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pemifer Escreveu:Em relação a não existência de contigentes não posso ser mais contra.
Lisboa já tem problemas ambientais que cheguem para termos empresas privadas a fomentar a circulação de mais automóveis.
Os contingentes devem manter-se nos táxis e aplicados às plataformas.
Não tenho ainda opinião formada acerca de veículos 100% elétricos, talvez para esses faça sentido não haver contingentação, até para fomentar a que haja mais VE que ICE.

Eu acho sempre mal a existência de contingentes, são distorções que causam mais problemas que os que supostamente resolvem. Se houver muitos carros de transporte de passageiros que coloquem mais impostos ou outra coisa que faça baixar o seu número. Colocar contingentes é restringir a liberdade das pessoas e isso serei sempre contra.

removido pelo autor

pemifer Escreveu:Eu não acredito nisso do "mercado".
O interesse do "mercado" é o lucro!
Ninguém garante que apesar de ambientalmente ser péssimo para Lisboa não continue a haver lucro e aumento de carros.
A meu ver liberdade sem regras não é liberdade.
Até que ponto a liberdade de poluir não está a limitar a liberdade de respirar ar saudável?
Qual escolher?
Eu diria que aqui todos escolhem a liberdade de respirar à vontade, posso estar enganado...

Isto é tudo muito discutível e é fácil arranjar argumentos dos dois lados... o problema é que quem pode interferir no tal "mercado" o devia fazer para prevalecer o interesse geral sobre o interesse particular.

Eu prefiro que haja mais taxis, carros de plataformas de aluguer, de partilha etc do que carros particulares que são usados no centro das nossas cidades por uma só pessoa. E preferia transportes públicos de jeito a taxis, platafromas etc.

removido pelo autor

Se for com base num mecanismo que dê as mesmas hipóteses a todos não vejo mal nisso (matrículas pares/ímpares, portagem, etc). O problema é quando são atribuídas licenças e depois passa a haver um negócio com elas.

Se o problema é a poluição, os 100% VE deviam estar isentos de qualquer limite. Porque não obrigar as plataformas a usarem só veículos 100% elétricos (isto sou eu a sonhar...)?

mjr Escreveu:O problema é quando são atribuídas licenças e depois passa a haver um negócio com elas.

Quando falam nisto fico na dúvida se se referem realmente a um papel camarário ou a outra coisa qualquer.
Fazemos o exercicio então. Um de vocês abre um café; trata da licença, alvará, compra o espaço e faz obras, compra a caixa registadora e o software certificado, balanças aferidas etc, pede inspecção para iniciar a actividade. Se faltar indicações de saida de emergencia volta a tratar disso e pede outra inspecção.
Por fim, abre as portas e aparece-lhe uma oportunidade nouta cidade. O que faz ao café? Oferece-o de borla ao primeiro que aparecer. É isto?

A licença não é um negócio. É uma vaga. Ninguém compra licenças para vender! O que se vende é a empresa toda formada, com as obras feitas, com o carro inspeccionado, aferido, com contabilidade, tudo feito e a operar.
Ninguém compra um café por 500, faz obras de remodelação por 1000 e vende no mês a seguir po 500, isso é ruinoso.

No taxi é igual, compra-se uma "licença", troca-se de carro e trabalha-se com ela. O negócio é trabalhar com o taxi e não o comércio de licenças!

mjr Escreveu:O meu entendimento é que o número de carros deve ser regulado pelo mercado e não imposto à partida. Nunca seria possível ter um milhão de carros pois não é economicamente viável.

(Mjr, sais-te na rifa para eu comentar )
Correcto, não é economicamente viável ter 1milhão, mas se eles quiserem metem 10milhoes em Lisboa, nada os impede, pode ser considerado um investimento da google para arruinar com os transportes. Depois de acabarem com os taxis, carris, metro e afins, fazem como nas outras 3cidades e reduzem a frota, aumentam os preços e lá está o que vocês chamam de monopólio. Depois o utente reclama que não tem alternativas e é caro (tambem aconteceu) e o estado nada pode fazer porque não há requisitos, nem contigentes.

A primeira afirmação dentro da citação é o que tem acontecido até aqui com os contigentes. Foram atribuindo mais licenças conforme o crescimento das cidades. Há licenças de mobilidade reduzida e licenças ligeiras em função da procura. Claro que não é tão flexível senão teriam que fechar empresas no inverno e abrir novas no verão devido à procura. Mas ha um equilibrio.

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O contigente somente poderá exisitr na prestação de serviço público, tal qual já existe previsto na legislação dos táxis.

No transporte de passageiros em veículos descaracterizados, tal contigente é vedado constitucionalmente (Artº 61 CRP) que consagra claramente o livre establecimento, pelo que não valerá a pena forçar a nota do contingente para todos.

A constituição não o permite, logo a legislação especifica para os veículos descaracterizados que está em cima da mesa não o pode comtemplar!

Entretanto com esta polémica toda, a cabify está aberta a contingentes e a trabalhar com taxis. Por acaso no programa pós&contras pareceu-me que o representante deles era muito mais coerente e aberto a acordo. Já a uber... tem que ser à medida deles e o resto que se entenda.