Diário de bordo do Hyôiô
- rnlcarlov
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Re: Diário de bordo do Hyôiô
Para completar o relato da viagem, o regresso foi feito em três dias, pois a passageira acho que era um ritmo demasiado cansativo ao fazer em dois dias, sobretudo já que temos evitado ir a restaurantes, sendo o almoço feito antes de sairmos de manhã, e depois fazer o jantar quando se chega à noite.
Assim, no primeiro dia fomos até Carenas, uma terrinha perto do parque de Monasterio de Piedra. Saindo de Lloret com 99%, a primeira paragem foi feita em Saint Fruitós de Bages, cerca de 124km. Dirigi-me ao único carregador funcional, já que uma onda de vandalismo no mês passado deixou três PCRs com os cabos cortados.
Ao iniciar a carga espantei-me ao ver 125A, mas foi sol de pouca dura, pois voltou aos 100A que parece ser habitual nestes carregadores. Saí com 85% rumo a Lérida. Nesta cidade encontrei o primeiro PCR onde fui ocupado por um Tesla. Estava à espera de algo assim, já que na ida tinha visto pela app que os carregadores de Lérida têm uma maior taxa de ocupação. O 2º carregador também estava ocupado, desta vez com um Leaf, logo fui carregar no 3º carregador municipal.
Aproveitei para almoçar enquanto o carro carregou até 94%, para o longo troço até Saragoça. Mas em redor do posto não havia nenhum local bom para uma paragem técnica, logo parei 20km à frente em Alcarràs, onde tinha carregado anteriormente, aproveitando a paragem técnica para chegar novamente aos 94%. Assim fui com mais segurança a 120km/h pela AP-2 até Saragoça, carregando no mesmo posto da Repsol da última vez, com o preçário da Iberdrola.
De Saragoça a Carenas fazia-se bem com uma carga, mas não sabia se conseguiria carregar no alojamento, já que era numa vila pequena com estacionamento de rua. Por isso parei mais à frente no restaurante El Navarro, onde existem carregadores da Wenea, rede que utilizei pela primeira vez. Havia um PCUR mas não valia a pena usá-lo por tão pouco. Carreguei até 84% e dali segui até ao destino do dia. Por acaso consegui estacionar mesmo em frente ao alojamento e havia uma tomada shucko exterior. Com a minha extensão de 25m pude carregar durante a noite, mesmo com uma chuva torrencial que se abateu sobre o local.
No dia seguinte comecei por passear na zona, visitando a albufeira do rio Piedra e deslocando-me para conhecer as cascatas de Idbes, uma queda de água impressionante para um riacho que parece tão pequeno.
Uma vez que tinha carga cheia apontei para ir diretamente até Guadalajara. Devido à distância apontei para uma velocidade de 110km/h quando entrei na autovia, tendo reduzido para 100 por uns 30km quando atravessei uma chuvada intensa que fez subir o consumo. Cheguei a Guadalajara com cerca de 12%, após 175km feitos.
A Iberdrola tem dois PCRs no parque de estacionamento de um hotel, mas que estavam os dois ocupados quando cheguei. Um com um ZOE na CCS e o outro com um C-zero na Chademo. O c-zero ainda tinha começado há pouco e do condutor do ZOE nem sinal. Após alguns minutos o ZOE terminou a carga e felizmente deixou-me desligar a CCS, podendo por o meu à carga. Enquanto isso almocei e com 84% abalei, continuando lá o ZOE sem ninguém.
Ao passar Madrid, desta vez usei a circular M-45 que não tinha conseguido usar à ida e o google maps indicava que não havia grandes problemas no trânsito. Só que enquanto contornei Madrid houve um acidente na A-5 (que vai para Badajoz) que provocou um engarrafamento que se estendeu por vários kms até à M-45. Logo novo banho de espera até finalmente conseguir sair dali. Definitivamente Madrid foi um autêntico pesadelo de passar nesta viagem.
Parei em Mostóles onde carreguei até 86%.
A paragem seguinte foi em Oropesa, 133km depois e como a bateria já estava quentinha, aprendi a minha lição e usei o carregador de 50kW, para evitar limitações de velocidade de carga.
Carreguei até 84% com intenção de voltar a encher em Navalmoral de la Mata, poucos kms mais à frente. Isto porque iria ficar alojado em Torrejón El Rubio, e desta vez tinha quase a certeza que não havia maneira de conseguir carregar durante a noite. Infelizmente não consegui usar o PCR de Navalmoral, que só funcionava com app da Repsol, e por mais que eu tentasse dava-me sempre erro de método de pagamento quando tentava iniciar a carga. Desisti e resolvi ir a 100km/h durante o resto da autovia e depois mais devagar ao percorrer o parque natural de Monfragüe. Mas escolhi uma má altura para o visitar, pois a Iberdrola e a sua gestão lastimável das barragens nesta altura de preços de energia elevada despejou o Tejo para níveis baixíssimos, e em algumas zonas só se via lodo e cheirava mal. Isto no meio de um parque natural é de bradar aos céus. Nem parei nessas zonas, só mesmo mais à frente onde ainda assim era visível quão abaixo do normal estava.
Cheguei ao destino com cerca de 40%, e não consegui carregar como previa.
No dia seguinte saí rumo a Cáceres por estrada nacional para fazer cerca de 60km. Atravessei uma enorme central fotovoltaica que vim a saber mais tarde sem a 3ª maior da Península Ibérica.
Em Cáceres usei o mesmo posto gratuito para carregar até 84%. Segui caminho até Badajoz, onde encontrei um Tesla outra vez, mas este estava mesmo a usar a CCS. Logo tive de dirigir-me ao posto da Iberdrola ali perto.
Almocei enquanto carreguei até 94% e segui para Évora, onde carreguei no Continente enquanto fiz logo umas compras do que ia necessitar quando chegasse a casa. A meio das compras vim trocar o carro do PCR para um PCN.
Acabei por sair com 94% e cheguei a Lisboa com 24%.
Os minutos grátis das compras em Évora foram usados no dia seguinte para dar uma carguinha no Continente Amadora
Assim, no primeiro dia fomos até Carenas, uma terrinha perto do parque de Monasterio de Piedra. Saindo de Lloret com 99%, a primeira paragem foi feita em Saint Fruitós de Bages, cerca de 124km. Dirigi-me ao único carregador funcional, já que uma onda de vandalismo no mês passado deixou três PCRs com os cabos cortados.
Ao iniciar a carga espantei-me ao ver 125A, mas foi sol de pouca dura, pois voltou aos 100A que parece ser habitual nestes carregadores. Saí com 85% rumo a Lérida. Nesta cidade encontrei o primeiro PCR onde fui ocupado por um Tesla. Estava à espera de algo assim, já que na ida tinha visto pela app que os carregadores de Lérida têm uma maior taxa de ocupação. O 2º carregador também estava ocupado, desta vez com um Leaf, logo fui carregar no 3º carregador municipal.
Aproveitei para almoçar enquanto o carro carregou até 94%, para o longo troço até Saragoça. Mas em redor do posto não havia nenhum local bom para uma paragem técnica, logo parei 20km à frente em Alcarràs, onde tinha carregado anteriormente, aproveitando a paragem técnica para chegar novamente aos 94%. Assim fui com mais segurança a 120km/h pela AP-2 até Saragoça, carregando no mesmo posto da Repsol da última vez, com o preçário da Iberdrola.
De Saragoça a Carenas fazia-se bem com uma carga, mas não sabia se conseguiria carregar no alojamento, já que era numa vila pequena com estacionamento de rua. Por isso parei mais à frente no restaurante El Navarro, onde existem carregadores da Wenea, rede que utilizei pela primeira vez. Havia um PCUR mas não valia a pena usá-lo por tão pouco. Carreguei até 84% e dali segui até ao destino do dia. Por acaso consegui estacionar mesmo em frente ao alojamento e havia uma tomada shucko exterior. Com a minha extensão de 25m pude carregar durante a noite, mesmo com uma chuva torrencial que se abateu sobre o local.
No dia seguinte comecei por passear na zona, visitando a albufeira do rio Piedra e deslocando-me para conhecer as cascatas de Idbes, uma queda de água impressionante para um riacho que parece tão pequeno.
Uma vez que tinha carga cheia apontei para ir diretamente até Guadalajara. Devido à distância apontei para uma velocidade de 110km/h quando entrei na autovia, tendo reduzido para 100 por uns 30km quando atravessei uma chuvada intensa que fez subir o consumo. Cheguei a Guadalajara com cerca de 12%, após 175km feitos.
A Iberdrola tem dois PCRs no parque de estacionamento de um hotel, mas que estavam os dois ocupados quando cheguei. Um com um ZOE na CCS e o outro com um C-zero na Chademo. O c-zero ainda tinha começado há pouco e do condutor do ZOE nem sinal. Após alguns minutos o ZOE terminou a carga e felizmente deixou-me desligar a CCS, podendo por o meu à carga. Enquanto isso almocei e com 84% abalei, continuando lá o ZOE sem ninguém.
Ao passar Madrid, desta vez usei a circular M-45 que não tinha conseguido usar à ida e o google maps indicava que não havia grandes problemas no trânsito. Só que enquanto contornei Madrid houve um acidente na A-5 (que vai para Badajoz) que provocou um engarrafamento que se estendeu por vários kms até à M-45. Logo novo banho de espera até finalmente conseguir sair dali. Definitivamente Madrid foi um autêntico pesadelo de passar nesta viagem.
Parei em Mostóles onde carreguei até 86%.
A paragem seguinte foi em Oropesa, 133km depois e como a bateria já estava quentinha, aprendi a minha lição e usei o carregador de 50kW, para evitar limitações de velocidade de carga.
Carreguei até 84% com intenção de voltar a encher em Navalmoral de la Mata, poucos kms mais à frente. Isto porque iria ficar alojado em Torrejón El Rubio, e desta vez tinha quase a certeza que não havia maneira de conseguir carregar durante a noite. Infelizmente não consegui usar o PCR de Navalmoral, que só funcionava com app da Repsol, e por mais que eu tentasse dava-me sempre erro de método de pagamento quando tentava iniciar a carga. Desisti e resolvi ir a 100km/h durante o resto da autovia e depois mais devagar ao percorrer o parque natural de Monfragüe. Mas escolhi uma má altura para o visitar, pois a Iberdrola e a sua gestão lastimável das barragens nesta altura de preços de energia elevada despejou o Tejo para níveis baixíssimos, e em algumas zonas só se via lodo e cheirava mal. Isto no meio de um parque natural é de bradar aos céus. Nem parei nessas zonas, só mesmo mais à frente onde ainda assim era visível quão abaixo do normal estava.
Cheguei ao destino com cerca de 40%, e não consegui carregar como previa.
No dia seguinte saí rumo a Cáceres por estrada nacional para fazer cerca de 60km. Atravessei uma enorme central fotovoltaica que vim a saber mais tarde sem a 3ª maior da Península Ibérica.
Em Cáceres usei o mesmo posto gratuito para carregar até 84%. Segui caminho até Badajoz, onde encontrei um Tesla outra vez, mas este estava mesmo a usar a CCS. Logo tive de dirigir-me ao posto da Iberdrola ali perto.
Almocei enquanto carreguei até 94% e segui para Évora, onde carreguei no Continente enquanto fiz logo umas compras do que ia necessitar quando chegasse a casa. A meio das compras vim trocar o carro do PCR para um PCN.
Acabei por sair com 94% e cheguei a Lisboa com 24%.
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- BrunoAlves
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Re: Diário de bordo do Hyôiô
Excelente relato, mais uma vez, parabéns
muito preocupante. Ao preço a que o cobre anda sem dúvida que os cabos dos PCR são alvos apetecíveis
Se forem conduzir, não bebam. Se forem beber, chamem-me!!!
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Re: Diário de bordo do Hyôiô
Grande viagem, em todos os sentidos.
Não há dúvida que, com planeamento e vários "planos B", se conseguem fazer viagens longas dentro e fora do país.
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- rnlcarlov
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Re: Diário de bordo do Hyôiô
Sim, foi notória a progressão a nível de PCRs em Espanha no último ano. No ano passado era impensável um carro como o meu ir até Madrid. Simplesmente não havia carregadores funcionais entre Cáceres e Madrid, quanto mais um plano B. Este ano quase toda a viagem pode ser feita com planos B: em Badajoz e Cáceres há mais carregadores para além dos gratuitos; em Oropesa existe Wenea para além da Iberdrola; em Madrid há muita coisa; na zona de Ariza existem vários PCRs espaçados muito poucos kms entre eles; na Catalunha existem carregadores pagos para além dos gratuitos em Lérida e Saint Fruitós de Bages....
O sítio mais complicadito é mesmo entre Saragoça e Lérida. São 148km sem nenhum carregador até Alcarràs, nos arredores de Lérida. Até Lérida seriam uns 165km, logo é preciso ter mais moderação no acelerador se o de Alcarràs estiver em baixo.
O sítio mais complicadito é mesmo entre Saragoça e Lérida. São 148km sem nenhum carregador até Alcarràs, nos arredores de Lérida. Até Lérida seriam uns 165km, logo é preciso ter mais moderação no acelerador se o de Alcarràs estiver em baixo.
- rnlcarlov
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Re: Diário de bordo do Hyôiô
Outro ano, outra ida a Espanha. Fui novamente a La Manga. Como se comparou a viagem com a de há dois anos atrás?
Dada a maior abundância de PCRs tanto em Portugal como em Espanha, já não estava limitado a ter de pernoitar entre Badajoz e Ciudad Real. Assim que no 1º dia o destino era Almagro, a 20km de Ciudad Real.
Primeiro troço: Lisboa-Évora, tudo normal, chegada com 33%
Da última vez apanhei compasso de espera em Évora. Agora há bastantes mais PCRs disponíveis, mas mesmo assim as coisas não correram às mil maravilhas. Tinha uma última compra a fazer de caminho, e 15 minutos para usar no Continente, pelo que quis juntar os 2 em 1. Infelizmente não verifiquei a app no dia anterior para ver que os postos deles em Évora estavam indisponíveis. E quem diz indisponíveis é completamente removidos para obras no parque de estacionamento. Logo tive de ir às compras sem carregar e depois dirigir-me a um Lidl.
Outro fator menos bom era para a paragem seguinte, em Badajoz: o posto da Iberdrola estava fora de serviço, logo caso o posto gratuito ao pé do C.C El faro estivesse ocupado, não havia opções muito fiáveis, já que os carregadores da Endesa dali têm mau histórico, e para usar um PCR gratuito a 22kW tinha de me dirigir ao centro da cidade, perdendo mais tempo na carga e no desvio. Logo ao passar ao pé de Elvas verifiquei no eletromaps o estado de ocupação do posto gratuito e como receava estava ocupado, tendo iniciado sessão há pouco tempo. Logo fiz um desvio para Elvas para carregar no Lidl, onde fui encontrar um Tesla inglês no PCR. Mas os senhores nem sequer tinham maneira de carregar (estavam a tentar passar o cartão de crédito no posto) e sem autonomia para ir sequer a Badajoz. Pus o meu carro à carga, até que me lembrei que com a miio era capaz de ser possível eles desenrascarem-se na hora, logo disse-lhes para fazer o registo, e depois de eu sair eles carregaram.
Com isto acabei por não conseguir conjugar almoço com carga e tive de parar na fronteira para comer. A paragem seguinte foi em San Pedro de Mérida, num carregador também gratuito do município da Extremadura, utilizável através da app Wenea. Custou-me um bocadinho descobrir o truque para iniciar a carga (na app temos de carregar numa seta para baixo para mostrar um esquema do carregador e selecionar a tomada a usar - não está muito claro para quem não conhece), mas de resto funcionou bem, a 125A.
Tive de fazer mais um carga parcial na zona de Orellana (onde pernoitei da última vez), pois seguia-se uma zona sem qualquer PCR até Ciudad Real. A ideia era usar outro carregador gratuito em Navalvillar de Pela, mas tinha algum receio deste carregador devido a ter lido comentários que na CCS só carregava a 14kW. Há um PCR de 200kW da Wenea uns 10km antes logo verifiquei o estado dos postos na app e aparecia DC indisponível. Receando que fosse alguma avaria, resolvi carregar no PCR pago, a 0,55€/kWh. Tinha uma mangueira de 200A e outra de 400A, mas eram ambas ao mesmo preço. Carreguei dos 60 e tal até aos 94% e segui viagem. Ao passar por Navalvillar de Pela verifiquei que o carregador já aparecia como disponível, logo estava simplesmente ocupado e não avariado.
Foram cerca de 170km até Ciudad Real por nacional, tendo chegado com 22%.
Como não tinha carga no alojamento carreguei num dos PCRs da Iberdrola na cidade (agora existem mais). Tinha contratado antecipadamente um plano mensal de 80kWh através da app que me permitiu carregar a 0,36€/kWh em vez dos 0,45€/kWh que agora custa normalmente. O interessante desta oferta é que também se aplica a PCRs >50kW, mas não tinha nenhum no caminho para aproveitar.
No dia seguinte saí de Almagro em direção a Manzanares, onde tinha à disposição carregadores da Easycharger ou Acciona (antiga Cargacoches). Como a Acciona ainda tinha o PCR a 0,30€/kWh, optei por esse. Carreguei até 94% para me precaver para o troço até Albacete, mas os 84% teriam sido suficientes para fazer o caminho por autovia até Tomelloso e depois nacional até Albacete (são menos kms e segundo o google o tempo é mais ou menos a mesma coisa), já que ainda cheguei com 30%
Almocei no parque ao pé da estação dos comboios enquanto carregava no mesmo carregador da última vez. Há bastantes mais carregadores agora, mas aquele local é bom para quem traz lancheira, pois temos sombra e casa de banho na estação dos comboios.
Saí com 94% e em vez de parar em Cieza a 100km, desta vez parei 10km mais à frente, noutro carregador da Iberdrola. Um dos postos tinha a CCS bloqueada mas carreguei sem problemas no outro.
Uma vez que este percurso é favorável em termos de consumo (13kW/100km) a 120km/h, poderia talvez ter tentado usar um carregador gratuito nos arredores de Múrcia, em Alcantarilha, mas sabendo como é com postos gratuitos em cidades, não queria arriscar a perder mais tempo. Além disso, tinha os 80kWh para usar da Iberdrola que expiravam dia 5 de Setembro.
Depois para La Manga foi direto. Lá carreguei no PCR da Iberdrola, tal como da última vez, pois continua a ser a única solução em funcionamento, a menos que se queira pagar 10€ para deixar no parque de um hotel com Tesla DC. Com a minha pequena bateria não valia a pena esta opção.
Para o regresso, dividi a viagem de forma a fazer apenas 300 e poucos km no primeiro dia e deixando 650km para o segundo dia. Isto para aproveitar parte do dia a visitar as Lagoas de Ruidera. De La Manga a Albacete foi o percurso normal de parar em Cieza e depois Albacete. Como não queria ficar com kWhs da Iberdrola a mais, em vez de renovar o meu pack de 80kWh, comprei só de 40kWh, decisão que não correu assim muito bem. Em Albacete existe junto da estação dos comboios um par de PCRs da Acciona a 0,30€/kWh. Tentei carregar lá mas quando tentava escolher o método de pagamento não avançava. O outro PCR tinha lá um ID3, logo voltei ao PCR da Iberdrola e entre estas duas paragens lá foram os 40kWh. A partir dali era sempre a pagar preço normal na Iberdrola pois não se pode comprar mais de um pack por mês.
Cheguei a Ruidera com cerca de 40% após umas voltinhas, incluindo banho.
Fiquei alojado num bengalow no parque de campismo de Ruidera, que fica mesmo entre lagoas. Por detrás do meu bengalow corria o Guadiana
No dia seguinte saí a 100% de Ruidera e fui directo a Ciudad Real, onde enchi até 94%. Uma coisa interessante que notei é que nalguns postos da Iberdrola, ao inciar o carregamento indica-me os tempos de carga até 84% e 94%, ou seja, as % mais importantes da curva de carga no Ioniq. Talvez seja por ter definido o modelo de carro na app, mas é útil.
De Ciudad Real fui até Navalvillar de Pela, onde tinha o carregador ocupado apenas no lado AC. E carregou perfeitamente a 125A, logo não há limitação neste posto. Cheguei com larga margem de manobra, nem precisava dos 94%. O percurso para oeste acho que tem relevo a favor.
Almocei enquanto carregava e segui para Badajoz. Por uns imprevistos tive de fazer uns kms extra e quis carregar novamente em San Pedro de Mérida. Mas por alguma razão ao inciar a carga o posto bloqueou e não consegui voltar a tentar, tendo perdido até comunicação com a app. Segui para Badajoz com a carga que tinha, tenho chegado com cerca de 11%.
Como esperava tinha o carregador gratuito ocupado por um Tesla, mas felizmente o PCR da Iberdrola ali perto já estava de novo em serviço, logo carreguei lá enquanto fui comprar um gelado. Demorei uns minutos mais do que esperava pois o posto estava a debitar apenas 100A. Provavelmente os problemas não ficaram todos resolvidos com a intervenção que fizeram.
Sem Continente em Évora, não valia a pena o desvio, logo fui de Badajoz com 84% até à área de serviço de Montemor
Depois foi apenas questão de carregar até 84% para seguir até Lisboa onde ainda cheguei na casa dos 20% de bateria.
No total foram mais de 650km percorridos nessa dia em cerca de 9h, com quase 300km de estradas nacionais. A existência de mais PCRs permitiu maior flexibilidade de percursos e paragens, mesmo com um ou outro problema. No geral esta viagem foi mais fácil de fazer do que a anterior, e a única vez que cheguei ao aviso de bateria fraca (em Badajoz) poderia ter sido evitada se quisesse ter parado no carregador da Iberdrola em Mérida.
Dada a maior abundância de PCRs tanto em Portugal como em Espanha, já não estava limitado a ter de pernoitar entre Badajoz e Ciudad Real. Assim que no 1º dia o destino era Almagro, a 20km de Ciudad Real.
Primeiro troço: Lisboa-Évora, tudo normal, chegada com 33%
Da última vez apanhei compasso de espera em Évora. Agora há bastantes mais PCRs disponíveis, mas mesmo assim as coisas não correram às mil maravilhas. Tinha uma última compra a fazer de caminho, e 15 minutos para usar no Continente, pelo que quis juntar os 2 em 1. Infelizmente não verifiquei a app no dia anterior para ver que os postos deles em Évora estavam indisponíveis. E quem diz indisponíveis é completamente removidos para obras no parque de estacionamento. Logo tive de ir às compras sem carregar e depois dirigir-me a um Lidl.
Outro fator menos bom era para a paragem seguinte, em Badajoz: o posto da Iberdrola estava fora de serviço, logo caso o posto gratuito ao pé do C.C El faro estivesse ocupado, não havia opções muito fiáveis, já que os carregadores da Endesa dali têm mau histórico, e para usar um PCR gratuito a 22kW tinha de me dirigir ao centro da cidade, perdendo mais tempo na carga e no desvio. Logo ao passar ao pé de Elvas verifiquei no eletromaps o estado de ocupação do posto gratuito e como receava estava ocupado, tendo iniciado sessão há pouco tempo. Logo fiz um desvio para Elvas para carregar no Lidl, onde fui encontrar um Tesla inglês no PCR. Mas os senhores nem sequer tinham maneira de carregar (estavam a tentar passar o cartão de crédito no posto) e sem autonomia para ir sequer a Badajoz. Pus o meu carro à carga, até que me lembrei que com a miio era capaz de ser possível eles desenrascarem-se na hora, logo disse-lhes para fazer o registo, e depois de eu sair eles carregaram.
Com isto acabei por não conseguir conjugar almoço com carga e tive de parar na fronteira para comer. A paragem seguinte foi em San Pedro de Mérida, num carregador também gratuito do município da Extremadura, utilizável através da app Wenea. Custou-me um bocadinho descobrir o truque para iniciar a carga (na app temos de carregar numa seta para baixo para mostrar um esquema do carregador e selecionar a tomada a usar - não está muito claro para quem não conhece), mas de resto funcionou bem, a 125A.
Tive de fazer mais um carga parcial na zona de Orellana (onde pernoitei da última vez), pois seguia-se uma zona sem qualquer PCR até Ciudad Real. A ideia era usar outro carregador gratuito em Navalvillar de Pela, mas tinha algum receio deste carregador devido a ter lido comentários que na CCS só carregava a 14kW. Há um PCR de 200kW da Wenea uns 10km antes logo verifiquei o estado dos postos na app e aparecia DC indisponível. Receando que fosse alguma avaria, resolvi carregar no PCR pago, a 0,55€/kWh. Tinha uma mangueira de 200A e outra de 400A, mas eram ambas ao mesmo preço. Carreguei dos 60 e tal até aos 94% e segui viagem. Ao passar por Navalvillar de Pela verifiquei que o carregador já aparecia como disponível, logo estava simplesmente ocupado e não avariado.
Foram cerca de 170km até Ciudad Real por nacional, tendo chegado com 22%.
Como não tinha carga no alojamento carreguei num dos PCRs da Iberdrola na cidade (agora existem mais). Tinha contratado antecipadamente um plano mensal de 80kWh através da app que me permitiu carregar a 0,36€/kWh em vez dos 0,45€/kWh que agora custa normalmente. O interessante desta oferta é que também se aplica a PCRs >50kW, mas não tinha nenhum no caminho para aproveitar.
No dia seguinte saí de Almagro em direção a Manzanares, onde tinha à disposição carregadores da Easycharger ou Acciona (antiga Cargacoches). Como a Acciona ainda tinha o PCR a 0,30€/kWh, optei por esse. Carreguei até 94% para me precaver para o troço até Albacete, mas os 84% teriam sido suficientes para fazer o caminho por autovia até Tomelloso e depois nacional até Albacete (são menos kms e segundo o google o tempo é mais ou menos a mesma coisa), já que ainda cheguei com 30%
Almocei no parque ao pé da estação dos comboios enquanto carregava no mesmo carregador da última vez. Há bastantes mais carregadores agora, mas aquele local é bom para quem traz lancheira, pois temos sombra e casa de banho na estação dos comboios.
Saí com 94% e em vez de parar em Cieza a 100km, desta vez parei 10km mais à frente, noutro carregador da Iberdrola. Um dos postos tinha a CCS bloqueada mas carreguei sem problemas no outro.
Uma vez que este percurso é favorável em termos de consumo (13kW/100km) a 120km/h, poderia talvez ter tentado usar um carregador gratuito nos arredores de Múrcia, em Alcantarilha, mas sabendo como é com postos gratuitos em cidades, não queria arriscar a perder mais tempo. Além disso, tinha os 80kWh para usar da Iberdrola que expiravam dia 5 de Setembro.
Depois para La Manga foi direto. Lá carreguei no PCR da Iberdrola, tal como da última vez, pois continua a ser a única solução em funcionamento, a menos que se queira pagar 10€ para deixar no parque de um hotel com Tesla DC. Com a minha pequena bateria não valia a pena esta opção.
Para o regresso, dividi a viagem de forma a fazer apenas 300 e poucos km no primeiro dia e deixando 650km para o segundo dia. Isto para aproveitar parte do dia a visitar as Lagoas de Ruidera. De La Manga a Albacete foi o percurso normal de parar em Cieza e depois Albacete. Como não queria ficar com kWhs da Iberdrola a mais, em vez de renovar o meu pack de 80kWh, comprei só de 40kWh, decisão que não correu assim muito bem. Em Albacete existe junto da estação dos comboios um par de PCRs da Acciona a 0,30€/kWh. Tentei carregar lá mas quando tentava escolher o método de pagamento não avançava. O outro PCR tinha lá um ID3, logo voltei ao PCR da Iberdrola e entre estas duas paragens lá foram os 40kWh. A partir dali era sempre a pagar preço normal na Iberdrola pois não se pode comprar mais de um pack por mês.
Cheguei a Ruidera com cerca de 40% após umas voltinhas, incluindo banho.
Fiquei alojado num bengalow no parque de campismo de Ruidera, que fica mesmo entre lagoas. Por detrás do meu bengalow corria o Guadiana
No dia seguinte saí a 100% de Ruidera e fui directo a Ciudad Real, onde enchi até 94%. Uma coisa interessante que notei é que nalguns postos da Iberdrola, ao inciar o carregamento indica-me os tempos de carga até 84% e 94%, ou seja, as % mais importantes da curva de carga no Ioniq. Talvez seja por ter definido o modelo de carro na app, mas é útil.
De Ciudad Real fui até Navalvillar de Pela, onde tinha o carregador ocupado apenas no lado AC. E carregou perfeitamente a 125A, logo não há limitação neste posto. Cheguei com larga margem de manobra, nem precisava dos 94%. O percurso para oeste acho que tem relevo a favor.
Almocei enquanto carregava e segui para Badajoz. Por uns imprevistos tive de fazer uns kms extra e quis carregar novamente em San Pedro de Mérida. Mas por alguma razão ao inciar a carga o posto bloqueou e não consegui voltar a tentar, tendo perdido até comunicação com a app. Segui para Badajoz com a carga que tinha, tenho chegado com cerca de 11%.
Como esperava tinha o carregador gratuito ocupado por um Tesla, mas felizmente o PCR da Iberdrola ali perto já estava de novo em serviço, logo carreguei lá enquanto fui comprar um gelado. Demorei uns minutos mais do que esperava pois o posto estava a debitar apenas 100A. Provavelmente os problemas não ficaram todos resolvidos com a intervenção que fizeram.
Sem Continente em Évora, não valia a pena o desvio, logo fui de Badajoz com 84% até à área de serviço de Montemor
Depois foi apenas questão de carregar até 84% para seguir até Lisboa onde ainda cheguei na casa dos 20% de bateria.
No total foram mais de 650km percorridos nessa dia em cerca de 9h, com quase 300km de estradas nacionais. A existência de mais PCRs permitiu maior flexibilidade de percursos e paragens, mesmo com um ou outro problema. No geral esta viagem foi mais fácil de fazer do que a anterior, e a única vez que cheguei ao aviso de bateria fraca (em Badajoz) poderia ter sido evitada se quisesse ter parado no carregador da Iberdrola em Mérida.
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Re: Diário de bordo do Hyôiô
E tudo isso num VE de 28kWh. Excelente relato (mais um!)
Se forem conduzir, não bebam. Se forem beber, chamem-me!!!
- rnlcarlov
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Re: Diário de bordo do Hyôiô
Hoje termina aqui o diário do bordo. Este mês ainda dei um passeiozito até à Arrábida com ele, mas já está noutras mãos. Espero que sirva tão bem como me serviu a mim.
- vitocril
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Re: Diário de bordo do Hyôiô
Excelente!!!
Não duvido que irá satisfazer os novos proprietários.
E não houve percalços, pequenas anomalias reparações e ou revisões extra, durante este tempo?
E em que condições ficou quantos quilómetros e estado do pack?
Não duvido que irá satisfazer os novos proprietários.
E não houve percalços, pequenas anomalias reparações e ou revisões extra, durante este tempo?
E em que condições ficou quantos quilómetros e estado do pack?