rafaelferreirapt Escreveu: ↑30 dez 2020, 16:40
Não é alvos abater, claro que não. Mas vão ter de se adaptar a um mercado regulado como todas as outras empresas.
Qual seria a resposta do Continente se uma outra empresa fosse vender sacos de plástico com comida na entrada das suas lojas? E se essa empresa não tivesse nenhuma licença e não estivesse a cumprir com as regras do comércio, que eles já cumprem?
A Tesla, tem soluções em cima da mesa para o problema deles — que nem CAE nem nada para vender ao kWh... O Continente acredito que o provider deles resolve bem.
É muito engraçado, quando eles dizem ser uma rede de estacionamento que acontece por acaso ter carregadores, quando na verdade só dizem isso nos termos e em comunicações (prováveis) dos seus advogados... Depois vamos ver notícias da UVE e outros meios e já são redes de carregamento, que não cumprem a legislação para ser uma rede de carregamento.
Isto é, obviamente, e seria estranho não acontecer, necessário uma resposta do regulador e ou da entidade fiscalizadora.
O que impede os outros operadores saírem da Mobi.e e fazerem uso da miio apenas, por exemplo? Não é válido para uns mas é válidos para outros?
O Continente fez uso da sua marca e do grupo Sonae para ver o que acontecia, se isto fosse para a frente o cenário que íamos ter, seria semelhante em relação ao resto da Europa, a nível de desorganização.
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Ainda bem que em Portugal, o regulador e o fiscalizador não está a submeter-se aos interesses dos grandes grupos económicos.
Bom ano elétrico para todos!
Antes demais um Bom Ano para todos, já não vinha aqui há uns dias e isto está animado, como sempre...
Apesar de ser um dos poucos (juntamente com o Nonnus julgo eu) a achar que uma lei errada ao existir deve ser igual para todos, mesmo que isso me possa custar e penalizar, o que deve ser procurado é a mudança da lei e não aplaudir os "chiccos" espertos, mas isso sou eu.
Estou a falar apenas do Continente porque a Tesla continua a respeitar a lei ao não cobrar os carregamentos.
Não sou cliente do Continente, nunca lá carreguei nem faço intensões em carregar, vou carregando onde carreguei até hoje.
Admiro muito mais outras superficies comerciais, como o Lidl que investiram na ME, mesmo sem retorno, enquanto o Continente provavelmente "estudava" este "modelo".
Apesar de concordar com os principios daquilo que estás a referir, de facto transformar um local privado de acesso publico, com estacionamento grátis em estacionamento pago é no minimo algo muito criativo e depois tudo o resto dos tarifários de estacionamento e das comunicações, etc... Discordo por completo com a defesa do modelo actualmente implementado em Portugal.
Tenho muita pena que toda essa certeza sobre aquilo que estão a fazer para possibilitar o carregamento de VEs e o seu poderio legal, não tenha servido para combater a lei da ME em Portugal.
Há a meu ver um erro fundamental e que nos levou a esta situação e esse erro é em insistir nas seguintes frases:
rafaelferreirapt Escreveu: ↑03 jan 2021, 12:35
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Mas ao alterar a lei, não é só a da mobilidade elétrica, tem que se alterar as leis do setor energético.
Se fosse possível vender energia, para qualquer pessoa ou empresa, sem declarar a produção, sem garantias bancárias, sem depósitos, sem inspeções, etc...
Na mobilidade electrica só se vende energia porque algum iluminado achou que assim é que deveria ser, porque na realidade poderia ter decidido de outra forma.
A lei sobre a ME deveria centrar-se numa nova actividade, que se destina a permitir o carregamento de VE, através de equipamentos de carregamento, que para funcionarem necessitam de energia, energia essa que o OPC deveria comprar ou produzir.
Eu como utilizador não quero comprar energia (tenho mais barata em casa), compro energia em casa para que os MEUS equipamentos funcionem, porque se eu decidir vender um bolo, o meu forno não funciona sem energia e não é por vender um bolo que estou a vender energia.
Isto é o que se passa em todo a EUROPA e muito provavelmente MUNDO, porque será que em Portugal teve de ser diferente? Não entendo.
Enquanto se continuar a insistir no ridiculo desta legislação em Portugal, o desagrado dos utilizadores não vai acabar, vai-se continuar a dizer que a culpa é de uma entidade (que alia a sua incompetência a este rótulo) que não tem nada a haver com o tema e continuaremos a alimentar "modelos" tipo Continente (ou outro qualquer), que acabam por trazer duvidas quanto a uma concorrência desleal para os que são obrigados a cumprir a lei, uma vez ter uma lei mais flexivel e justa para todos.
Vou-me repetir, mas volto a dizer que tenho esperança que esta pouca vergonha tenha um fim com a intervenção da UE, já que cá dentro não vejo muita vontade para tal nos interveninentes na ME e oposição politica.