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Não querendo defender este modelo face a outros existentes acho apenas que tem algumas caracteristicas que não estão a ser devidamente aproveitadas.

Note-se que grande parte dos OPC também já são CEME ou no limite têm uma parceria com um.

Assim, e para ganhar vantagem competitiva face à concorrencia basta que os CEME façam promoções tipo: usas o cartão CEME nos nossos postos (leia-se OPC) e oferece-se a tarifa OPC, pagando apenas a energia.

Esta situação é permitida segundo o RME, já o inverso não.

Quanto aos preços em si, pelo que vejo em sites os preços na Itália e França são superiores aos praticados por cá.

Mas há pelo menos uma situação desse tipo... Não é bem isso, porque é válida em todos os postos: a Galp dá um desconto de 25% a todos os possuidores de Nissan.

Este foi o melhor negocio, da China, que se inventou nos últimos anos para o amigos do costume, leia-se lobbies, para ganhar uns trocados sem mexer uma palha.

BrunoFonseca Escreveu: ↑

15 dez 2020, 16:46

Não querendo defender este modelo face a outros existentes acho apenas que tem algumas caracteristicas que não estão a ser devidamente aproveitadas.

Note-se que grande parte dos OPC também já são CEME ou no limite têm uma parceria com um.

Assim, e para ganhar vantagem competitiva face à concorrencia basta que os CEME façam promoções tipo: usas o cartão CEME nos nossos postos (leia-se OPC) e oferece-se a tarifa OPC, pagando apenas a energia.

Esta situação é permitida segundo o RME, já o inverso não.

Quanto aos preços em si, pelo que vejo em sites os preços na Itália e França são superiores aos praticados por cá.

Podemos também ver essa situação de outro prisma, pela necessidade que os OPCs tiveram de ir buscar alguma margem que seria sua por direito (mesmo sabendo que desta forma não ficam com o controlo total, uma vez que a decisão está do lado do ultilizador final), se não se tivesse pretendido inventar a roda com este modelo.

A questão dos preços, quanto a mim, tem de ser vista mais na prespectiva daquilo que temos com este modelo e daquilo que se poderia alcançar sem o mesmo.
A realidade na Europa terá de certeza uma imensidão de variantes diferentes de Portugal, fazendo a analogia aos combustiveis, toda a gente reclama dos preços em Portugal que são um "roubo", mas mesmo assim em França ou Alemanha os combustiveis também são mais caros do que cá, o que não quer dizer obrigatóriamente que estejamos bem.
Além disso, se queremos melhorar, devemos olhar para os melhores do que nós e não os piores. A easycharger em Espanha é o exemplo a seguir, em termos de custo final para o consumidor.

¿Cuál es el precio de la recarga?
En EasyCharger solo pagarás por la energía que consumas con los siguientes precios:
.Carga rápida 0,30€/kWh IVA incluido
.Carga semirrápida 0,20€/kWh incluido

Simples, não ?!

LuisG Escreveu: ↑

15 dez 2020, 20:38

¿Cuál es el precio de la recarga?
En EasyCharger solo pagarás por la energía que consumas con los siguientes precios:
.Carga rápida 0,30€/kWh IVA incluido
.Carga semirrápida 0,20€/kWh incluido

Simples, não ?!

Mais simples parece-me difícil

Atenção que quando eu falei da Easycharger foi com a intenção de se olhar para um exemplo que demonsta ser possivel ter preços competivivos no mercado e continuar a apostar forte na expansão da rede de carregamento.

A minha critica ao modelo é sobretudo pelas regras castradoras que são impostas aos OPC, que cumprindo a lei por não quererem ou não poderem instalar postos de carregamento fora da rede mobi.e, além da baixa procura ainda podem vir a sofrer alguma concorrência desleal, por aqueles que operam fora da rede mobi.e. Se hoje em dia isso ainda não é grave fruto da pouca oferta de postos de carregamento, num futuro próximo já poderá ser diferente.

Mesmo assim, isso não é impeditivo de ser possivel carregar na rede publica em PCR da Helexia pelos mesmos ~0,3€ kWh (0,12/kWh+Energia), o prolema é ser a excepção em vez da regra.

Sendo a culpa do modelo ou não, e se têm acompanhado as actualizações de postos, percebem que ultimamente os Operadores têm apostado bastante em PCR em detrimento de PCN.

De 253 postos planeados 96 são PCR.
De 199 postos em construção 108 são PCR.

Isto dá uma percentagem de PCR em postos futuros de 45%

Nem todo a gente tem as mesmas necessidades, mas no meu caso de uso acho que faz mais sentido a existência de PCRs do que PCNs. Carrego normalmente em casa e só tenho necessidade de carregar fora quando faço deslocações fora da autonomia do carro, o que no último ano têm sido poucas.
Na minha opinião os PCNs só fazem sentido em espaços de estacionamento quando se precisa que o carro fique parado pelo menos 2 ou mais horas ou em locais de estacionamento perto de casa para pessoas que não podem carregar em casa.
Este é o meu ponto de vista, mas haverá outros casos de uso que podem ver as coisas de forma diferente.