Mobi.e

[pemifer]

Lá estão vocês!
Se ainda em cima falei de queixas dos utilizadores espanhóis e americanos, porque razão vocês têm de "cascar" na mobi-e?
Podem dizer o que quiserem de mal da mobi-e então a empresa espanhola e uma americana são igualmente más...
Ou então há nos postos de carregamento alguma tecnologia que ainda não é bem dominada quer por portugueses, quer por espanhóis, quer por americanos...

[FullElectric]

A Mobi.e é a que temos, mas o que o rdias queria dizer é que a Mobi.e é mais um bom exemplo de como coisas e ideias fantásticas com enormíssimo potencial de crescimento e desenvolvimento ficam estagnadas e atrofiadas devido a protecionismos e blindagens colocadas na engrenagem por legislações que visam proteger os interesses de alguns, e mais não digo.
Tivessem dado abertura a quem quisesse, operadores e todos os interessados, em criar, instalar, explorar e promover postos de carregamento que garantidamente já teríamos o pais todos coberto e funcional.

[meira78]

A Mobi.e é a que temos, mas o que o rdias queria dizer é que a Mobi.e é mais um bom exemplo de como coisas e ideias fantásticas com enormíssimo potencial de crescimento e desenvolvimento ficam estagnadas e atrofiadas devido a protecionismos e blindagens colocadas na engrenagem por legislações que visam proteger os interesses de alguns, e mais não digo.
Tivessem dado abertura a quem quisesse, operadores e todos os interessados, em criar, instalar, explorar e promover postos de carregamento que garantidamente já teríamos o pais todos coberto e funcional.

100% de acordo.
Vão ser colocados os PCR, mas o resto continua tudo na mesma...

[BrunoAlves]

Estamos a divergir na discussão (ainda que esse ponto seja muito verdade, fica melhor no tópico dos PCR penso eu de que)

Não é por ser só a MobiE que os postos estão sempre avariados (era essa a discussão). Em Espanha, nos States, em Inglaterra, etc, é pago ou não, há várias entidades de volta dos postos e mesmo assim estamos sempre a apanhar relatos de postos em baixo nesses sítios também. A excepção serão os países nórdicos e eu apostava que é por uma questão de cultura e civismo das pessoas (que falta às carradas nos restantes países mencionados)

Eu julgo que em primeiro lugar são as bestas que vandalizam os postos só porque sim, depois utilizadores com menos cuidado a manusear os postos, depois alguma falta de qualidade e resistência dos próprios postos (por exemplo ao sol e chuva) e por fim a falta de um sistema automático remoto de operação e rearme dos postos.

Em relação aos operadores, numa fase em que se vendem 400 VE por ano na Tugalândia, não me parece que fosse haver uma competição muito feroz pela implementação e manutenção dos postos. Se fossem a pagar então tinham muitíssimo menos clientes. A concorrência é saudável mas para este caso, só vai andar enquanto for o estado a chegar dinheiro do contribuinte à frente
Edit: muito menos ia haver esse interesse há 5-6 anos, quando o parque de VEs era infinitamente inferior

[FullElectric]

Isto está tudo certo, embora no caso dos postos de carregamento nem só os interesses comerciais pesem na tomada de decisão de instalação de um posto. Conheço VÁRIOS municípios, repito vários, com interesse de instalar um mais postos de carregamento, os custos da infraestrutura até nem são problema, contudo quando se vêm confrontados com a complexidade do processo, quer com operadores quer com Mobi.E e afins, além do facto de terem que fazer todo o investimento e depois o equipamento ficar gerido e explorado por outros... a resposta final é quase sempre a mesma "uiii, nesse caso não vamos avançar"
Igualmente os centros comerciais, restaurantes e afins, quando tomam conhecimento da legislação envolvida e dos meandros obscuros do processo Mobi.E... "esqueça".

[meira78]

Isto está tudo certo, embora no caso dos postos de carregamento nem só os interesses comerciais pesem na tomada de decisão de instalação de um posto. Conheço VÁRIOS municípios, repito vários, com interesse de instalar um mais postos de carregamento, os custos da infraestrutura até nem são problema, contudo quando se vêm confrontados com a complexidade do processo, quer com operadores quer com Mobi.E e afins, além do facto de terem que fazer todo o investimento e depois o equipamento ficar gerido e explorado por outros... a resposta final é quase sempre a mesma "uiii, nesse caso não vamos avançar"
Igualmente os centros comerciais, restaurantes e afins, quando tomam conhecimento da legislação envolvida e dos meandros obscuros do processo Mobi.E... "esqueça".

Se à pouco estava 100% de acordo contigo, só posso subscrever.
Sabes do que falas e conheces a realidade.
Infelizmente o pensamento de facilitar e incentivar, facilitando a concorrência nunca é o pensamento dos decisores.
Por isso é que só há duas formas de perceber o fim dos processos em Portugal: ou te "colas" ao lado dos decisores, influenciando a legislação e protegendo o seu negócio/exploração/negociata ou acaba abandonado...
Infelizmente, para Portugal e para quem paga impostos, conhecemos imensos exemplos desses.
Veja-se o exemplo da eléctrica, EDP. Influenciou, impôs, exigiu e praticamente legislou, a seu belo prazer.
Resultado: como não ganhou nada ainda com isso: abandonou.
Consequência: Ninguém é penalizado e ninguém lhe retira uma licença que não cumpriu. Está tudo bem!

Não há volta a dar.

[meira78]

Escusado será dizer que a Galp e a Prio.E muito têm feito pela Mobi.E em Portugal. Sabemos isso, por todos os testemunhos que neste fórum têm sido expostos. Assim estivesse a gestão e plataforma entregues a outros operadores, sem os vícios da legislação e Portugal seria um exemplo.

Também posso dizer que conheço a realidade de muitas CM que pessoalmente contactei e outras foram contactadas pelo nosso amigo aqui do fórum Fil e a resposta é exactamente essa. Depois de tentarem perceber o que necessitam de cumprir, mesmo sendo eles a fazerem os investimentos, ficam logo de fora.

Uma destas CMs referiu-me claramente que não sabia como pode sair em legislação que no seu Município pode estar prevista a instalação de um dos PCL sem que tenham falado com eles. A EDP quer colocar um PCL num dos seus parques de estacionamento, mas a CM não cedeu qualquer autorização. Isso está na legislação, sem terem falado com ninguém. O mesmo acontece com os PCR em concessões não-Galp. Primeiro publicam legislação, sem respeitar os eventuais parceiros, depois querem que os mesmos estejam disponíveis com as regras que eles impoêm. Está visto a resultado do futuro da Mobi.E...

Eles são a plataforma que gere a Mobi.E, mas não vão conseguir colocar pontos de carga em locais privados ou públicos, sem chegarem a acordo com os seus proprietários. Com este tipo de comportamento, menos ainda...

Só o facto de uns fazerem o investimento e instalação e depois esse mesmo posto poder fornecer o serviço e a energia a todos os users, sem investir um único cêntimo, é um espectáculo.

Vamos constituir-mo-nos operadores sem fazer qualquer investimento e vender energia na Mobi.E? Se é assim tão fácil? Vamos enriquecer...

Mas está tudo óptimo...

[Apr]

Eu julgo que em primeiro lugar são as bestas que vandalizam os postos só porque sim, depois utilizadores com menos cuidado a...

If you expect the worst of people that's exactly what you'll get.

[BrunoAlves]

Não percebi

[Marmelo]

Quem planeia colocar 50 PcR e esquece Viseu é uma besta.

Ainda não tenho o meu VE mas quando vi o plano dos 50 PCRs fiquei escandalizado! Não é só Viseu. Vê-se logo que foi alguém dentro do ministério a decidir a localização dos postos pois não há ponta por onde se lhe pegue...

Sejemos francos, depois de deixarem de ser gratuitos pouca gente vai usar PCRs nas cidades. Vão preferir os PCLs para dar um pouco de "carga" e voltar para casa. Onde os PCRs são úteis é nas AEs. Como é possível esta rede de 50 PCRs com praticamente todas as estações de serviço da A1 e A2 cobertas e com uma cobertura péssima noutras AEs:

1) Na A4 não há um único. As pessoas vão sair da A4 em Vila Real e depois voltar à A4? Afinal um túnel do Marão tão caro para ter quase 200 Km de AE sem PCR?
2) Na A3 o único é na Trofa (a 20 Km do Porto), quando fazia muito mais sentido a meio da A3 (área de serviço de Ponte de Lima ou Barcelos);
3) Na A28 também não há PCR... Mais uma saída na cidade de Viana do Castelo para "abastecer"?
4) Na A5 falta a Área de Serviço de Viseu... Celorico da Beira fica muito perto da fronteira (de Celorico a Aveiro são quase 150 KM)!
5) Então e a A8/A17 só tem em Torres Vedras? Foi para isso que se construiu uma AE paralela à A1?
6) E quem for de Norte para o Algarve não pode cortar para a A13 em Santarém? Que é o Caminho mais curto. Tem que ir pelo A10 para poder passar no PCR de Aveiras da A1.

Espero que quando for a pagar estas e outras situações sejam contempladas... Sem uma rede completa de PCRs nas AE nacionais somos um país de 3º mundo na mobilidade elétrica!