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Re: Preço da Eletricidade Mercado Iberico

Enviado: 20 out 2021, 14:06
por Brunus
A E-Redes é apenas mais uma empresa que não tem que se esforçar para nada porque tem o monopólio garantido.

Há uns 6 anos trocaram-me o contador por desses "inteligentes" que enviam as leituras, ou pelo menos foi o que me foi dito na altura.

Eu todo contente, deixei de enviar leituras, até que começo a receber faturas com estimativas.
Claro que não explicaram que os contadores só enviam leituras se a rede elétrica na zona suportar essa funcionalidade!

6 anos depois continuo à espera que o meu contador "inteligente" comece a enviar leituras por ele próprio, e tenho a sensação de que ainda irei esperar mais uns anos. :evil:

Outra: no meu bairro há uns bons meses, em abril ou maio, colocaram um Mupi da GreenCharge, com duas tomadas menekes para carregamento de VE.
Ainda lá está, desligado, mas pelo menos alguém da E-Redes já lá colocou um autocolante a indicar que aquilo é um ponto de entrega! :lol:

Re: Preço da Eletricidade Mercado Iberico

Enviado: 21 out 2021, 00:12
por alexmol

Re: Preço da Eletricidade Mercado Iberico

Enviado: 21 out 2021, 06:29
por rafaelferreirapt
alexmol Escreveu:
21 out 2021, 00:12
Parecia inevitável:

https://elperiodicodelaenergia.com/natu ... -clientes/

E cá em 🇵🇹 ?
Por cá isso também já começou acontecer só não está nas notícias …

Re: Preço da Eletricidade Mercado Iberico

Enviado: 26 out 2021, 21:59
por rnlcarlov
A Espanha está a tentar romper com o modelo marginalista. Embora não me pareça que os países da Europa Central gostem muito das medidas prá frentex da Espanha

https://eco.sapo.pt/2021/10/26/espanha- ... to-da-luz/

Re: Preço da Eletricidade Mercado Iberico

Enviado: 26 out 2021, 22:25
por BrunoAlves
Nice!

Mas porque é que os países europeus não gostariam? Em todo o lado há fortíssimo investimento em renováveis, França por exemplo e o seu brutal nuclear, não é um win-win para toda a gente? É que ninguém produz petróleo ou gás.

Re: Preço da Eletricidade Mercado Iberico

Enviado: 27 out 2021, 08:17
por galt
Porque Espanha e Portugal tornariam-se mais competitivos em relação aos restantes países.

Re: Preço da Eletricidade Mercado Iberico

Enviado: 27 out 2021, 09:41
por JLMF
E porque a França tem sido um entrave á interconexão elétrica, ao aumento de capacidade e de pontos, entre a Peninsula Ibérica e o resto da Europa sendo que não lhes convém a maior competitividade das renováveis Ibéricas que quanto mais competitivas menos justificável seria este bloqueio.

Nem as já existentes resoluções Europeias estão a ser cumpridas neste campo porque Portugal e Espanha não tem sabido fazer valer os seus interesses, na eletricidade mas também no gás, na ferrovia, acesso e escoamento de portos Ibéricos.

Re: Preço da Eletricidade Mercado Iberico

Enviado: 28 out 2021, 22:51
por rafaelferreirapt
Países Baixos:
https://eco.sapo.pt/2021/10/27/paises- ... -elevados/

E ainda não chegámos ao Inverno onde normalmente a necessidade de energia é superior.

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https://www.politico.eu/article/nord-st ... a-gazprom/

“The International Energy Agency confirms that gas storage levels in Europe are currently well below their five-year average — but this is mainly the case for Gazprom’s storages. As a main supplier to the European Union, Gazprom has market power and isn’t shy of exercising it. The Russian exporter has been supplying less gas and has not been filling its storages to achieve adequate levels before heating season. It has also limited capacity bookings on the Yamal and Brotherhood pipelines, which have always transported gas from the East, and reduced gas volumes on spot markets.“

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https://expresso.pt/economia/2021-10-2 ... s-f881fb0c

“ As entregas de gás argelino a Portugal e Espanha vão deixar de usar o gasoduto que passa por Marrocos e serão feitas exclusivamente pelo Medgaz, que já serve a península ibérica, disseram esta quarta-feira governantes argelinos e espanhóis.

A Argélia exporta cerca de 10 mil milhões de metros cúbicos de gás natural por ano para Espanha e Portugal, através do Gaz Maghreb Europe (GME), um gasoduto que atravessa Marrocos, mas Argel decidiu não renovar este contrato devido à grave crise diplomática entre aqueles dois países.

O gasoduto de Medgaz já transporta gás argelino para a península ibérica desde 2011, mas opera já na sua capacidade máxima de 8 mil milhões de metros cúbicos por ano, ou seja, metade das exportações anuais da Argélia para Espanha e Portugal.”

——

Encontrei isto no LinkedIn:
Imagem

Parece que o preço do gás não é a única fonte a colocar os preços elevados em Portugal. As nossas barragens também estão a ditar o preço do mercado em máximos históricos…

——
https://www.dinheirovivo.pt/economia/n ... 59442.html

“ "O preço da eletricidade seria obtido como um preço médio com referência também ao custo inframarginal das tecnologias limpas, em particular das renováveis", propõe o governo espanhol num documento endereçado a Bruxelas”

“ No mesmo sentido, Portugal também considera "positivo" que seja feita uma avaliação do funcionamento do mercado marginal para a formação do preço da eletricidade. Porém, não assume para já uma posição. "Neste contexto, aguardamos com expectativa o estudo da Acer quanto às medidas de curto prazo apresentadas na sua box", afirmou o embaixador, durante a reunião.”

Re: Preço da Eletricidade Mercado Iberico

Enviado: 29 out 2021, 11:45
por rnlcarlov
rafaelferreirapt Escreveu:
28 out 2021, 22:51
Parece que o preço do gás não é a única fonte a colocar os preços elevados em Portugal. As nossas barragens também estão a ditar o preço do mercado em máximos históricos…
SIm, sem dúvida. Tem sido assim desde o início. Se bem que indiretamente continua a ser o gás a marcar o preço. Como já referi, se num determinado dia a eletricidade a gás custa 200, a hídrica/nuclear pode vender a 199 que consegue meter toda a energia no mercado. Se a produção a gás baixar para 100, os outros são obrigados baixar o preço também para não ficarem fora do mercado. Logo no papel são as barragens e outras que marcam o preço, mas na prática é o preço do gás que controla tudo.

Por isso o modelo marginalista está a dar cabo disto tudo quando existe uma diferença abismal entre o mais caro e o mais barato.

Mas este texto do artigo: :roll:
Na reunião do Conselho de Transportes, Comunicações e Energia, o ministro luxemburguês, Claude Turmes, teceu elogios a Portugal pela forma como mantém os preços da energia "ajustados". Apesar de Espanha e Portugal estarem no mesmo mercado [de energia], por cá os preços para os consumidores são muito mais baixos, porque já há medidas em vigor que fazem um ajuste dos preços, além de que há a entrada de energias renováveis no sistema.
"Creio que se as energias renováveis estão a preços mais baixos e o gás está mais caro, por isso as renováveis podem injetar dinheiro no sistema e proteger os nossos consumidores, como acontece em Portugal", afirmou Claude Turmes.
Para os estrangeiros parece que temos tudo uma maravilha. Um modelo de ME de fazer inveja a todos, e agora uma forma de manter os preços ajustados. Até parece que Espanha não tem também uma série de medidas em vigor para combater os preços elevados, incluindo reduzir o IVA para TODOS, ao invés de financiar uma SU e esperar que as grandes comercializadoras se mantenham "agarradas" a esse preço. Por acaso a EDP tem tido margem para manter os preços, talvez devido ao modo como aprovisiona energia, segundo eles afirmam publicamente. Agora que isto seja uma jogada de génio governamental é que é para rir.

Re: Preço da Eletricidade Mercado Iberico

Enviado: 29 out 2021, 23:48
por rafaelferreirapt
https://expresso.pt/economia/2021-10-29 ... l-d5dcd969
Depois da HEN e da Energia Simples, a Enat, de Castelo Branco, é o terceiro comercializador de eletricidade em Portugal a cair em menos de um mês, perdendo os seus clientes para o comercializador regulado, a SU Eletricidade. A carta que informou os clientes dessa situação, a que o Expresso teve acesso, foi enviada a 22 de outubro.

"Estimado cliente, o custo da eletricidade no mercado grossista encontra-se em máximos históricos, tornando-se intolerável para a Enat e para os consumidores de energia", começa por apontar a missiva, que informa cada cliente daquela empresa de que "foi efetuada a mudança da totalidade da carteira de clientes para o comercializador de último recurso - SU Eletricidade".

"Tal significa que a sua energia passará a ser faturada pela SU Eletricidade, com a garantia de preços mais competitivos", pode ler-se ainda na carta enviada pela Enat aos clientes.

Em causa estão cerca de 4 mil contratos, segundo adiantou ao Expresso um dos fundadores da Enat, Pedro Ramos, admitindo que a empresa deixou de ter condições para operar na comercialização de eletricidade em Portugal, embora se mantenha no negócio principal com que foi lançada: a venda e instalação de soluções de climatização, energias renováveis e eficiência energética.

"Já há alguns meses estávamos a fazer um caminho de sair do mercado", contextualiza o gestor, admitindo que este ano a Enat já tinha feito vários aumentos de preços, o último dos quais deixando as suas tarifas indexadas ao mercado grossista ibérico, o que acabou por deixar os seus preços muito acima dos regulados.

À semelhança do que aconteceu na primeira quinzena deste mês, com o colapso dos comercializadores HEN e Energia Simples, também a Enat entrou em incumprimento das suas obrigações para com o sistema elétrico, levando à transferência automática da sua carteira de clientes para a SU Eletricidade.

Essa transferência ainda não foi comunicada publicamente pela ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, o que deverá acontecer nos próximos dias.

Criada como uma empresa familiar em 2004, a Enat decidiu apostar em 2013 no negócio da comercialização de eletricidade e nos últimos anos era um entre cerca de duas dezenas de fornecedores de energia à disposição das famílias portuguesas no mercado liberalizado.

Contudo, este ano o disparo dos preços da eletricidade no mercado grossista levou os comercializadores a terem de reforçar as suas garantias junto do sistema elétrico e, em alguns casos, a aumentar preços ao cliente final, deixando, em muitos casos, de ser competitivos face aos preços regulados.

Pedro Ramos admite que o negócio de comercialização "tornou-se um buraco financeiro" para a Enat, que agora prosseguirá com os seus negócios tradicionais e mais relevantes, nas renováveis, climatização e eficiência energética. "A saída da comercialização em nada afeta a nossa restante atividade", afirma o responsável da Enat ao Expresso.