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A mobilidade eléctrica em Portugal está moribunda... e este é mais um exemplo que tem de ser combatido (infelizmente tem sido notória a motivação da CMP neste área), felizmente há efectivamente outras câmaras com uma atitude totalmente diferente.

Há ainda outras áreas a combater:
- total inércia do Estado em incentivar o alargamento da rede (só vemos PCR no Porto, Lisboa e Faro);
- A crescente de cobrança de PCN's ao minuto, que torna estes carregamentos ainda mais carros do que PCR's.

BrunoAlves Escreveu: ↑

17 nov 2019, 00:54

mjr Escreveu: ↑

17 nov 2019, 00:26

tivermos alguns hubs de carregamento com vários postos

Sem dúvida. Lentos ou rápidos, múltiplos pontos de carregamento num mesmo local.

Não percebo como criticam a câmara do Porto se vêm com esta opinião surreal.

Ninguém vai carregar um VE num PCN a 1km de distância... Vejam a realidade em Oslo existem postos por todo o lado. Não estão todos concentrados.

Outra lição a ter em conta são as concessões. A ecotricity ficou com o monopólio das estações de serviço e agora já existem queixas por causa das avarias e falta de atualização dos postos.

O que precisamos é de muitos pontos de carregamento. A única solução é permitir todos os que quiserem e sem taxas... Se começarem a ser muitos e começar a recusar mais. Se os OPC pararem no tempo é deixar instalar mais

São pontos de vista. Eu caminhava (ou andava de transportes) 1, 2 ou 3km se soubesse que conseguia carregar, que determinado ponto tem duas dúzias de PCN e alguns PCR. Em vez de andar a correr a cidade à procura do próximo posto existente, não ocupado, não ICEd, etc.
Eu percebo que é muito mais cómodo pensar em ter vários postos muito mais espalhados e não discordo disso. Mas é tecnica e logisticamente muito mais fácil juntar muitos postos numa só localização.
Se pensares que cada posto vai pagar estas taxas ridículas, que precisas de uma "baixada" por posto, de transformadores de rua capazes de alimentar estes postos espalhados e por aí fora, os desafios são muito significativos.

Não me interpretes mal, eu adoro quando vou a Lisboa e consigo estacionar à porta dos locais onde quero ir. No Porto idem. Acho é que é mais fácil transformar parte de um parque de estacionamento grande numa central de carregamento para VEs do que transformar uma boa parte dos lugares de estacionamento de uma grande cidade em lugares de carregamento

Se vires a realidade de países mais avançados, existem as duas realidades: postos de carregamento rápidos em pool e carregadores normais espalhados. Não é preciso ocupar os lugares de estacionamento todos, porque os carros não precisavam de estar sempre a carregar.
Existem também parques de estacionamento com muitos lugares para carregar.

O negócio de OPC não é particularmente lucrativo. Se as câmaras começarem a colocar taxas, então não vamos ter carregadores nos locais públicos. Se existirem câmaras que facilitem os OPC se calhar vamos ter a câmara do Porto e outras que impõem taxas atrasadas e outras mais pequenas mas com uma atitude inteligente com carregadores...

Para mim faz mais sentido hubs para PCRs apenas. Os PCN devem estar mais distribuídos geograficamente pois as pessoas num PCN abandonam o veículo e vão à sua vida, logo necessitam de alguma proximidade ao destino (eu diria que mais de 500m é demasiado).

Na prática, muitas pessoas usam os PCNs como PCRs lentos... Há muitos locais, com vários PCNs, onde se vê afluírem pessoas para carregar um ou vários carros. Às vezes chegam em dois carros, deixam um a carregar e vão-se embora, depois voltam, tiram um carro e deixam outro...

Acho que as duas coisas fazem sentido. É conveniente saber que há um sítio que tem tantas tomadas que certamente alguma estará disponível... E até pode ser um hub de transportes...

mjr Escreveu: ↑

24 nov 2019, 11:09

Para mim faz mais sentido hubs para PCRs apenas. Os PCN devem estar mais distribuídos geograficamente pois as pessoas num PCN abandonam o veículo e vão à sua vida, logo necessitam de alguma proximidade ao destino (eu diria que mais de 500m é demasiado).

Concordo totalmente contigo

migle Escreveu: ↑

24 nov 2019, 18:34

Acho que as duas coisas fazem sentido. É conveniente saber que há um sítio que tem tantas tomadas que certamente alguma estará disponível... E até pode ser um hub de transportes...

Concordo em absoluto... visão integradora com hubs de PCN faz muito sentido em 2 situações:
- Áreas nobres das cidades, com discriminação positiva para VEs (parques interditos a ICEs), onde se concentram escritórios e centros comerciais (last mile commute)
- Áreas periféricas das grandes cidades com integração de hubs de transportes, onde o bilhete de parque do VE dê desconto na utilização dos transportes público

Um dono de um qualquer lugar de estacionamento não pode instalar um posto de carregamento para ganhar umas coroas.
Tem de disponibilizar esse lugar de estacionamento para o OPC instalar um posto e para o OPC e CEME ganharem umas coroas.
Qual é o beneficio do dono do lugar de estacionamento?
Só se cobrar pela utilização desse lugar de estacionamento.
Ou cobra a quem está a carregar, ou cobra a quem está a receber pela utilização do seu lugar de estacionamento.
Portanto ou o dono do lugar de estacionamento recebe do OPC ou, seguindo o raciocínio da fatura, terá de se criar mais uns itens na fatura.
A minha sugestão é PE - Proprietário do Espaço.
O PE tambem teria a possibilidade de cobrar por utilização ou por tempo.
A fatura passaria a ter:

• pagamento ao PE
• pagamento ao OPC
• pagamento ao CEME

Resumindo: a câmara municipal do Porto apenas está a constituir-se como PE.

Isso do PE já existe em todo o lado. Chamam-se parquímetros. Algumas câmaras não cobram o estacionamento a veículos elétricos, para fomentar a introdução destes veículos, o que me parece uma medida inteligente.

Quando existirem já muitos veículos elétricos, pode retirar esse benefício.

No caso da Câmara do Porto é mais grave. Pois não querem uma receita por estacionamento (PE), querem sim um valor fixo garantido independentemente de os postos de carregamento serem usados ou não...

Acho que se estão a auto-excluir da mobilidade elétrica...

Espero que todas as outras Câmaras à volta não tenham esta atitude e deixem a Câmara do Porto isolada.

Se alguém da UVE tiver relação com alguém da Câmara do Porto, devia-lhes explicar que, nas condições atuais, já é uma benesse algum OPC querer investir na cidade, e que faz todo o sentido para a cidade incentivar o máximo de investimento na cidade.