Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Toda a discussão relativa a Pontos de Carregamento também conhecidos por EVSE (Electric Vehicle Supply Equipment) vem para aqui.
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Nonnus
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por Nonnus » 15 fev 2021, 13:03

rimsilva Escreveu:
15 fev 2021, 10:56
Era suposto o continente ser mais caro? Será que a "culpa" é do Lidl? Valerá mais a pena o Lidl retirar o posto? Serão os 8 ou 10 centimos que os OPC cobram a principal razão para que se atinja uma diferença tão grande no custo do carregamento (desculpa no caso do continente não há carregamento, é só estacionamento).
Estamos a comparar coisas diferentes para o mesmo fim, carregamentos. Como já discutimos o Continente arranjou uma forma alternativa de entrar na ME (e ainda bem que o fez, pena outros não seguirem o mesmo exemplo), por sua vez o Lidl entrou na ME (e ainda bem que o fez) aliando-se a um player da ME do "sistema".

Para nós UVE qualquer um dos dois é uma mais valia, um pelo preço, outro pelo nº de postos que tem vindo a instalar. Basta ver que se não fosse o Lidl, muitos conselhos não tinham um único posto de carregamento, quanto mais um PCR. Em casos como Vendas Novas que tem um PCN instalado vai fazer 4 meses sem funcionar, o Lidl num mês instalou um PCR e pôs a funcionar.

Em relação ao preço, quando li o comentário do zeuz pensei que ele estava a ironizar, afinal parece que não. Como é possível achar a diferença de preço insignificante!

O que temos de tentar perceber, é se o Continente realmente ganha dinheiro com os carregamentos, ou se é apenas um complemento (um serviço prestado), para os clientes preferirem as suas lojas.
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BrunoAlves
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por BrunoAlves » 15 fev 2021, 14:10

Nonnus Escreveu:
15 fev 2021, 13:03
O que temos de tentar perceber, é se o Continente realmente ganha dinheiro com os carregamentos
De acordo com a factura da energia que coloquei atrás, de uma PME que paga 12,5cts/kWh preço final sim, não tenho dúvidas nenhumas que o Continente ganha dinheiro com os carregamentos. Não acredito que paguem mais de 10cts/kWh pela energia, vendem (transformando em tempo, claro) a pelo menos 20cts/kWh (mais, em carros que não aproveitem a potência toda do posto em todo o carregamento). 100% de margem e não têm de pagar a mais ninguém (a não ser depois impostos sobre o lucro, claro)
rimsilva Escreveu:
15 fev 2021, 10:56
Serão os 8 ou 10 centimos que os OPC cobram a principal razão para que se atinja uma diferença tão grande no custo do carregamento
Não, é o pagares energia a 17cts/kWh no melhor dos casos (bi-horário económico, senão é 20 e tal cts), mais a utilização do posto ao operador. Quando o LIDL seguramente que também compra a energia a "meia duzia de patacos".
Essa é a barbaridade. É estar a usar as instalações do LIDL, o PT do LIDL, a energia fornecida ao LIDL, mas pagares a energia como se fosse o fornecimento à tua casa.
edit: e ainda temos TAR descontada e ainda não pagamos à MobiE.
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por rimsilva » 15 fev 2021, 17:28

Nonnus Escreveu:
15 fev 2021, 13:03

Estamos a comparar coisas diferentes para o mesmo fim, carregamentos. Como já discutimos o Continente arranjou uma forma alternativa de entrar na ME (e ainda bem que o fez, pena outros não seguirem o mesmo exemplo), por sua vez o Lidl entrou na ME (e ainda bem que o fez) aliando-se a um player da ME do "sistema".

Para nós UVE qualquer um dos dois é uma mais valia, um pelo preço, outro pelo nº de postos que tem vindo a instalar. Basta ver que se não fosse o Lidl, muitos conselhos não tinham um único posto de carregamento, quanto mais um PCR. Em casos como Vendas Novas que tem um PCN instalado vai fazer 4 meses sem funcionar, o Lidl num mês instalou um PCR e pôs a funcionar.

Em relação ao preço, quando li o comentário do zeuz pensei que ele estava a ironizar, afinal parece que não. Como é possível achar a diferença de preço insignificante!

O que temos de tentar perceber, é se o Continente realmente ganha dinheiro com os carregamentos, ou se é apenas um complemento (um serviço prestado), para os clientes preferirem as suas lojas.
Claro que estamos a comparar coisas diferentes, daí o meu comentário.

Nem vou entrar na discussão de quem faz bem ou mal, cada um terá o seu ponto de vista e agirá em função disso, aquilo que eu discordo é da lei e desta politica protecionista para com os comercializadores de energia.

Além disso o que me preocupa verdadeiramente na situação da imagem é o Lidl vir a sair prejudicado, por seguir uma lei que deveria, supostamente, regular uma atividade.

E essa preocupação é por tudo o que fez e faz desde o 1º dia da ME em Portugal, em zonas que de outra forma nem 1 Posto de carregamento teriam....
BrunoAlves Escreveu:
15 fev 2021, 14:10
rimsilva Escreveu:
15 fev 2021, 10:56
Serão os 8 ou 10 centimos que os OPC cobram a principal razão para que se atinja uma diferença tão grande no custo do carregamento
Não, é o pagares energia a 17cts/kWh no melhor dos casos (bi-horário económico, senão é 20 e tal cts), mais a utilização do posto ao operador. Quando o LIDL seguramente que também compra a energia a "meia duzia de patacos".
Essa é a barbaridade. É estar a usar as instalações do LIDL, o PT do LIDL, a energia fornecida ao LIDL, mas pagares a energia como se fosse o fornecimento à tua casa.
edit: e ainda temos TAR descontada e ainda não pagamos à MobiE.


Acho que já se repetiu essa ideia milhares de vezes... Não é pelo o que o Lidl cobra que os preços são elevados, o Lidl não tem culpa dessa diferença de preços (sei que também ninguém acusou o Lidl), mas pode vir a sair prejudicado.

O continente não "joga" com as mesmas regras do Lidl, não é justa a comparação.

Esquecendo a questão de se poder ganhar ou perder de clientes de supermercado, não deixa de ser caricato poder ver UVE's,que tanto aplaudiram os postos do Lidl, quando eram de borla ou não existia alternativa passarem a ir carregar ali ao lado...

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por Nonnus » 15 fev 2021, 19:31

rimsilva Escreveu:
15 fev 2021, 17:28
E essa preocupação é por tudo o que fez e faz desde o 1º dia da ME em Portugal, em zonas que de outra forma nem 1 Posto de carregamento teriam....

O continente não "joga" com as mesmas regras do Lidl, não é justa a comparação.

Esquecendo a questão de se poder ganhar ou perder de clientes de supermercado, não deixa de ser caricato poder ver UVE's,que tanto aplaudiram os postos do Lidl, quando eram de borla ou não existia alternativa passarem a ir carregar ali ao lado...
+1

Cabe a nós não nos esquecermos desse passado recente e ter o discernimento de ver que não podemos comparar coisas diferentes. Eu sei que muitos nem sabem a diferença, talvez até a maioria dos UVE. Mas pronto...
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por BrunoAlves » 15 fev 2021, 20:13

rimsilva Escreveu:
15 fev 2021, 17:28
Não é pelo o que o Lidl cobra que os preços são elevados, o Lidl não tem culpa dessa diferença de preços (sei que também ninguém acusou o Lidl), mas pode vir a sair prejudicado.
Claro, eu nunca disse nem quis dizer que a culpa é do LIDL. É do modelo. O que eu quis dizer é que o LIDL e outras superfícies do género tinham todas as condições para fazer o que faz o Continente, angariando clientes, ganhando dinheiro e beneficiando os UVE. Em vez disso aproveita-se a infraestrutura do LIDL para engordar outros intervenientes que não são precisos para nada.
rimsilva Escreveu:
15 fev 2021, 17:28
não deixa de ser caricato poder ver UVE's,que tanto aplaudiram os postos do Lidl, quando eram de borla ou não existia alternativa passarem a ir carregar ali ao lado...
Eu até já carreguei em PCR do LIDL (que não são do LIDL, são da KLC) e nunca carreguei num Continente. Sou cliente regular do LIDL, para praticamente todas as compras de casa. Raramente vou ao continente.
Essa comparação não me faz sentido, desculpa. Os utilizadores/clientes procuram as melhores condições para o mesmo serviço. Se ao lado de um LIDL existir um PCR daqueles que a mobiletric colocou agora a 4,8cts/min achas que a malta continua a ir ao outro por solidariedade? Ou um PCR como o de Guimarães ou Loulé que não cobram OPC? Entendo as diferenças claro, por não jogarem pelas mesmas regras, mas não será por simpatia que as pessoas escolherão os postos do LIDL em vez dos do continente ou de outros quaisquer. Por essa ordem de ideias toda a gente procuraria PCR Galp porque tiveram a coragem de instalar e manter 5 numa altura em que nada disto se vislumbrava ;)

Eu aplaudo a rede do continente porque é um murro na mesa. Até podem vir a ser vergados, mas o que eu acredito profundamente é que vão ser o catalisador para o fim desta aberração que é o modelo da rede pública.
Edit: ah, e porque não precisa da MobiE. Como bem sabes, para mim tudo o que não inclua a MobiE é melhor do que tudo o que inclua :mrgreen:
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por JLMF » 15 fev 2021, 22:00

BrunoAlves Escreveu:
15 fev 2021, 20:13

...
Eu aplaudo a rede do continente porque é um murro na mesa. Até podem vir a ser vergados, mas o que eu acredito profundamente é que vão ser o catalisador para o fim desta aberração que é o modelo da rede pública.
Edit: ah, e porque não precisa da MobiE. Como bem sabes, para mim tudo o que não inclua a MobiE é melhor do que tudo o que inclua :mrgreen:
Comungo deste sentimento e não, não é ódio, é revolta, saber que foi criada um indústria de ar, um monstro inútil que necessita ser alimentado, de diversas formas e sem qualquer justificação de existência que ainda por cima se reivindica exclusiva, resultando termos de pagar a respetiva alimentação, a quem alimenta e quem mantém vivo.
Com tantos bons exemplos estrangeiros e tínhamos de cair nesta promiscuidade incompreensível.
Quanto mais me apercebo desta realidade mais recordo a história da obrigatoriedade do papel azul de 25 linhas e com cabeçalho que se pagava a peso de ouro, atrasava tudo quando não disponível, alimentava as caixas das tesourarias, os bolsos de alguns e nos colocava a todos nas mãos da boa vontade (?) de poucos; acabou, alguém sente a falta?

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por zeuz » 15 fev 2021, 22:26

rimsilva Escreveu:
15 fev 2021, 10:56
zeuz Escreveu:
13 fev 2021, 20:13
Creio que aqui a maioria recebe os e-mails da Miio, certo ?

No último e-mail que enviaram reparei neste parágrafo :
A lei define que os operadores não podem beneficiar nenhum comercializador de energia, o que significa que o tarifário de operação é igual para todos os cartões CEME utilizados nesses postos.
Não consigo antever vantagem para o consumidor com esta regra/lei... alguém, por favor, consegue-me explicar qual ou quais as vantagens que esta regra trás para o UVE ?
Vantagens para o UVE nunca foram prioridade de certeza.

A prioridade foi defender o lobbie da energia dos carregamentos fora de casa (uma vez que em casa poucos serão os que podem "fugir").

Essa lei/regra não é novidade, sempre foi essa a intenção de quem pensou este "modelo".

O OPC não pode (no entanto, se calhar...) o CEME pode oferecer a "taxa" de carregamento, não? Mais uma vez quem dita as "leis" são aqueles que menos contribuiem para a ME.
Obrigado! Assim não me sinto sozinho ao achar que a regra só prejudica os UVE. :?

P.S.:
É no MarShopping que não se paga o carregamento se usarmos o cartão da Prio?
É este o exemplo do CEME oferecer a taxa do OPC?
Nonnus Escreveu:
15 fev 2021, 13:03
Em relação ao preço, quando li o comentário do zeuz pensei que ele estava a ironizar, afinal parece que não. Como é possível achar a diferença de preço insignificante!
Não me exprimi correctamente...

Eu ainda tenho que pagar gasolina, a qual não vai para mais barata, por isso para mim 5€ representa "um valor pequeno".

Para um uso pontual, mais 5€, menos 5€ não (deveria) leva(r) ninguém à falência... para carregamentos regulares, claro que faz diferença, mas se não houver alternativa...

Por fim, como a maioria de vós carrega em casa por meia dúzia de tostões, claro que 5€ é muito dinheiro!
Mas a realidade para quem só pode carregar na rua será feita dessas diferenças! Principalmente para quem tem carros que só carregam em monofásico!
Imagem Vectrix VX-1 Li+ '11 (catalã) (06/2014 - )
Imagem Opel Ampera 1.4i ECOTEC (10/2017 - 04/2022)

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por BrunoAlves » 15 fev 2021, 22:31

Se ao menos fosse fácil carregar, sem ter cartões e contratos e cenas.
Culpa do utilizador, certamente que não se informou e coiso.
IMG_20210215_210732.jpg
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por mjr » 16 fev 2021, 11:05

O modelo não obriga a existir um cartão físico, aliás parece que há um CEME que muito em breve irá criar esse serviço (penso que até ajudaram esse UVE a se desenrascar). Nenhum dos postos em local de acesso privado tem pagamento em dinheiro, todos obrigam a contrato (que pode obviamente ser feito na hora via App), por isso essa questão não tem nada a ver com o modelo mas sim com o overhead do pagamento com TPA, como sempre disse.

Sobre o OPC não poder discriminar o CEME nos preços que faz, não percebo a questão. Isso não é óbvio que tem de ser assim? Ou o OPC iria ter uma tabela de preços para cada CEME no posto??

Isto claro que não impede o contrário ou seja o CEME fazer descontos em determinados postos. Por exemplo, nos "seus". No fundo vai dar ao mesmo, não? Nada impede o CEME EDP, por exemplo, de colocar um cartaz ao lado dos postos do OPC EDP (e de outros com os quais tenha feito acordos) a indicar descontos no caso de usar o seu cartão.

No entanto a lei impõe algumas limitações, não quantificadas, para esses descontos:
Decreto-Lei n.º 90/2014, de 11 de junho

Artigo 7.º
Regime de exercício da comercialização de electricidade para a mobilidade eléctrica
[…]
5 — Os contratos de fornecimento de energia eléctrica referidos no número anterior não
podem discriminar pontos de carregamento, impedindo ou tornando excessivamente
onerosa a utilização de certos pontos de carregamento, favorecendo injustificadamente a
utilização dos demais.
6 — O disposto no número anterior não impede a aplicação de descontos nos preços de
comercialização de eletricidade para a mobilidade elétrica ou a comercialização conjunta
de serviços ou produtos diversos.
Isto foi colocado, penso eu, para impedir monopólios, mas permite alguma liberdade na criação de "promoções". Um pouco como os 10c por litro de desconto que as compras no Continente dão na Galp.

Sim, eu percebo que muitos vêm muito poder nos CEMEs e pouco nos OPCs. É verdade. Mas nada impede os OPCs de se tornarem CEME, como aliás muitos já o fizeram. Um dos pontos na criação do modelo foi a questão de não ser necessário andar com dezenas de cartões (ou Apps) na carteira, algo que é muito criticado lá fora. Daí a preocupação com a criação de situações anti concorrenciais que pudessem criar monopólios. Normalmente os monopólios começam com situações que parecem favorecer bastante os utilizadores do produto/serviço, mas após eliminar a concorrência estes acabam por ficar prejudicados com a liberdade de preços que o monopolista fica.

Deixo mais uma achega para a discussão. Acham que a Miio, uma empresa inovadora e que presta um enorme serviço à ME em Portugal poderia existir se tivéssemos um sistema liberalizado? Não estou a falar do ponto de vista teórico, mas sim na prática obviamente. Num sistema liberalizado teria que conversar com todos os OPCs para lhe darem acesso aos seus sistemas, algo que na prática seria muito difícil de acontecer. Penso que até ao momento a Miio não indica o estado de nenhum posto fora da rede da ME, porque será?
Nissan Leaf 40 Tekna preto, entregue em 30 de maio de 2018. 51400km em 2024-02-15
Nissan LEAF mk1 Preto, entregue em 7 de julho de 2011. 180000 km em 2023-12-22.
Tesla Model 3 LR preto entregue em 2019-03-06. 125000 km em 2023-12-22.
Sócio da associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, UVE: http://www.uve.pt

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por BrunoAlves » 16 fev 2021, 13:02

mjr Escreveu:
16 fev 2021, 11:05
Acham que a Miio, uma empresa inovadora e que presta um enorme serviço à ME em Portugal poderia existir se tivéssemos um sistema liberalizado? Não estou a falar do ponto de vista teórico, mas sim na prática obviamente
Acho e já tive essa discussão umas páginas atrás com o Rafael. No modelo de roaming e substituição dos vários cartões/apps a Miio tinha um lugar completamente destacado por tudo o que apresentam ao utilizador. Não tenho números, mas a minha perspectiva é que a Miio seja uma migalha junto dos grandes operadores EDP e Galp por causa dos contratos de casa, facturação integrada, etc. (e se estiver enganado, fico muito contente), apesar de os "tubarões" serem de um marasmo atroz no que oferecem aos utilizadores. Aliás, acho que o modelo acaba por favorecer essa posição de não fazer nada, num modelo liberalizado seria de esperar que todos os donos de postos tivessem apps tipo continente (como acontece em todo o lado lá fora pelo que vejo). Assim os CEME, na sua maioria, nem uma área de cliente têm para consultar consumos.

Por outro lado, o facto de se incentivar os OPC a serem também CEME e poderem dar descontos e tal, não abona grande coisa a favor de, por exemplo, a Miio.
mjr Escreveu:
16 fev 2021, 11:05
Num sistema liberalizado teria que conversar com todos os OPCs para lhe darem acesso aos seus sistemas, algo que na prática seria muito difícil de acontecer.
Porquê? Os postos não são maioritariamente iguais ao que há lá fora e correm protocolos standard? Eu no electromaps vejo estado online de postos desde Espanha à Alemanha ou mais (edit: fui ver outra vez e afinal é até a Dinamarca, Suécia, Noruega, etc. Só pára na fronteira da Rússia. E na de Portugal, obviamente :roll: ) . É possível pagar (maioritariamente a peso de ouro :mrgreen: ) via app electromaps em seguramente dezenas, se calhar centenas de operadores diferentes por essa Europa fora.
Se conseguiram inventar este castelo de entidades infindável, seria muito complicado o RME prever a obrigatoriedade de disponibilização do estado dos postos e roaming?
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