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Re: O lado negro das energias verdes

Enviado: 14 jan 2021, 12:54
por rimsilva
OCasal Escreveu:
14 jan 2021, 05:29
A reportagem expôs apenas os aspectos negativos da revolução industrial que vivemos. Trata - se de uma transição de fontes de energia. Se nada for feito, que é o mais provável, teremos apenas a transitar para outra forma de poluição em massa.

O problema são os lucros! Tal como dizem perto do fim, se não for reinventada uma forma de não poluir, com estas fontes de energia, sem prejudicar os lucros, quando esta atingir o auge, estará a ter efeitos tão nefastos como a indústria do petróleo.
Parece-me um visão demasiado fatalista.

Há de facto muitos perigos, no entanto também há uma cada vez maior sensibilização para a componente ambiental e uma atitude ambientalmente responsável.

Além da consciência sobre o tema, as politicas restritivas e as sansões para quem polui, são cada vez mais fortes.

Re: O lado negro das energias verdes

Enviado: 15 jan 2021, 17:17
por LuisG
é obvio que é dramático o que esses mineiros sofrem assim como a população em redor. Mas essa é uma situação politica de fiscalização e imposição de condições para que a extração respeite as pessoas e o meio ambiente.
Pintar o bicho papão acerca da ME já não me parece correto.
Porque não relatam o lado negro do ouro negro ? e os mineiros que extraem carvão ?
Acho que ninguém é naif ao ponto de pensar que a chamada energia verde, tem zero impacto. Tudo o que fazemos tem o seu impacto.
Penso que está mais que provado e evidenciado que por este caminho o impacto é muito inferior.

Re: O lado negro das energias verdes

Enviado: 18 mai 2021, 09:30
por OCasal
Ontem no Polígrafo da SIC voltaram a dizer que é verdadeiro o estudo que aponta que a poluição que resulta da construção das baterias dos VE'S é equivalente a andar de CI durante 8 anos!

Re: O lado negro das energias verdes

Enviado: 18 mai 2021, 10:22
por mafgod
A resposta a esse video, é com este :-)
https://www.youtube.com/embed/ZuXgMWDC_ ... re=oembed

Re: O lado negro das energias verdes

Enviado: 18 mai 2021, 11:14
por OCasal
Eu até tinha o Polígrafo SIC em boa consideração...

Re: O lado negro das energias verdes

Enviado: 18 mai 2021, 14:31
por mafgod
:-) Era giro o programa "Hora da verdade" da TVI contradizer o "Poligrafo" da SIC :lol:

Re: O lado negro das energias verdes

Enviado: 18 mai 2021, 15:42
por BrunoAlves
Não acho que o Polígrafo esteja incorrecto, nem que esse vídeo contradiga o estudo. Julgo que abordam temáticas diferentes.

O que o investigador consultado pelo Polígrafo disse é que:
Em suma, e de acordo com o especialista, os números estão corretos "se as baterias forem produzidas apenas com eletricidade de origem fóssil". Se for utilizada eletricidade 100% renovável, as emissões de CO2 seriam residuais.
Daí o veredicto "Verdadeiro, Mas...". O artigo está correcto (é isso que é posto em causa e é isso que o Polígrafo tem de bom, é objectivo e não analisa detalhes à volta, nem toma partidos) porque o artigo se baseia na produção de baterias utilizando energia de origem maioritariamente fóssil.
Há é nuances. Daí o "mas".

Re: O lado negro das energias verdes

Enviado: 19 mai 2021, 15:28
por OCasal
Posso estar enganado, mas grande parte dos telespectadores não estão atentos a esses pormenores que fazem toda a diferença e a ideia que mais rapidamente ressalta desta temática é a de que o carro elétrico afinal produz tanta ou mais poluição do que um ICE durante os primeiros 8 anos!

Re: O lado negro das energias verdes

Enviado: 19 mai 2021, 16:53
por BrunoAlves
Sim, concordo. Mas essa também não é a função do Polígrafo. Como eu disse antes, uma das coisas que mais aprecio no polígrafo é exactamente não tomar partidos.
A pergunta era se o estudo existe e é verdadeiro, a resposta parece ser "sim".
Como as conclusões dependem dos pressupostos utilizados no estudo, existe o "mas".

Obviamente que as respostas do polígrafo dependem dos especialistas que consultam em cada tema. Pode discutir-se se deviam ter consultado outros, já não sei.
O que não vi foi qual o tamanho da bateria e qual o equivalente a combustão foi considerado nesse estudo. Há uns anos apareceu um estudo do género em que compravam o custo energético de produzir um TMS 100 com um pequeno utilitário (não me lembro se segmento A ou B).

Seja como for, a verdadeira revolução da produção de baterias existirá quando (ou se) forem inventados outro tipo menos "energeticamente eficientes na construção), ou quando houver um número tal de baterias antigas a circular e uma reciclagem tão eficiente, que as novas baterias precisem cada vez de menos recursos" frescos". Aí sim estaremos muito melhor. Algo que não é possível com os motores a combustão, queimas e está queimado.

Mesmo a questão dos cemitérios de pás de eólicas, que é um tema sério, parece caminhar para ter soluções, li algures que a Vestas apresentou um projecto de reciclagem.
O mesmo para painéis fotovoltaicos em fim de vida.

É preciso atingir um número tal que a reciclagem seja economicamente viável. Até lá, dificilmente o balanço energético é magicamente superior. Ao contrário dos resíduos nucleares, a maioria do lixo que fazemos ocupa muito, muito espaço.

Re: O lado negro das energias verdes

Enviado: 20 mai 2021, 10:17
por Apr
A reciclagem é um problema transversal, não podemos ser hipocritas ao ponto de aceitar tudo o que esta mal hoje e sermos intransigentes e puristas na produção das baterias.

Todos os processos de produção industrial se não forem pensados de raiz para serem reutilizados, reciclados, reparados vão ter o mesmo destino que as maquinas de lavar e frigorificos e pilhas que se deitam fora todos os dias e que não deixam remorosos a ninguém.

O lado negro das energias renováveis é o mesmo lado negro de tudo o resto, a unica diferença - e é tão significativa que mesmo sem reciclar vale a pena transitar - é que deixamos de precisar queimar qualquer coisa para obter energia, ela vem do sol e do vento diretamente, é inesgotável e os materiais usados tem vida util de décadas, inversores, motores, paineis, baterias etc

Mas há uma oportunidade de tentar fazer o que está certo, na transição energética que estamos a atravessar, se a reciclagem estiver nas preocupaçoes das pessoas que as passam aos governos e que as adaptam em legislação mais sustentável para as empresas implementarem poderá haver produtos no futuro que são desenhados de raiz para serem otimizados em todos os ciclos de vida. Neste braço de ferro geralmente o governo não está do lado de quem os elege.