Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos - UVE

[Erbium]

Disse que não bate certo com o modelo de negócio dos OPC. Eles têm postos, cada um tem 24h por dia para servir clientes, é lógico que cobrem por tempo. Se eu alugar um campo de ténis pago pelo tempo de aluguer, não pago pelo número de tacadas que conseguir dar enquanto lá estiver.

Mas se for abastecer um carro a gasóleo o preço na bomba de alto débito não é diferente da de débito normal!

Podem tentar mas isto não tem solução alguma com este modelo bicéfalo. A solução é mesmo simplificar o modelo e não os tarifários, com um modelo mais simples os tarifários serão naturalmente mais simples.

Ora bem, se não houvesse CEME e OPC pagávamos kWh de eletricidade como pagamos litros de gasóleo porque era só uma entidade que está a vender um bem.

[LFN]

Obrigado pelo esclarecimento. Ainda assim continuo a achar que pode ser interessante para alguns utilizadores, mas não para os OPC, basta ver as assimetrias das contas que coloquei. E continua a não ser simples de ter o valor final, pois haverá duas parcelas distintas a somar (como já acontece).

[mjr]

Aqui a questão é mesmo satisfazer os utilizadores e mitigar o risco para os operadores. A questão do preço final único, pelo menos nos CEME/OPC será responsabilidade dos mesmos e será o próximo passo.

[LFN]

Mas o preço não é único, terá sempre pelo menos duas parcelas aditivas e ainda mais parcelas se for excedido o tempo.

Se os operadores alinharem nisto, resolvem a questão do risco alinhando os preços pela velocidade de carregamento máxima dos postos, e quem tem carros de carregamento mais lento vai ficar com belas contas para pagar. É um risco grande que se introduz para uma simplificação tão pequena.

[mjr]

Não percebi. Neste momento com os tarifários por tempo é que eles alinham os tarifários pela potência máxima do posto, prejudicando quem tem carros com menores potências de carregamento.

Sendo um tarifário por energia, como propomos, deixa de haver essa discriminação, dentro de certos limites naturalmente (daí a tal parcela por tempo após um período de uso "razoável").

[LFN]

De facto acho que não me exprimi bem. O problema não é alinharem o preço da energia pela potência máxima do posto, pois isso já acontece agora devido à proporcionalidade ao tempo. O problema é que os OPC vão calibrar os custos da energia por forma a que não percam dinheiro face aos preços atuais por tempo, o que vai significar preços mais altos para que a mesma taxa de ocupação dos postos não reverta em menos receita. Basicamente, vamos por os carros que carregam mais depressa a pagar mais para os carros que carregam devagar pagarem menos. Ou em alternativa, os OPC a suportarem esse custo, o que não me parece grande modelo de negócio.

[mjr]

Obviamente que não há almoços grátis. Seja como for parece-me mais justa esta situação do que a imprevisibilidade que temos agora.

[FullElectric]

Política do Tapar Buracos e destapar outros.
Denunciar o verdadeiro problema perante todas as autoridades nacionais e europeias, e inclusivamente divulga-lo incessantemente na comunicação social, desenvolvendo todos os esforços para forçar o governo a alterar a legislação e quebrar este status quo... isso é que não, CEMEs é assunto intocável