpt.com/viewtopic.p ... &start=370

Dizer que isto é fraude penso ser descabido.
A Renault vende aos seus cliente um carro com uma bateria de 22kWh e entrega um com bateria de 23,3kWh. Isto garante aos clientes a capacidade de compraram (22kWh) durante muito mais tempo, nos primeiros tempos a degradação é compensada por aquele excedente.
Tomara eu que a Nissan tivesse feito esta fraude quando comprei o no meu Leaf.

FullElectric Escreveu:

rdias Escreveu:Já existem SW que ajudam. E para mim, só existe um teste fiável, que é o da tomada.

Exatamente.
No caso do ZOE este teste da tomada vai indicar degradação quase nula durante 60-70 mil kms. Na realidade ele tem degradação mas está ser compensada pelo excedente inicial de capacidade da bateria. É o mesmo que fez a Mitsubishi no iMiev.
Quanto a mim Isto não é fraude nenhuma pois aquilo que a Renault fez foi oferecer ao cliente a mesma capacidade util durante muito tempo.

Sim, já cá tinha falado disso.
Isto permite que a malta diga à boca cheia que o zoe não tem degradação.
Não vamos chamar fraude. "Feature" é mais pomposo...

É batota e acabou-se, porque qdo certas virgens aparecem a dizer que não há degradação no ZOE todos rezam ao Deus Renault, mas agora sabe-se que as virgens já não são. haja paz.

Eu acho que é batota, se olharmos do ponto de vista de aluguer de baterias. Com este esquema, a Renault safa-se muito à troca da bateria.

Do ponto de vista de alguém que consegui comprar a bateria (em vez de aluguer), já não é batota. Pelo contrário, acho que é engenhoso, dado que a pessoa tem a garantia que a degradação não se irá notar tão cedo como noutros EV, logo utilizador mais feliz

Lendo os contratos de aluguer de bateria.
Se diz "75% da capacidade inicial" qual é a definição de capacidade?

Se a capacidade for medida pelo SOH então 75% da capacidade inicial são 75% de 110, que são 82,5% (cerca de 18,5kWh).
Se a capacidade for medida pelos kWh úteis então 75% de 22kWh são os tais 16,5kWh.
Se a capacidade for medida pelo SOH considerando os 100% como capacidade inicial vai dar à mesma os 16,5kWh.

Qual o critério que a Renault vai adoptar não sei, mas é óbvio que o segundo critério atrasa a troca da bateria.

Do ponto de vista do utilizador leigo o segundo critério é o que corresponde à diminuição real da autonomia.
O utilizador avançado, com um advogado, poderá tentar aplicar o primeiro critério, adiantando a troca da bateria, mas a Renault pode alegar sempre que a capacidade inicial é a capacidade útil disponível ao utilizador, e com alguma razão.

Volto a chamar a atenção para o uso das palavras, Fraude é crime, mas difamação também é punível.