Re: Os taxis vão ter o fim dos videoclubes ?
Enviado: 28 ago 2016, 02:43
Um artigo curioso
http://economico.sapo.pt/noticias/quere ... 49003.html
O ministro do Ambiente vê os táxis como “uma peça importantíssima na mobilidade urbana“,. Por isso, propôs um pacote, com dez pontos, para a modernização do serviço. Entre esses pontos está uma nova regulamentação para o serviço de táxi. Outro ponto importante é a modernização da frota, existindo, para isso, 10 milhões de euros de empréstimo bonificado do BEI e do Fundo Juncker. João Pedro Matos Fernandes diz, em entrevista ao Económico e Antena 1, que “se conseguíssemos tornar eléctricos mil táxis nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, isso seria muito importante para as cidades”. Também refere que as plataformas digitais – Uber, Cabify, etc. – não são ilegais. Os transportadores que elas contratam é que, por vezes, não cumprem os requisitos para o transporte de passageiros. Por isso refere que “no último mês, houve cerca de cem contraordenações passadas em situações de irregularidade no transporte de passageiros”.
Os táxis e as plataformas digitais, como a Uber, a Cabify, entre outras, têm estado na ordem do dia. O Governo vai regulamentar essas plataformas, para que possam existir?
É nesse sentido que criámos um grupo de trabalho, que acaba de reunir pela primeira vez, que tem como objectivo criar condições mais justas de acesso ao mercado a todos quantos têm uma oferta de transporte de táxi ou parecida. Tenho de dizer que vejo os táxis como uma peça importantíssima na mobilidade urbana. Foi por isso que nos dirigimos às duas associações mais representativas dos taxistas com um pacote para a sua modernização – não tem um tostão do Orçamento do Estado. Andaram a fazer umas contas, que não sei de onde vieram, de 1.500 euros por táxi – com dinheiro do BEI ou do Fundo Juncker e tentar a modernização. Se conseguíssemos tornar eléctricos mil táxis nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, isso seria muito importante para as cidades.
Vão dar incentivos à electrificação dos táxis?
Queremos muito que isso aconteça. Esse pacote de modernização do táxi tem um conjunto de regras mas, falando de dinheiro, o que é mais expressivo é, com 10 milhões de euros do empréstimo em condições excepcionalmente bonificadas, podermos electrificar a frota de táxis de Lisboa e do Porto, com ganhos ambientais evidentes e com aquilo que acreditamos que arrasta de qualidade de serviço.
Voltando à regulamentação do serviço de táxi…
Dos 10 pontos do nosso pacote de modernização, um deles olha para a regulamentação do sector do táxi. É um sector super-regulamentado, mas não foi o excesso de regulamentação que levou a uma melhor qualidade do serviço. Por isso, havendo ou não havendo Uber ou Cabify, sentimos que era indispensável podermos contribuir para que os táxis tivessem também um melhor serviço e um regulamento diferente daquele que têm.
E em relação às plataformas digitais, o que vai acontecer?
Elas existem e as pessoas aderem a elas. Não são as plataformas que são ilegais, são os transportadores que elas contratam é que, as mais das vezes, não têm condições para prestar o serviço, a não ser que contratem táxis e há uma plataforma diz que o pretende fazer. Já agora, existe uma decisão judicial que diz que não podem operar e que no que diz respeito ao Ministério do Ambiente, através do IMT, temos feito cumprir. No último mês, houve cerca de cem contraordenações passadas em situações de irregularidade no transporte de passageiros. Agora, objectivamente, não existem, neste momento, condições de concorrência leal entre o transporte providenciado por essas plataformas e os táxis. Tenho de assinalar que ouve uma evolução muito grande da parte dos taxistas que, agora, dizem que querem discutir as condições do regulamento. Fala-se muito da Uber…
Mas há outras plataformas…
Há e haverá. É inevitável que isso aconteça. Não se travam estas coisas por via legislativa.
Aguardam alguma decisão de Bruxelas?
Não aguardamos nenhuma decisão de Bruxelas. Escrevemos à comissária europeia e ela respondeu de forma muito neutra. Bruxelas não nos comunicou nada, mas parece estar a pensar em produzir legislação no que diz respeito às plataformas. Só que o problema não se põe nas plataformas, põe-se nas empresas que são contratadas para produzir o transporte. E nesse caso, não sendo as regras muito diferentes de país para país, cada Estado-membro tem liberdade para fixar que regras devem ser essas.
Destaques
“Criámos um grupo de trabalho, que acaba de reunir pela primeira vez, que tem como objectivo criar condições mais justas de acesso ao mercado a todos quantos têm uma oferta de transporte de táxi ou parecida”
“O sector do táxi é super-regulamentado, mas não foi o excesso de regulamentação que levou a uma melhor qualidade do serviço”
“Não são as plataformas [tipo Uber ou Cabify] que são ilegais, são os transportadores que elas contratam é que, as mais das vezes, não têm condições para prestar o serviço”
“Não existem, neste momento, condições de concorrência leal entre o transporte providenciado por essas plataformas [tipo Uber ou Cabify] e os táxis”
“Bruxelas parece estar a pensar em produzir legislação no que diz respeito às plataformas. Só que o problema não se põe nas plataformas, põe-se nas empresas que são contratadas para produzir o transporte”
http://economico.sapo.pt/noticias/quere ... 49003.html
O ministro do Ambiente vê os táxis como “uma peça importantíssima na mobilidade urbana“,. Por isso, propôs um pacote, com dez pontos, para a modernização do serviço. Entre esses pontos está uma nova regulamentação para o serviço de táxi. Outro ponto importante é a modernização da frota, existindo, para isso, 10 milhões de euros de empréstimo bonificado do BEI e do Fundo Juncker. João Pedro Matos Fernandes diz, em entrevista ao Económico e Antena 1, que “se conseguíssemos tornar eléctricos mil táxis nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, isso seria muito importante para as cidades”. Também refere que as plataformas digitais – Uber, Cabify, etc. – não são ilegais. Os transportadores que elas contratam é que, por vezes, não cumprem os requisitos para o transporte de passageiros. Por isso refere que “no último mês, houve cerca de cem contraordenações passadas em situações de irregularidade no transporte de passageiros”.
Os táxis e as plataformas digitais, como a Uber, a Cabify, entre outras, têm estado na ordem do dia. O Governo vai regulamentar essas plataformas, para que possam existir?
É nesse sentido que criámos um grupo de trabalho, que acaba de reunir pela primeira vez, que tem como objectivo criar condições mais justas de acesso ao mercado a todos quantos têm uma oferta de transporte de táxi ou parecida. Tenho de dizer que vejo os táxis como uma peça importantíssima na mobilidade urbana. Foi por isso que nos dirigimos às duas associações mais representativas dos taxistas com um pacote para a sua modernização – não tem um tostão do Orçamento do Estado. Andaram a fazer umas contas, que não sei de onde vieram, de 1.500 euros por táxi – com dinheiro do BEI ou do Fundo Juncker e tentar a modernização. Se conseguíssemos tornar eléctricos mil táxis nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, isso seria muito importante para as cidades.
Vão dar incentivos à electrificação dos táxis?
Queremos muito que isso aconteça. Esse pacote de modernização do táxi tem um conjunto de regras mas, falando de dinheiro, o que é mais expressivo é, com 10 milhões de euros do empréstimo em condições excepcionalmente bonificadas, podermos electrificar a frota de táxis de Lisboa e do Porto, com ganhos ambientais evidentes e com aquilo que acreditamos que arrasta de qualidade de serviço.
Voltando à regulamentação do serviço de táxi…
Dos 10 pontos do nosso pacote de modernização, um deles olha para a regulamentação do sector do táxi. É um sector super-regulamentado, mas não foi o excesso de regulamentação que levou a uma melhor qualidade do serviço. Por isso, havendo ou não havendo Uber ou Cabify, sentimos que era indispensável podermos contribuir para que os táxis tivessem também um melhor serviço e um regulamento diferente daquele que têm.
E em relação às plataformas digitais, o que vai acontecer?
Elas existem e as pessoas aderem a elas. Não são as plataformas que são ilegais, são os transportadores que elas contratam é que, as mais das vezes, não têm condições para prestar o serviço, a não ser que contratem táxis e há uma plataforma diz que o pretende fazer. Já agora, existe uma decisão judicial que diz que não podem operar e que no que diz respeito ao Ministério do Ambiente, através do IMT, temos feito cumprir. No último mês, houve cerca de cem contraordenações passadas em situações de irregularidade no transporte de passageiros. Agora, objectivamente, não existem, neste momento, condições de concorrência leal entre o transporte providenciado por essas plataformas e os táxis. Tenho de assinalar que ouve uma evolução muito grande da parte dos taxistas que, agora, dizem que querem discutir as condições do regulamento. Fala-se muito da Uber…
Mas há outras plataformas…
Há e haverá. É inevitável que isso aconteça. Não se travam estas coisas por via legislativa.
Aguardam alguma decisão de Bruxelas?
Não aguardamos nenhuma decisão de Bruxelas. Escrevemos à comissária europeia e ela respondeu de forma muito neutra. Bruxelas não nos comunicou nada, mas parece estar a pensar em produzir legislação no que diz respeito às plataformas. Só que o problema não se põe nas plataformas, põe-se nas empresas que são contratadas para produzir o transporte. E nesse caso, não sendo as regras muito diferentes de país para país, cada Estado-membro tem liberdade para fixar que regras devem ser essas.
Destaques
“Criámos um grupo de trabalho, que acaba de reunir pela primeira vez, que tem como objectivo criar condições mais justas de acesso ao mercado a todos quantos têm uma oferta de transporte de táxi ou parecida”
“O sector do táxi é super-regulamentado, mas não foi o excesso de regulamentação que levou a uma melhor qualidade do serviço”
“Não são as plataformas [tipo Uber ou Cabify] que são ilegais, são os transportadores que elas contratam é que, as mais das vezes, não têm condições para prestar o serviço”
“Não existem, neste momento, condições de concorrência leal entre o transporte providenciado por essas plataformas [tipo Uber ou Cabify] e os táxis”
“Bruxelas parece estar a pensar em produzir legislação no que diz respeito às plataformas. Só que o problema não se põe nas plataformas, põe-se nas empresas que são contratadas para produzir o transporte”