Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

[RS232CSerialUser]

... a Petrogal é que vai ficar a comandar a Galp e a ME dentro do grupo), esta a fazer mudanças e que não faz mais porque existem dois grandes entraves. O governo e o regulador.

Interessante

Já se sabia há algum tempo, os clientes Galp receberam um email na altura

viewtopic.php?f=24&t=8414

... a Petrogal ... não faz mais porque existem dois grandes entraves. O governo e o regulador.

para ser mais explícito é isto que acho interessante: "existem dois grandes entraves. O governo e o regulador"

[Nonnus]

para ser mais explícito é isto que acho interessante: "existem dois grandes entraves. O governo e o regulador"

Nada de novo. Afinal foram eles que quando a mente* que apresentou este modelo deram o aval. A parte estupida é depois de se ver que tem mais contras do que coisas a favor é não permitirem alterar o que esta mal. Deve ser uma questão de orgulho, digo eu.



* Não seria interessante conhecer a pessoa/pessoas que idealizaram o modelo único do mundo e perguntar se estão orgulhoso(s) desta bonita salganhada que é o modelo único? Sempre tive imensa curiosidade por explicações quando se faz algo desta dimensão mal feito e se consegue enterrar milhões nestas coisas.

Por exemplo o sr. que idealizou o sistema nacional de saúde é mencionado muitas vezes como algo único. Mais recentemente tivemos o caso do Vice-Almirante com a vacinação. Os Sr. que idealizaram o modelo único do mundo, err, nem se dignam a apresentar no curriculum que estiveram envolvidos nesta obra prima que todos conhecemos. Era logo motivo de exclusão.

[FullElectric]

Esta "obra prima" não é fruto de apenas uma mente brilhante, embora haja algumas mais relevantes. Esta trapalhada resultou de uma série de alterações e mexidas que foram sendo introduzidas por uns e outros interesses e por algumas tentativas de tentar endireitar a linha retirando algumas mordomias a alguns lobbies e compensando com outras.
Deu nisto, um monopólio blindado, que pelo facto de o ser vale milhões, e nestas condições é muito apetecível pelos grandes trutas.

[alexmol]

Dentro da lógica do modelo tem-se assistindo ao incentivar das soluções tipo DPC, que pouco mais são do que PCN's privados.

Entre instalar num condomínio um DPC ou uma wallbox com registo de cartões e consumos parece não haver muita diferença, mas há.

Enquanto a wallbox estará a consumir energia residencial, o DPC estará a consumir energia da mobilidade eléctrica.
Embora os electrões não tenham cor há aqui uma diferença importante, a TAR.

No panorama actual até pode ser favorável pagar a TAR da ME em vez da residencial.

Mas andem 10 anos para a frente no futuro, quando a maioria da frota for de VE's.
O dinheiro que hoje vem dos impostos sobre os combustíveis vai passar a ser residual, onde acham que se pode ir buscar impostos de forma fácil?

Não me espantará se no futuro vier a haver tentativas de "Ilegalizar" o carregamento de VE's em tomadas domésticas

[zeuz]

Não me espantará se no futuro vier a haver tentativas de "Ilegalizar" o carregamento de VE's em tomadas domésticas

Há uns tempos atrás escrevi que chegará o tempo em que os carros não tragam carregador interno AC ou seja opcional.

A maioria das pessoas quer carregar rápido, tal como agora fazem com gasolina/gasóleo/GPL/GNC, e não se incomodam com a deslocação propositada para fazer isso, pelo que vão aceitar facilmente não poderem carregar numa tomada.

O resto virá nos livros de História...

[mjr]

Enquanto for possível carregar em AC (e mesmo em DC com o aparecimento de soluções low cost), não vejo qualquer utilidade prática em proibir o carregamento fora da rede da ME. Seria impossível de controlar e profundamente injusto. Então não poderia carregar com a minha eletricidade 100% verde gerada com painéis fotovoltaicos?? Seria indefensável.

E com tantas outras possibilidades de taxar os veículos, seria muito estúpido comprar esta guerra com os UVE. A minha visão é que quando a cota de VE for suficientemente grande e sem necessidade de incentivos, teremos o aparecimento do IUC e do IA nos automóveis. O mais difícil é taxar proporcionalmente ao uso, pois quem usa mais, degrada mais as estradas, e por isso deveria pagar mais. Talvez um imposto anual com base nos km percorridos, não sei. Sim, haverá muita fraude possivelmente…

[alexmol]

E com tantas outras possibilidades de taxar os veículos, seria muito estúpido comprar esta guerra com os UVE. A minha visão é que quando a cota de VE for suficientemente grande e sem necessidade de incentivos, teremos o aparecimento do IUC e do IA nos automóveis. O mais difícil é taxar proporcionalmente ao uso, pois quem usa mais, degrada mais as estradas, e por isso deveria pagar mais. Talvez um imposto anual com base nos km percorridos, não sei. Sim, haverá muita fraude possivelmente…

Já há países que cobram pelos kms feitos. Não é assim tão complicado.

A questão é que o aumentar da TAR da ME como forma de ir buscar mais impostos me parece muito tentadora (mesmo com a suposta independência de quem estabelece a TAR), e nesse sentido carregar um VE fora da rede pode ser considerado "fuga aos impostos".

[Filipe]

Enquanto for possível carregar em AC (e mesmo em DC com o aparecimento de soluções low cost), não vejo qualquer utilidade prática em proibir o carregamento fora da rede da ME. Seria impossível de controlar e profundamente injusto. Então não poderia carregar com a minha eletricidade 100% verde gerada com painéis fotovoltaicos?? Seria indefensável.

E com tantas outras possibilidades de taxar os veículos, seria muito estúpido comprar esta guerra com os UVE. A minha visão é que quando a cota de VE for suficientemente grande e sem necessidade de incentivos, teremos o aparecimento do IUC e do IA nos automóveis. O mais difícil é taxar proporcionalmente ao uso, pois quem usa mais, degrada mais as estradas, e por isso deveria pagar mais. Talvez um imposto anual com base nos km percorridos, não sei. Sim, haverá muita fraude possivelmente…

É por essas e que tais, que a única troca de veículo que prevejo no futuro, será por um OVNI

[alexmol]

Gostaria que alguém me explicasse, dentro do actual modelo, como é que vai funcionar o roaming com outros países usando cartões de carregamento.

No resto do mundo é assim:
Operador A faz acordo comercial com Operador B.
Operador A envia a lista dos seus cartões ao operador B que os passa a aceitar na sua rede e vice-versa.
Quando é feito um carregamento na rede do Operador A com cartão do Operador B o Operador A envia a "conta" para o Operador B e vice-versa.
Isto não é nada inovador, existe há muitos anos com os telemóveis e já existem (lá fora) plataformas específicas de roaming de mobilidade eléctrica que centralizam alguma informação evitando ter que fazer acordos com toda a gente.

Imaginemos agora que queremos fazer um acordo Portugal-Espanha.
Quem gere os cartões em Portugal são os CEME, por isso vamos imaginar que a Ecochoice faz um acordo comercial com a IBIL.

Os comerciais entendem-se quanto a preços e comissões e depois ?
Para os cartões da Ecochoice funcionarem na rede da IBIL é simples, enviam a lista de cartões e a IBIL insere-os no sistema passando os postos da IBIL a aceitar cartões da Ecochoice.
Para os cartões da IBIL funcionarem cá em Portugal é que parece mais complicado... wait for it!
A IBIL envia a lista de cartões à Ecochoice que os insere no sistema e os postos Mobi.e passam a aceitar cartões da IBIL certo?

Será assim tão simples?

Então e se a Prio também quiser fazer um acordo com a IBIL ?
Para os cartões da Prio funcionarem na rede IBIL é simples, já vimos.
Então e os cartões IBIL quando carregam em Portugal? A IBIL envia a lista de cartões à Prio mas os cartões já existem na Ecochoice!

Será que cada operador estrangeiro só poderá ter acordo com um CEME em Portugal?
Será que temos que meter a EGME ao barulho para gerir isto tudo (com a lendária competência e agilidade que a caracterizam) ?

Alguém me consegue explicar como é que o roaming vai funcionar ?

[Brunus]

Gostaria que alguém me explicasse, dentro do actual modelo, como é que vai funcionar o roaming com outros países usando cartões de carregamento.

No resto do mundo é assim:
Operador A faz acordo comercial com Operador B.
Operador A envia a lista dos seus cartões ao operador B que os passa a aceitar na sua rede e vice-versa.
Quando é feito um carregamento na rede do Operador A com cartão do Operador B o Operador A envia a "conta" para o Operador B e vice-versa.
Isto não é nada inovador, existe há muitos anos com os telemóveis e já existem (lá fora) plataformas específicas de roaming de mobilidade eléctrica que centralizam alguma informação evitando ter que fazer acordos com toda a gente.

Imaginemos agora que queremos fazer um acordo Portugal-Espanha.
Quem gere os cartões em Portugal são os CEME, por isso vamos imaginar que a Ecochoice faz um acordo comercial com a IBIL.

Os comerciais entendem-se quanto a preços e comissões e depois ?
Para os cartões da Ecochoice funcionarem na rede da IBIL é simples, enviam a lista de cartões e a IBIL insere-os no sistema passando os postos da IBIL a aceitar cartões da Ecochoice.
Para os cartões da IBIL funcionarem cá em Portugal é que parece mais complicado... wait for it!
A IBIL envia a lista de cartões à Ecochoice que os insere no sistema e os postos Mobi.e passam a aceitar cartões da IBIL certo?

Será assim tão simples?

Então e se a Prio também quiser fazer um acordo com a IBIL ?
Para os cartões da Prio funcionarem na rede IBIL é simples, já vimos.
Então e os cartões IBIL quando carregam em Portugal? A IBIL envia a lista de cartões à Prio mas os cartões já existem na Ecochoice!

Será que cada operador estrangeiro só poderá ter acordo com um CEME em Portugal?
Será que temos que meter a EGME ao barulho para gerir isto tudo (com a lendária competência e agilidade que a caracterizam) ?

Alguém me consegue explicar como é que o roaming vai funcionar ?

Alexmol, não te canses demasiado com estas trivialidades. Só tens que ter fé de que tudo vai funcionar!