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Re: Miio vs outros CEMEs

Enviado: 19 mai 2022, 18:22
por Nonnus
Esclarecimento da Daniela as reacções ao comunicado.
Daniela Simões
Olá a todos, deixo aqui mais alguns esclarecimentos adicionais: o produto que evitaria abertura de atividade não foi possível executar, legalmente.
Consultámos vários escritórios de advogados e posso assegurar-vos, com várias ideias, várias abordagens e todas todas todas elas bateram na trave. O mercado de energia é regulado de forma muito estrita.
A escolha de direcionar o produto para as empresas é porque são, precisamente, clientes que não têm qualquer problema em emitir faturas.
Talvez (e só talvez) o produto possa abranger o cliente particular, num futuro -- mas temos de colocar no contexto: o objetivo foi sempre conseguir diminuir o preço da energia não só para para o cliente que vende excedente, mas também para toda a comunidade. Uma vez que Portugal e Espanha conseguiram aprovar junto da UE a definição de um teto máximo do preço do gás, que afetará diretamente o preço da energia, pelos próximos 12 meses, o preço estará fixado e mais acessível.
Para mais acrescento que, obviamente, os clientes que vendem excedente querem vendê-lo a um preço indexado, sobrando pouca margem para que seja possível baixar o preço para toda a comunidade. Com a fixação do preço máximo do gás, o preço da venda de excedentes também não alcança mais de 0,15€/kWh como já aconteceu no passado.
Relembro que a miio não é uma empresa de energia, somos uma empresa de software que, para providenciar um serviço ao cliente final, em Portugal, temos de vender energia.
Também não é o modelo português que impõe isto? Afinal é uma maravilha, mas depois quer-se fazer algo diferente e o modelo limita. :doh:

Depois quando eu escrevo que existe hipocrisia quase que me batem, saem todos em defesa da Menina.

Já sei que alguns vão responder que mais uma vez tudo é culpa do modelo e que todas discussões vão parar ao mesmo.

Porque será?

Afinal um CEME que é CEME mas só queria ser uma empresa de software. Deixa-me pensar, o CEME existe no modelo português.

Isto também mostra que o nosso modelo facilita a entrada de qualquer empresa na ME, como alguns dizem. Vejam bem, uma empresa de software que se teve que tornar CEME e que segundo alguns colaboradores deste CEME, já o disseram em público, a maior despesa na ME está em ser CEME.

Tanta facilidade, tanta maravilha, tanta cobiça do resto do mundo quando são convidados a falar sobre o modelo nas palestras e na realidade é isto. Deixem-se andar com discursos deste tipo com tudo e com todos que está a dar bastantes frutos. :violin:

Re: Miio vs outros CEMEs

Enviado: 20 mai 2022, 08:29
por frankesousa
Nonnus Escreveu:
19 mai 2022, 18:22
Também não é o modelo português que impõe isto? Afinal é uma maravilha, mas depois quer-se fazer algo diferente e o modelo limita. :doh:

Depois quando eu escrevo que existe hipocrisia quase que me batem, saem todos em defesa da Menina.

Já sei que alguns vão responder que mais uma vez tudo é culpa do modelo e que todas discussões vão parar ao mesmo.

Porque será?

Afinal um CEME que é CEME mas só queria ser uma empresa de software. Deixa-me pensar, o CEME existe no modelo português.

Isto também mostra que o nosso modelo facilita a entrada de qualquer empresa na ME, como alguns dizem. Vejam bem, uma empresa de software que se teve que tornar CEME e que segundo alguns colaboradores deste CEME, já o disseram em público, a maior despesa na ME está em ser CEME.

Tanta facilidade, tanta maravilha, tanta cobiça do resto do mundo quando são convidados a falar sobre o modelo nas palestras e na realidade é isto. Deixem-se andar com discursos deste tipo com tudo e com todos que está a dar bastantes frutos. :violin:
Só não percebi o porquê de estares a falar do Modelo da ME em Portugal e a tentar atacar o mesmo quando aqui só se fala do mercado energético (elétrico).

Este ultimo tem obviamente os seus defeitos também que condiciona e muito a ME, mas não vale a pena confundir os assuntos.

A limitação que se fala é no mercado elétrico, a mesma que eu tenho em conseguir vender os excedentes em casa, só sendo um "empresário" o posso fazer, parece que nem "saldo de energia" posso ter junto do meu comercializador.

Estarei errado? Não estás erradamente a apontar o dedo a ME quando esta nada tem relacionado com o assunto?

Re: Miio vs outros CEMEs

Enviado: 20 mai 2022, 08:40
por Nonnus
Penso que não estejas a ver o problema no seu todo.

Neste caso em concreto a miio queria fazer algo diferenciado na ME mas devido as regras da venda de energia como disseste, para ME (CEME tem de cumprir com as mesmas do mercado residencial) invalida que se possa fazer. Portanto o modelo esta a castrar (prefiro usar esta expressão em vez de estrita) a ME. O CEME existe no modelo e, o CEME é o responsável pela venda de energia.

A venda de energia para a ME devia ter regras diferenciadoras para evitar este tipo de problemas e permitir como já aqui foi falado mais que uma vez ser o OPC dono e senhor do seu negócio.

O CEME (comercializador de energia para mobilidade electrica) existe porquê? A miio queria ser só uma empresa de software da ME e teve que se tornar CEME. O CEME + OPC + EGME é o modelo da ME em Portugal.

Como vês esta tudo ligado.

A ideia da miio era uma boa ideia, mas mais uma vez como foi dito pela Daniela bateu na trave.

Se estas lembrado foi dito e reconhecido que a venda de energia para a ME esta demasiado agarrada a venda de energia para o mercado residencial. Mais uma vez a venda de energia para a ME faz parte do nosso modelo. O modelo não é só o cartão único e a mobi.e.

Re: Miio vs outros CEMEs

Enviado: 20 mai 2022, 09:21
por Giugiaro
frankesousa Escreveu:
20 mai 2022, 08:29
A limitação que se fala é no mercado elétrico, a mesma que eu tenho em conseguir vender os excedentes em casa, só sendo um "empresário" o posso fazer, parece que nem "saldo de energia" posso ter junto do meu comercializador.
Aqui está uma coisa que me tem dado imensas dores de cabeça considerando a conjuntura de guerra.
Se há coisa que deviamos repensar completamente em Portugal é o incentivo e a forma como indivíduos podem fazer autoconsumo. Neste momento, produzir energia a mais é prejudicial para quem tem autoconsumo, em vez de ser incentivado.
Até para colmatar aqueles que, por vários motivos, não podem ter um sistema de autoconsumo, mas querem tirar partido do consumo de energias de fontes renováveis.

Re: Miio vs outros CEMEs

Enviado: 20 mai 2022, 14:44
por rimsilva
Nonnus Escreveu:
20 mai 2022, 08:40

A venda de energia para a ME devia ter regras diferenciadoras para evitar este tipo de problemas e permitir como já aqui foi falado mais que uma vez ser o OPC dono e senhor do seu negócio.
Essa mudança até deveia começar logo pelo principio da "venda de energia", quem explora postos de carregamento não quer vender energia, aquilo que quer é prestar um serviço de carregamento e para isso precisa de comprar energia e não de a vender.
Nonnus Escreveu:
20 mai 2022, 08:40
O CEME (comercializador de energia para mobilidade electrica) existe porquê? A miio queria ser só uma empresa de software da ME e teve que se tornar CEME. O CEME + OPC + EGME é o modelo da ME em Portugal.
Já referi isto num outro tópico.
Mesmo com este "modelo", nenhuma empresa de software tem de se tornar CEME para operar, pode optar por isso, mas é uma decisão interna de gestão, foi a (melhor) forma que encontraram para financiar a sua atividade, tão simples quanto isso.

Re: Miio vs outros CEMEs

Enviado: 20 mai 2022, 15:36
por Nonnus
rimsilva Escreveu:
20 mai 2022, 14:44
Já referi isto num outro tópico.
Mesmo com este "modelo", nenhuma empresa de software tem de se tornar CEME para operar, pode optar por isso, mas é uma decisão interna de gestão, foi a (melhor) forma que encontraram para financiar a sua atividade, tão simples quanto isso.
Relembro que a miio não é uma empresa de energia, somos uma empresa de software que, para providenciar um serviço ao cliente final, em Portugal, temos de vender energia.
Pois não sei, teria que ser o Rafael ou a Daniela a responder a isso.

Será que a miio podia existir como a conhecemos sem serem CEME? A mobi.e liberta a API (alguém que possa esclarecer) para qualquer "pessoa", ou será que apenas disponibiliza aos CEME´s?

A verdade é que existem muitas empresas que conseguem viver apenas com apps...

Re: Miio vs outros CEMEs

Enviado: 22 mai 2022, 16:45
por rimsilva
Aquilo que a miio fez ou deixou de fazer, só a eles diz respeito, não preciso de ouvir as razões da miio, para saber que qualquer empresa tecnológica pode desenvolver uma atividade na ME sem ser CEME, em todo o mundo é assim.

Com a evolução que a ME está a seguir será cada vez mais fácil o surgimento de empresas deste tipo destinadas a prestar um serviço de eMSP.

Re: Miio vs outros CEMEs

Enviado: 01 ago 2022, 14:07
por BrunoAlves
A Miio está em França!
miio.jpg
miio.jpg (74.59 KiB) Visto 1489 vezes
De um dia para o outro, acesso a mais 50.000 postos, foi mais rápido e em (muito!) maior número que em Espanha. Não só isso, ao contrário dos CPO gulosos em Espanha, em França encontram-se facilmente postos a preços BESTIAIS, mesmo operados em roaming. PCRs nos 30-40cts/kWh são muito comuns, alguns PCN abaixo dos 20cts/kWh e até gratuitos.

Com esta expansão rápida e com a qualidade da app, a Miio tem tudo para se tornar um EMSP de referência na Europa.
:clap:

Re: Miio vs outros CEMEs

Enviado: 01 ago 2022, 17:43
por rimsilva
Lá está a miio a dar razão ao meu comentário anterior, de maio deste ano.

A miio a "operar" na europa numa função de eMSP, sem que para isso haja a necessidade de CEME's e afins, tudo mais claro e transparente.

Como em tudo, é importante que o negócio se massifique de forma a que isto se torne o mais comum possivel, com uma livre concorrência a proporcionar preços mais competitivos para todos.

Não será fácil crescer lá fora, porque é uma realidade já com alguns anos e varios players com experiência, neste âmbito do eMSP.

Re: Miio vs outros CEMEs

Enviado: 01 ago 2022, 20:12
por alexmol
BrunoAlves Escreveu:
01 ago 2022, 14:07
a Miio tem tudo para se tornar um EMSP de referência na Europa.
Que mais EMSP's permitem carregar na Europa e em Portugal ?