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Como sabem foi publicado pela ERSE a tarifa a pagar pelos CEME/OPC à EGME que tem o valor de:

OPC - 0,1657€/carregamento
CEME - 0,1657€/carregamento
DPC - 0,0385€/dia/ponto de carregamento

Não era esta claramente a altura para a introdução desta tarifa, especialmente em relação aos PCN. Sabemos que o valor é pago pelos CEME/OPC, mas estes vão necessariamente passar estes valores para os utilizadores, resta saber de que maneira. Nos PCN esta questão é especialmente crítica, pois caso passem para o UVE como uma taxa de ativação, os carregamentos de oportunidade de curta duração deixam de fazer sentido.
Num PCR o impacto já não será assim tão significativo, a não ser nos carros mais antigos e com bateria mais pequena/degradada.

Há alguma boa altura para pagar à MobiE?

Além da péssima construção da taxa (como é óbvio, ultrapassada a barbaridade de existir, teria de ser proporcional ao custo por unidade do carregamento para não ser muito oneroso nos PCN), a notícia chega pelo jornal de negócios, eco e agora multiplica-se nos outros meios de comunicação. No site da MobiE nada, na página de FB nada. Publicações a congratular-se com o investimento dos OPC sim, muitas.
Uma novidade desta natureza, nada.

A notícia surge da publicação da ERSE, que é a entidade responsável pela definição da tarifa.

https://www.erse.pt/media/ugvl0jzm/comu ... e-2021.pdf

Mjr, a Tarifa da EGME aplicável aos DPC: 0,0385 EUR/dia/ponto de carregamento

Corrigido!

Apesar de os DPC terem pouca expressão no mercado, esta tarifa cria mais uma engrenagem naquila que podia ser a solução ideal para os condomínios.

Supostamente este modelo deveria ser inclusivo e com um cartão aceder a toda a rede. Em teoria é bonito, mas na prática cada vez se nota mais que é um modelo que afugenta os UVEs, por causa de toda esta segmentação, com as taxas e potências. Agora se calhar vamos ter taxa de ativação em todos os postos, e depois taxa ao minuto (com valores exorbitantes para Leafs e outros) ou kWh ou até ambos (já vi um assim). Assim sendo, no futuro um UVE vai pensar muito bem antes de fazer um carregamento na rede pública, ou porque o posto fica muito caro por causa da potência ou porque com a taxa de ativação não compensa fazer um carregamento, enfim...

O meu sonho de termos carregamento económico em pontos estratégicos, como em centros comerciais, está quase a desparecer, a minha única esperança é o Continente, mas não vai resolver tudo. Antes que digam que isso existe, pois eu sei que existe, só que aqui no Alma Shopping um carregamento é €0,05/min + CEME + Mobi.e. É triste, mas dá vontade de rir.

Parece-me que acabei de ouvir os proprietários de Tesla com free SuC a esfregar as mãos... será porque os seus carros acabaram de valorizar?

Bolas, quer dizer que as cargas curtas em PCR que faço às vezes (como um encostozinho de 20% em Aljustrel) ficam mais penalizadas.
PCNs pode ser ainda pior claro, mas tendo em conta os preços dos PCNs ficarem muitas vezes iguais ou superiores aos preços em PCR, já praticamente deixei de usar. Acho que desde que se iniciou o pagamento integral da rede usei uma vez um PCN, de resto sempre PCR.

mjr Escreveu: ↑

15 abr 2021, 19:44

A notícia surge da publicação da ERSE, que é a entidade responsável pela definição da tarifa.

https://www.erse.pt/media/ugvl0jzm/comu ... e-2021.pdf

Sim, mas o que eu queria dizer é que é devia ter sido a própria MobiE e alertar os utilizadores para isto. Com certeza já o sabiam muito antes do Eco. E não é uma justificação difícil de fazer, a operação da MobiE tem custos e mais cedo ou mais tarde teriam de ser passados para os utilizadores e sair das contas públicas. Ou vá, extinguirem-se
Para mim é mais do mesmo modo de operação desde o início: todas as supostas virtudes publicitadas até à exaustão, todos os problemas ou "menos valias" silenciosamente ignorados.

Custa-me a perceber como é que ninguém colocou atempadamente o dedo na ferida sobre o ridículo que é este custo em PCN e exigiu a sua adaptação em tempo útil. O exemplo da página da Eco é absurdo, falam em 4 a 8%. Cruzes...

A ERSE foi mais que alertada para estas situações no RME de 2019.. e sim, deviam ter consultado novamente os stakeholders, incluindo os utilizadores, sobre estas tarifas.